Six Strings Lovers: Tony Iommi

quarta-feira, 10 de abril de 2013

 

por Lucas Queiroz

Sejam bem-vindos Metal Brothers a coluna Six Strings Lovers que tem o único e real interesse de deixar vocês amantes, das 4,5,6,7,8,9,10,11 ou até das 12 cordas por que não? Sempre bem informados sobre tudo o que diz respeito aos seus  amados instrumentos e ao nosso louvado Heavy Metal. Estaremos abordando não apenas comparativos ou descrições de guitarristas, baixistas, suas fichas e os músicos através das épocas entre trocentas outras formas de expressão, como também a parte técnica e teórica do instrumento sempre conectada a brutalidade insana que nos convém!

Como minha primeira postagem, eu gostaria de fazer uma singela homenagem, ao homem que muitos consideram, Pai do Heavy Metal contemporâneo, e de incontáveis outras bandas e segmentos, com sua sonoridade densa e obscura, surgida em Birmingham - Inglaterra, vocês já sabem de quem eu falo não é? O incrível, inigualável, senhor dos dedos de borracha, TONY IOMMI!!!


Paranoid do disco homônimo de 1970. Riff imortalizado por Tony.

Anthony Frank "Tony" Iommi, nascido em 19 de Fevereiro de 1948 em Birgmingham como seus parceiros de Black Sabbath, começou desde novo o interesse pela música, em particular no Jazz e no Blues, com nomes como Joe Pass, Eric Clapton e Hank Marvin.
Como quase todo grande guitarrista esses gêneros moldavam a atitude e o caráter do jovem sonhador pobre, filho de imigrantes italianos a continuar e eu digo continuar por que é preciso ter muita força de vontade pra seguir em frente após ter as pontas dos dedos decepados em um acidente em uma prensa mecânica que ele trabalhava pra cobrir um colega ausente...Haha a vagabundagem destruindo a vida das pessoas a tanto tempo, não é um luxo moderno! Bueno voltando ao assunto, a maior dificulade de Tony se dava pelo fato do infeliz ser canhoto, ou seja, ele impunha a guitarra invertida da grande maioria dos guitarristas e a digitação das notas se dava com a mão afetada.



Pensa bem, um jovem, pobre, desacretidado, sem a ponta dos dedos, a grande maioria dos jovens de hoje não teria BRIOS, isso mesmo, BRIOS, eu sou velho! Para seguir em frente, mas senhores, agradeçam a um senhor jazzista belga chamado Django Reinhardt que tocava apenas com DOIS, eu disse DOIS dedos, o indicador e médio para ser mais específico, esse fato motivou o Tony (que intimidade) a seguir em frente, construindo próteses plásticas, de começo bem toscas, atualmente o material é bem mais refinado facilitando a vida do mesmo.
Pois bem, como já dito, o Sr Iommi, é criador de riffs que marcaram época, e estarão sempre ligados a raíz do Metal, junto com o trio de ouro do Hard Rock (Led Zeppelin, Deep Purple) influênciou inúmeras bandas e artistas, foi o único dos integrantes originais do Sabbath que nunca saiu da banda. Banda esta que passou por seus altos e baixos. Na era clássica, que aqui consideraremos de 1970 à 1973 onde os seguintes albuns foram compostos: 69',70'-Black Sabbath, 70'-Paranoid, 71'-Master of Reality, 72'-Black Sabbath Vol.4 e 73'-Sabbath Bloody Sabbath, viu-se o ápice criativo do Sr Iommi, riffs e letras densas com uma sonoridade nunca antes realizada, com afinações baixas* para o padrão da época, abordagem de temas que falavam sobre o ocultismo e obscuridades nada apropriadas para a época, onde a grande parcela da sociedade seguia os dogmas cristãos (carolas!!!). Nessa época, ainda não tão afetados pelo consumo de drogas e bebidas a banda atingiu o auge e o topo das paradas do mundo. Tony sempre encabeçou a liderança da banda,porém, com as desavenças internas causadas geralmente pelo velho titio Ozzy e seu famoso abuso de intorpecentes a banda começou a entrar em declínio após o disco Sabotage de 1975 que já não agradará muito os ouvidos dos fãs mais xiitas nem a mídia especializada da época, por não possuir mais a sonoridade "original" do Sabbath,e um excesso de experimentalismo não observado nos trabalhos anteriores além de que Tony começou a optar neste disco por outras sonoridades da sua guitarra.


Sympton of the Universe do disco Sabotage de 1975, aqui já percebe a notável mudança da linha guia de Tony para criação.

No último disco da era Ozzy, o Never Say Die! de 1978 a melodia que consagrou o Sabbath e Tony Iommi já estava bem distorcida e modificada, e assim se seguiu durante o resto da década de 70, com inúmeras formações e mudanças de estilo. Sem nunca deixar a peteca cair e ainda apostanto na seu retorno triunfal, eis que surge um pequeno grande herói na tragetória do Sabbath e por que não dizer paralelamente a do Mr Tony, ele se chamava Ronnie James Dio e com ele começava o que parecia ser a história da fênix com lançamento do albúm Heaven and Hell de  1980, a mágica do disco foi a recriação e replanejamento que Tony fez para a sua sonoridade, apostando em guitarras velozes com riffs pontuados e na majestosa voz de Dio, o disco Heaven and Hell (cujo o nome foi dado anos após ao projeto paralelo encabeçado por Tony, Geezer Butler baixista da formação original do Black Sabbath com dois outros ex-membros do Sabbath, Vinnie Apice na bateria e novamente Ronnie D. nos vocais). Após o disco vindouro a sorte novamente atentava contra Tony, o disco seguinte Mob Rules de 1981, que tentava seguir a receita do sucesso de seu antecessor, atingiu o objetivo (Aqui nota do autor, acho esse disco do caralho!) Porém, após a turnê em conjunto do Blues Oyster Cült, mais precisamente em agosto de 1982, Apice e Dio que faziam parte da formação atual, deixavam a banda, e um novo começo para o pobre do Tonynho!

Aqui tem um erro grave dos "Sabbath fãs" que consideram uma fase negra de 1983 a 1992 que culminou no retorno de Ronnie D. e o lançamento do CD Dehumanizer, Tony nunca perdeu a mão para bons parceiros de banda e nunca deixou seu armário cheio de riffs esvaziar, obviamente toda banda tem uma remodelagem sonora, mas o Sabbath abusou nessa época.
Em 1983 lançava-se o albúm Born Again (Aqui há uma rixa é ame-o ou odei-o) De qualquer forma a receptividade do disco foi grande e emplacou sucessos como Zero the Hero e Trashed, o albúm contava com Ian Gillan (ex-Deep Purple nessa época, loooooonga história, ia fazer uma reunião com a banda que só rolou um ano depois e blá blá blá) e Bill Ward reassumia as baquetas. Após INUMERAS formações que passaram nos albuns seguintes, em 1992 Tony conseguia reunir novamente Dio e Apice junto com o baixista eterno Geezer Buttler para lançar o albúm Dehumanizer como já havia sido comentado antes, o albúm teve alguma boa receptividade.

Há alguns albuns que eu nao destaquei por não fazer relevância ao Sabbath...Mas espera, essa coluna é sobre o Tony Iommi, bom falar da história gloriosa do Sabbath é glorificar o nome do Sr Iommi, pois com todas as dificuldades e desavenças ele nunca deixou de acreditar e lutar pela sua causa, e não sua causa não era apenas o Sabbath, não era um estilo músical, era a música em si, tudo que ele havia escrito, tocado e criado, era sua essência



Tony participou de inúmeros projetos paralelos e reuniões com o Sabbath, entre eles estão os principais e creio eu com maior destaque, a Banda Heaven and Hell que eu já havia citado antes, as inúmeras parcerias com Gleen Hughes (esse ainda terá espaço na nossa coluna, outro monstro aguardem!) e o projeto Who Cares que foi uma parceria entre músicos do Deep Purple com Ian Gillan e Jon Lord nos teclados, Jason Newsted ex baixista do Metallica, Nicko Mcbrain baterista do Iron Maiden e liderados pelo Mister Iommi, lançaram duas músicas  intituladas "Holy Waters" e "Out Of My Mind":



Esse projeto foi criado em prol as vítimas do terremoto Leninakan, É uma reedição do projeto beneficente “Rock Aid Armenia”, de 1988.

Sejam em projetos beneficentes, salvando o mundo com o seu Heavy Metal, pegando a gostosa da Lita Ford, este senhor de 68, ensinou, e tem muito a ensinar a todos nós. Mais um belo exemplo de ser humano que saiu do pó e atingiu o seu objetivo, nem sempre pelas melhores vias, o mundo foi um lugar muito mais complicado do que é hoje, o grande diferencial que eles tinham era que precisavam correr atrás dos seus sonhos, não possuíam facilidades, e Tony a cima de muitos, teves dificuldades que fariam muitos dos mais fortes desistir, mas ele seguiu em frente, e para vocês meus queridos, fica o aprendizado, se inspirem em pessoas íncriveis como Tony Iommi, sonhem alto, lutem pelo que desejam sempre!

Bonatio, agora me despeço, deixo um forte abraço, espero que tenham gostado desse "breve" relato, e eu voltarei sempre com diferentes enfoques e matérias, se cuidem  and STAY HEAVY \../

Para dicas, sugestões e correções o campo de comentários a baixo é livre!


OBS 1(*): Quando me referi a "uma afinação baixa" para os padrões da época, considera-se a afinação padrão do instrumento em Mí (E), Lá (A), Ré (D), Sol (G), Sí (B), Mí (E), Tony afinava seu instrumento no padrão de C# (Dó Sustenido) ou seja 1 tom e meio abaixo do padrão dando uma sonoridade muito mais grave e densa e surgiu por acaso pois pela dificuldade de digitação de Tony devido o seu acidente, ele necessitava tocar com cordas mais frouxas, o que uma afinação baixa propcía.

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