Review de show: Sebastian Bach (Sociedade Orfeu, São Leopoldo, 21/09/2013)

sábado, 28 de setembro de 2013


Fotos por Tiago Alano e Martha Buzin
Texto por Tiago Alano


Confira galeria de imagens exclusivas do ATM no final do post

Muitas pessoas ficaram surpresas com o anúncio de um show de Sebastian Bach em São Leopoldo, cidade da região metropolitana de Porto Alegre. Alguns até acharam estranho um show deste porte ser realizado fora da capital gaúcha e criticaram a iniciativa. Mal sabem essas pessoas o quão enganadas estavam, pois foi apresentado um espetáculo com ótima estrutura em uma noite memorável para os fãs de Hard Rock e Heavy Metal. O local escolhido para receber o ex-vocalista do Skid Row foi o clube Sociedade Orfeu, o mais antigo da cidade, e o show principal contou com a abertura das bandas Maça de Pedra e Hipercubo. O evento foi produzido pela Makbo em uma parceria com a escola InFlux

Quem deu o pontapé inicial da noite foi a banda Maça de Pedra, apresentando um Rock'N'Roll de altíssima qualidade. Abriram com "Não Tem Mais Como Controlar" e "Alucinação", aquecendo o público para a longa noite que seguiria-se. A vocalista Caren Suzana demonstrou-se muito empolgada com a ocasião e desejou a todos uma noite cheia de orgasmos. Vale falar que a vocalista é uma ótima performer, com uma presença de palco e atitude raramente encontrada. O guitarrista Rodrigo Java é outro que chama muita atenção, pois é um músico dotado de estilo próprio, outra característica que não estamos acostumados a ver por aí, considerando a enorme quantidade de virtuoses das seis cordas que não tem um mínimo de criatividade. Ainda tocaram mais dois sons próprios, "Sinceridade" e "Como É Que Vai Da Maçã", para logo depois encerrar com um cover do Led Zeppelin, "Whole Lotta Love", que caiu como uma luva na voz de Caren. Espero ver a banda novamente em breve, certamente um nome promisso da cena atual.

Maça de Pedra

A segunda banda a subir no palco foi o Hipercubo, quinteto com uma proposta bem tradicional dentro do Hard Rock. Assim como a banda anterior, apresentaram um set curto, porém muito eficiente. Tocaram algumas composições próprias, "Meu Amor", "Dance" e "Noite de Sexo", que cumpriram muito bem a tarefa de manter o público animado para a atração principal. Sejamos francos, boa parte do público não cria grandes expectativas sobre as bandas de abertura, mas podemos afirmar que as pessoas presentes no Sociedade Orpheu tiveram agradáveis surpresas. A banda ainda tocou um cover de "It's So Easy", do Guns N' Roses, com uma ótima interpretação do vocalista J. Kid, um frontman como poucos em nossa cena atual. 

Hipercubo

Enfim, havia chegado o momento aguardado por todos: a banda de Sebastian Bach sobe ao palco e tem início o show principal do evento. Logo de cara já mandam ver em "Slave To The Grind", faixa título do segundo álbum do Skid Row, um dos maiores clássicos da década de 90. Bach já chegou mostrando que ainda é um dos maiores frontman do mundo, pois o vocalista não para um segundo sequer e comanda o público de forma inigualável. Sem nem ao menos deixar a platéia respirar já tocaram "Kicking & Screaming" na sequência, faixa título do mais recente álbum de estúdio do vocalista.


Um fato curioso: durante o início do show, o redator que vos escreve estava entre a grade e o palco fotografando a banda. Próximo do fim da segunda canção, Bach fez um sinal para mim, aparentemente pedindo para não fotografar seu lado direito. No intervalo que antecedeu a música seguinte, até falou no microfone "esse não é um ângulo bom" com um tom de muito humor, olhando diretamente para mim. Teria o vocalista algum problema com fotos do seu lado direito? Vai saber! De fato, não contente em comandar a platéia, ele também faz questão de coordenar os fotógrafos, o que gerou situações inusitadas, como levar um dos fotógrafos para cima do palco.

Tião: "That's not a good angle."
O show continuou com mais uma canção do álbum mais recente de Bach, "Dirty Power", mostrando uma boa recepção por parte dos fãs. Mas não podemos ignorar a verdade: boa parte do público estava lá por causa dos clássicos do Skid Row, isso é óbvio! Sendo assim, para a felicidade geral dos presentes, tivemos duas músicas do primeiro álbum de sua ex-banda, "Here I Am" e "Big Guns", cantadas do início ao fim pelos fãs. Logicamente, não podemos esperar que o vocalista ainda seja capaz de fazer uma performance idêntica a versão original, afinal de contas, já passaram-se mais de 20 anos. Só que ele está muito longe de fazer feio, pelo contrário, ainda manda muito bem nas faixas antigas e afirma-se como uma das vozes mais poderosas do Hard Rock e do Heavy Metal mundial.

O álbum "Angel Down", particularmente meu favorito de sua carreira solo, foi muito bem representado por "(Love Is) A Bitchslap" e a pesada "Stuck Inside". Além da ótima presença de palco de Bach, o resto da banda destaca-se pela ótima interação com o público, com destaque especial para o baixista Jason Christopher. Devin Bronson demonstrou ser uma ótima adição a banda, mantendo-se fiel aos solos e fazendo ótimos duetos com Johnny Chromatic, guitarrista que já está com Bach desde 2005. E o que falar do baterista Bobby Jarzombek? Acredito que um baterista que tem no currículo bandas como Halford, Fates Warning, Iced Earth e Riot dispensa apresentações, certo? Como o próprio Bach disse ao final do show, um dos melhores bateristas do gênero!


Mais um clássico do Skid Row veio logo a seguir, "Piece Of Me", mais uma vez com a participação essencial do público que cantou o refrão a plenos pulmões. Mas o delírio generalizado surgiu foi na canção seguinte: "18 & Life". Precisa falar algo a respeito da reação do público? Tenho plena certeza que foi um momento de pura nostalgia para muitos. Bach também não decepcionou durante a execução da faixa, ainda mais considerando que não é uma canção muito fácil de cantar.

A canção seguinte era um dos momentos pela qual mais aguardava, a faixa "American Metalhead", originalmente gravada pelo Painmuseum e regravada por Bach no álbum "Angel Down" (o guitarrista do Painmuseum, Metal Mike Chlasciak, integrou a banda do vocalista entre 2005 e 2008). Como já é tradicional em seus shows, o vocalista adaptou o título e o refrão da música de acordo com o local onde estavam tocando, batizando a mesma como "Brazilian Metalhead". Depois desse momento com muito peso e altamente convidativo a bater cabeça, tivemos mais uma balada, especial para o público brasileiro. "In A Darkened Room", faixa do "Slave To The Grind", criou um laço muito forte entre Bach e o público tupiniquim, tornando-se uma música obrigatória no repertório toda vez que ele apresenta-se em nosso país. Mas, sejamos francos, acredito que a música poderia estar melhor posicionada dentro do set ao invés de ficar entre duas músicas mais pesadas.

"Monkey Business" foi a próxima canção que ecoou pela Sociedade Orfeu, clássico absoluto do Skid Row e uma das mais esperadas da noite. Um dos momentos mais memoráveis da apresentação! Rolou também o tradicional improviso no meio da canção. Bach começou a apresentar a próxima música, mas depois falou que aquele era o momento em que a banda precisava sair do palco e fingir que estava encerrando o show, para logo depois retornar e terminar de anunciar "Tunnelvision". A faixa em questão foi escrita em parceria com John 5 (Rob Zombie, ex-Marilyn Manson) e é uma das melhores do trabalho mais recente de Bach.




Infelizmente, percebemos a clara indicação de que estávamos próximo ao fim da apresentação quando Devin pegou um violão e começou a tocar as primeiras notas de "I Remember You". A banda começou a tocar a clássica balada do Skid Row, mas logo interrompeu ela para tocar outra música que aparentemente chama-se "One Picture". Vou ser bem honesto com os leitores, não faço ideia de que música seja. Mas logo depois seguiram tocando "I Remember You" normalmente e foi possível até mesmo escutar o eco de todas as vozes no local que estavam cantando a música junto do vocalista. O final não poderia ser diferente, com "Youth Gone Wild" gerando a catarse final na pista. Duvido que pudesse existir uma pessoa no local que não estivesse erguendo seu braço e cantando o refrão o mais alto possível. Encerramento épico para um show que ficará marcado como um dos mais empolgantes do ano.

O único ponto negativo da apresentação acabou sendo sua curta duração, que não chegou nem a uma hora e meia, além de algumas músicas que foram cortadas do set list. "Dance On Your Grave" e "My Own Worst Enemy", por exemplo, estavam inicialmente cotadas para integrar o set, mas acabaram não sendo tocadas. Outras ótimas canções de sua carreira solo também ficaram faltando, como "You Don't Understand" e "As Long As I Got The Music". E, é claro, sempre haverá algumas músicas do Skid Row que os fãs sentirão falta. De minha parte, acho que seria muito agradável ter "Psycho Love" no repertório, o que possivelmente nunca vai acontecer pelo simples fato de ter sido escrita pelo baixista que impede seu retorno a banda...

No começo do texto comentei sobre a reação de algumas pessoas sobre o anúncio do show em uma cidade do interior. Acho muito válida a iniciativa de buscar outras alternativas e locais para a cena gaúcha, ao invés de pensar que tudo deve estar centralizado na capital. Mais uma vez, a produtora Makbo está de parabéns pelo ótimo trabalho desempenhado, aprimorando a produção do evento em relação ao show do Moonspell no ano passado e servindo de exemplo no que diz respeito ao tratamento com o público. Preços justos, ótima produção de palco e som e local apropriado para receber o público. Portando, deixo registrado meu agradecimento ao Márcio por mais uma oportunidade de participar de um evento memorável e garanto que apoio e espaço no All That Metal é algo que a produtora sempre vai ter. E dia 26 de outubro estaremos na Sociedade Orfeu novamente com Hibria, Dyingbreed e A Sorrowful Dream, em mais um capítulo da construção de uma nova alternativa para o público gaúcho.

Confira galeria de imagens exclusivas do All That Metal:


O Sebastian Bach que talvez você não conheça

quinta-feira, 19 de setembro de 2013



Segunda parte do especial Sebastian Bach no ATM. CLIQUE AQUI para todos os detalhes do show que será realizado em São Leopoldo no dia 21 de setembro.

O canadense Sebastian Philip Bierk, mundialmente conhecido como Sebastian Bach e apelidado como Tião em terras tupiniquins, é muito mais que um mero vocalista de Heavy Metal/Hard Rock. A verdade é que Bach é um verdadeiro artista multimídia que já atuou em diversas áreas além do seu reconhecido trabalho na carreira solo e, principalmente, nos anos à frente do Skid Row. No post passado falamos exclusivamente de sua carreira solo, mas hoje vamos abordar o que ele andou fazendo ao longo dos anos pós-Skid Row fora os ótimos discos que levam o seu nome. Bach participou de reality shows, cantou na Broadway, atuou em séries de TV e realizou participações especiais em outros projetos.

Musicais da Broadway

A carreira do vocalista em produções da Broadway teve início no ano 2000, quando ele recebeu um convite para o papel principal de Jekyll & Hyde. Sua estreia aconteceu em abril daquele ano e foi assinado um contrato até setembro, mas, como a repercussão do musical foi além das expectativas, foi feita uma oferta para estender as performances até 15 de outubro. Após deixar a produção, ele mesmo ajudou seu substituto nos ensaios, David Hasselhoff. Em 2004, Bach ainda voltaria a apresentar-se no musical.

Em 2001, atuou como Riff Raff no The Rocky Horror Show. No mesmo ano ainda teve um dia inteiro de perfomances, no dia 28 de novembro, quando foi realizado em Nova Iorque um concerto beneficente em resposta aos atentados de 11 de setembro. Bach compareceu bem cedo ao concerto, partiu para apresentar-se na Broadway e retornou ao final do evento quando os músicos participantes juntaram-se para uma canção de encerramento.


Outro grande momento de Bach em musicais da Broadway foi quando ele assumiu o papel principal de Jesus Christ Superstar. É isso mesmo, Bach representou Jesus Cristo na produção! Ao seu lado estava o veterano Carl Anderson, imortalizado pelo seu papel como Judas em uma das produções mais conhecidas da Broadway. O próprio Bach afirmou que gostaria de repetir a experiência, mas sua vontade é de que na próxima vez seja possível assumir o papel de Judas.



Aparições na TV

O primeiro trabalho de Sebastian Bach na televisão foi como apresentador de um programa da VH1 chamado Forever Wild, no ano de 2002. O vocalista gostou tanto da experiência frente às câmeras que decidiu arriscar-se em algo maior. Acabou encarando uma proposta para atuar na série Gilmore Girls, televisionada pela rede Warner Bros., da qual participou de 2003 a 2007. Seu personagem chamava-se Gil, guitarrista de uma banda de rock com o nome Hep Alien.


Em 2004, surgiu a oportunidade de participar do seu primeiro reality show, em uma série chamada "I Married..." produzida pela VH1. Em "I Married... Sebastian Bach", foi exibida a convivência do vocalista e sua família em uma casa junto do Tight Five, um projeto formado pelo vocalista no mesmo ano e dissolvido logo após a realização do reality show. O programa ainda contou com a participação especial de Dee Snider, vocalista do Twisted Sister.


Mais um reality show da rede VH1 surgiu em 2006, o Supergroup, em maio daquele ano. O programa consistia em 5 músicos renomados trancados durante 12 dias em uma mansão de Las Vegas para formarem uma banda e compor material próprio. Quem acompanhou Bach na empreitada foram os guitarristas Ted Nugent e Scott Ian (Anthrax), o baixista Evan Seinfeld (Biohazard) e o baterista Jason Bonham (filho da lenda que comandou as baquetas do Led Zeppelin). Juntos formaram uma banda de nome Damnocracy, que acabou não indo além do reality show. Quem assistiu ao programa deve lembrar a cara impagável de Bach quando Seinfeld fotografou um ensaio sensual das então esposas de ambos. Na época, Seinfeld era casado com a atriz pornô Tera Patrick.


Sua participação mais recente em um programa de TV foi em mais um reality show, o Gone Country. O programa era exibido pela rede CMT e Bach foi o ganhador da segunda temporada. O resultado foi o clipe de "Battle With The Bottle", surpreendendo a todos com uma performance de Bach em música country. O vocalista até manifestou a vontade de gravar um disco inteiro nessa linha, o que acabou não rolando até agora. Por incrível que pareça, a música é ótima!



O vocalista ainda gravou sua voz para um episódio de Bob Esponja, "SpongeBob and the Clash of Triton", veiculado na TV norte americana em julho de 2010. O personagem que ganhou a voz de Bach foi Prince Triton, o filho rebelde do King Neptune. 



Outros Projetos Musicais

Bach quase acabou entrando para uma banda que tornou-se mundialmente reconhecida em 2003. Como é de conhecimento geral, o Velvet Revolver fez sua estreia naquele mesmo ano, quando os ex-integrantes do Guns N' Roses Slash e Duff McKagan chamaram Scott Weiland para assumir os vocais, foramando um dos maiores supergrupos da década passada. Mas antes de Weiland aparecer, Bach realizou alguns testes como vocalista da banda. Acabou não ficando com a vaga pois, segundo Slash, o grupo estava soando como um 'Skid Roses'.

É possível escutar sua voz no álbum "An Absence Of Empathy", lançado pela banda Frameshift em abril de 2005. O grupo era liderado por Henning Pauly, que convidou Bach para gravar os vocais após uma indicação de James LaBrie, frontman do Dream Theater. Bach e LaBrie são amigos de longa data. Um ano depois, quando estava abrindo shows da turnê do Guns N' Roses, o vocalista subiu ao palco várias vezes para cantar "My Michelle" com Axl Rose, tanto em shows nos Estados Unidos como em alguns festivais europeus. 

Confira a lista com todas as participações especiais de Bach em canções de outras bandas, incluindo um álbum de uma banda brasileira:

- 1989: Trouble Walkin' – Ace Frehley
- 1989: Dr. Feelgood – Mötley Crüe, backing vocals em "Time for Change"
- 1993: Believe in Me – Duff McKagan, vocalista em "Trouble"
- 2001: Twisted Forever – A Tribute To The Legendary Twisted Sister
- 2003: Sophie – BulletBoys, backing vocals na faixa "Neighborhood"
- 2006: Soundtrack Of A Soul Liberty N' Justice "Another Nail"
- 2008: Heavy Hitters – Michael Schenker Group, vocalista em "I Don't Live Today"
- 2008: Chinese Democracy – Guns N' Roses, backing vocal na canção "Sorry"
- 2010: Siam Shade Tribute – "Don't Tell Lies"
- 2012: Todos Os Meus Passos – Kiara Rocks, backing vocals on "Careless Whisper"
- 2012: Slave to the Empire – T&N, vocals on "Alone Again"






Sebastian Bach: carreira solo

terça-feira, 17 de setembro de 2013



Faltam poucos dias para a vindoura apresentação de Sebastian Bach em São Leopoldo. Preparamos um post especial abordando toda a sua carreira pós-Skid Row como aquecimento para os nossos leitores. Se você ainda não adquiriu o seu ingresso, CLIQUE AQUI e confira todos os detalhes sobre este show que promete ser um dos melhores do ano em terras gaúchas. 

Qual banda não gostaria de abrir para o Kiss? Aparentemente, isso não era algo desejado pelo Skid Row em meados da década de 90. Em 1995, o grupo havia lançado "Subhuman Race", terceiro álbum de estúdio de uma banda que viveu o auge de sua carreira poucos anos antes. A verdade é que o disco não chegava nem perto do padrão de qualidade apresentado no debut autointitulado e no clássico "Slave To The Grind". Para piorar a situação, algumas tensões começaram a surgir entre Sebastian Bach e o resto da banda. Após a performance vergonhosa em São Paulo, abrindo para o Iron Maiden no Monsters Of Rock, surgiu uma ótima oportunidade para o Skid Row abrir um dos shows do Kiss durante sua turnê de reunião com Ace Frehley e Peter Criss. Bach agendou a apresentação sem o consentimento dos outros companheiros de banda, que não gostaram nem um pouco disso por acreditarem que o Skid Row era grande demais para abrir um show do Kiss.

"Você nunca é grande demais para abrir para o Kiss" - foi a mensagem deixada por Bach na secretária eletrônica de um ex-companheiro de Skid Row e, consequentemente, o início de sua carreira fora da banda. Seu primeiro passo foi juntar alguns músicos para formar um novo grupo, chamado The Last Hard Men. A nova banda de Bach contava com os guitarristas Jimmy Flemion (Frogs), Kelley Deal (The Breeders) e Jimmy Chamberlin (Smashing Pumpkins). O The Last Hard Men gravou apenas um álbum autointitulado para a Atlantic Records, que acabou optando por não lançar o material. O disco só viu a luz do dia em 1998, quando Deal decidiu lança-lo através de seu próprio selo, o Nice Records, com uma prensagem limitada de mil cópias.

BRING 'EM BACH ALIVE


Logo após a dissolução do The Last Hard Men, Bach deu início à sua carreira solo propriamente dita. Inicialmente, o vocalista gravou algumas composições novas e realizou uma curta turnê pelo Japão em 1999. A apresentação em Tokyo foi registrada e, junto das faixas inéditas, lançado em novembro do mesmo ano em um álbum chamado "Bring 'Em Bach Alive". O registro é composto por 5 faixas inéditas gravadas em estúdio com a participação de diversos músicos, além de 11 canções do show em Tokyo. Todas as faixas ao vivo são músicas originalmente lançadas pelo Skid Row, sendo a única exceção "The Most Powerful Man In The World", presente no único disco do The Last Hard Men.

Apesar de ser um álbum pouco lembrado na carreira de Bach, "Bring 'Em Bach Alive" é um trabalho essencial para os fãs do ex-Skid Row. As composições novas mostram um pouco da versatilidade de Bach, algo que não foi tão explorado por ele nos anos à frente de sua antiga banda. "Rock 'N' Roll", a faixa de abertura, é praticamente uma declaração de que ele não iria parar de fazer a música que ama nessa nova fase de sua carreira, além de soar muito semelhante ao que ele fazia no Skid Row. Temos ainda o contraste da pesada "Done Bleeding", seguida da faixa acústica "Superjeck, Superstar, Supertears". Já a canção "Blasphemer" é direta ao ponto de soar como Punk Rock, sendo seguida por mais uma faixa de muito peso denominada "Counterpunch", deixando claro que a carreira solo de Bach prometia ser promissora.



Quanto às faixas ao vivo, a verdade é que elas não ficam devendo em nada para as performances do Skid Row em seus anos de glória. Alguns dos grandes clássicos da banda estão presentes: "Riot Act", "Slave To The Grind", Mudkicker" e, obviamente, as obrigatórias "18 & Life", "I Remember You" e "Youth Gone Wild". Vale destacar também a presença de "Frozen" e de "Subhuman Race", que no álbum ao vivo está soando muito melhor que a versão de estúdio do Skid Row. O grande momento do álbum é execução de "Monkey Business", tocada em um medley com "Godzilla", clássico do Blue Oyster Cult.

Um fato curioso que poucos sabem a respeito de "Bring 'Em Bach Alive", é que existe uma versão diferente do álbum que foi lançada apenas no Japão. Na edição japonesa, quase todas as faixas de estúdio foram excluídas e outras 3 canções do Skid Row foram acrescentadas: "Here I Am", "Sweet Little Sister" e "Get The Fuck Out". Essa versão japonesa do álbum é difícil de encontrar até pela internet, sendo um dos itens mais desejados dos fãs de Bach. 



 BACH 2: BASICS


Em 2001, chegou as lojas o segundo disco de estúdio da carreira solo de Sebastian Bach. Na verdade, o novo álbum não tem nenhuma novidade, pois era apenas um apanhado de covers gravados pelo vocalista para diversos tributos. Em boa parte são bandas que de uma maneira ou outra influenciaram Bach ao longo de sua carreira. Mas o álbum está muito longe de ser dispensável e é muito válido para quem quer conhecer um lado diferente do vocalista, que mais uma vez se destaca pela versatilidade ao usar a voz que tornou seu nome mundialmente conhecido. 

"Bach 2: Basics" tem início com nada menos que 3 covers de Ozzy Osbourne: "I Don't Know", "Crazy Train" e "Believer". Por incrível que pareça, todos eles soam ótimos na voz de Bach, com destaque especial para "Believer". O petardo ainda conta com homenagens a bandas como Iron Maiden ("Children Of The Damned"), Rush ("Working Man" e "Jacob's Ladder"), AC/DC ("T.N.T." e "Little Lover") e Rod Stewart ("Tonight's the Night"). Ainda temos dois mega clássicos do Led Zeppelin, "Communication Breakdown" e "Immigrant Song", com uma ótima performance de Bach em ambas as canções.



É óbvio que não poderia faltar alguma coisa do Kiss, que marca presença em "Bach 2: Basics" com três faixas. Primeiro nós temos "Rock Bottom", do clássico disco "Dressed To Kill", de 1975. O cover seguinte é "Shock Me", presente em "Love Gun" (de 1977), canção imortalizada na voz de Ace Frehley e que contou com a participação de Rob Affuso, ex-baterista do Skid Row. Curiosamente, Bach escolheu mais uma canção cantada por Frehley para homenagear o Kiss, "Save Your Love", faixa de encerramento do polêmico álbum "Dynasty", de 1979. 

Ainda temos dois momentos curiosos em "Bach 2: Basics", sendo um deles um medley com duas canções do Hanoi Rocks, "Motorvatin'" e "Fallen Star". Um ano antes do lançamento do disco, Bach havia começado a cantar em musicais da Broadway (assunto que será abordado em um post futuro) e optou por um incluir uma faixa ao vivo de uma apresentação. A canção chama-se "This Is The Moment" e integra o musical Jekyll & Hyde, que marcou a estreia de Bach na Broadway direto com o papel principal. Apesar da qualidade da gravação não ser muito boa, fica a dica para estudantes de canto que estão lendo a matéria: escutem essa faixa! Musicais não são algo para qualquer um cantar e Bach faz uma perfomance realmente impressionante na canção.



ANGEL DOWN


Ao longo dos anos seguintes, Bach dedicou-se a uma infinidade de outros projetos. Participou de mais musicais da Broadway, esteve em reality shows e fez até mesmo participações como ator em algumas séries de TV nos Estados Unidos. Mas as apresentações de sua carreira solo não pararam e ele esteve até mesmo no Brasil em 2005, além de abrir shows para o Guns N' Roses no ano seguinte. Aos poucos, ele foi trabalhando em cima de um novo álbum de estúdio, lançado em 20 de novembro de 2007 com o título de "Angel Down". Vale lembrar que Bach não lançava um álbum composto inteiramente de músicas inéditas desde o The Last Hard Men, ou seja, foram 9 anos de espera.

Nas palavras de Paul Cashmere, da revista Undercover, "o álbum de Metal do ano, se não do século XXI até o momento". Não! O jornalista em questão não está exagerando, "Angel Down" é um álbum espetacular! Particularmente, gosto muito de recomendar o disco para aqueles que relacionam Bach apenas ao seu período mais Hard Rock do trabalho de estreia do Skid Row. "Angel Down" está anos-luz distante do que Bach fazia em sua antiga banda, soando bem mais pesado e agressivo. No geral, o álbum apresenta uma grande variedade de influências, soando bem diversificado, mas ainda assim mantendo um padrão ao longo das faixas que tem o Heavy Metal tradicional como base. 



Para gravar "Angel Down", Bach chamou um time de peso para participar da composição e gravação do álbum. Sua banda contou com dois músicos que tocaram com Rob Halford, o guitarrista "Metal" Mike Chlasciak e o baterista Bobby Jarzombek. Para o baixo foi chamado ninguém menos que o lendário Steve DiGiorgio (Testament), além do guitarrista (e fiel escudeiro de Bach) Johnny Chromatic completando o time. Ainda temos o guitarrista Adam Albright tocando na faixa-título, escrita em uma parceria dele com Bach. A produção ficou a cargo de Roy Z, músico que ganhou reconhecimento internacional na cena produzindo e tocando em 3 álbuns de Bruce Dickinson nos anos 90 ("Balls To Picasso", "Accident Of Birth" e "The Chemical Wedding"), para depois produzir ainda bandas como Judas Priest, Helloween e Sepultura. Roy Z ainda co-escreveu 4 faixas do álbum com Bach e gravou linhas de guitarra nelas ("You Don't Understand", "Love Is a Bitchslap", "By Your Side" e "Our Love Is a Lie").

Mas de todos os músicos presentes no álbum, nenhuma participação chamou mais atenção do que a presença de Axl Rose em 3 faixas de "Angel Down". Após reestabelecerem uma amizade antiga em 2006, Bach convidou o polêmico vocalista do Guns N' Roses para participar do álbum com sua voz. Uma das faixas é, na verdade, um cover do Aerosmith, "Back In The Saddle", que soou ótima na voz de ambos. Ainda podemos escutar a voz de Axl em "(Love Is) A Bitchslap", que acabou virando um dos singles do trabalho, e "Stuck Inside", faixa escrita por Bach e Johnny Chromatic. 



Outros grandes destaques do álbum incluem a faixa "American Metalhead", originalmente gravada pelo Painmuseum (banda do guitarrista Metal Mike) e "Negative Light", canção realmente pesada escrita por Bach, Mike e DiGiorgio. O falecido pai de Bach, David Bierk é duplamente homenageado no disco: primeiro com a capa, que é um quadro pintado por ele e tatuado no braço de Bach por Kat Von D; e com a magnífica balada "By Your Side". O único ponto fraco de "Angel Down" é a outra balada presente nele, que encerra o trabalho, chamada "Falling Into You". Definitivamente, ela soa deslocada em relação ao resto das canções. Um fato curioso é que "Falling Into You" foi escrita por Bach em uma parceria com Desmond Child. Nunca ouviu falar nesse nome? Certamente você já escutou algo escrito por Child! Ele já colaborou com artistas dos mais diversos gêneros possíveis e é praticamente um 'hit maker'. Lembra do memorável riff de "I Was Made For Loving You", do Kiss? Pois é, foi ele quem escreveu!

"Angel Down" foi lançado através de uma parceria de Bach com a gravadora EMI, através de um selo administrado pelo próprio vocalista. Apesar disso, o álbum teve problemas na sua distribuição e acabou vendendo apenas 6.400 cópias em sua semana de lançamento nos Estados Unidos. Mas logo depois o trabalho passou a ter uma distribuição melhor e atingiu a marca de 200 mil cópias comercializadas em todo o mundo. O álbum alcançou apenas o 191º lugar do Top 200 da Billboard, mas ficou em 1º lugar na parada de Heatseekers, que registra os álbuns mais vendidos dentre os estreantes na lista da Billboard. 

Após o lançamento de "Angel Down", uma longa turnê sucedeu-se pelo mundo inteiro para promover o álbum, além de apresentar vários clássicos do Skid Row que sempre integram o repertório. Em maio de 2008, Bach realizou uma turnê pela Austrália, para logo depois percorrer a América do Norte ao lado de Dokken e Poison. Em 2009 abriu vários shows do Guns N' Roses durante a divulgação de "Chinese Democracy", incluindo mais uma passagem pelo Brasil. Enquanto todas essas turnês estavam rolando, Bach encontrou um tempo para escrever material novo ao lado de Jamey Jasta, vocalista do Hatebreed, para o que deveria ter sido o sucessor de "Angel Down". Infelizmente, nada mais foi dito sobre o trabalho que ambos estavam desenvolvendo, pois seria incrível ver ambos atuando juntos.

KICKING & SCREAMING


Bach teve alguns problemas com os músicos que estavam integrando sua banda solo e acabou trocando alguns, mantendo apenas Johnny e Bobby. Aparentemente, Metal Mike saiu da banda reclamando que não estava recebendo seu devido pagamento, fazendo com que Bach partisse em busca de um novo guitar hero para a sua banda. Um jovem rapaz chamou sua atenção com seus vídeos no You Tube. Seu nome era Nick Sterling e um certo dia Bach tentou entrar em contato com ele, mas Nick achou que se tratava de um trote e inicialmente ignorou os e-mails enviados pelo vocalista. Após descobrir que era o verdadeiro Sebastian Bach, aceitou o posto sem hesitar e começou a compor para o novo álbum de Bach. 

O segundo disco de estúdio totalmente composto por faixas inéditas teve seu nome anunciado em 15 de junho de 2011: "Kicking & Screaming". O álbum foi oficialmente lançado em 27 de setembro do mesmo ano, com um clipe da faixa título estreando no site da revista Revolver. Mais uma vez o lançamento teve uma ótima recepção por parte do público e da crítica especializada. Musicalmente, o novo álbum assemelha-se a "Angel Down" em alguns pontos, mas tem uma sonoridade própria e mostra que Bach não pretendia se repetir. Até porque, o grupo de músicos que trabalhou no petardo era bem diferente do álbum anterior.



Basicamente, "Kicking & Screaming" foi gravado apenas por 3 pessoas: Bach, Nick (que além das guitarras também gravou as linhas de baixo) e Bobby. A maior parte das composições foi assinada por Nick, inclusive a balada "I'm Alive" que acabou virando single e ganhou um videoclipe. Outra canção que virou single conta com uma participação especial: "Tunnelvision", escrita numa parceria de Bach com o guitarrista John 5 (Rob Zombie, ex-Marilyn Manson) e o produtor Bob Marlette. "Tunnelvision" é, provavelmente, o melhor momento do álbum e conta com ótimas linhas de guitarra de John 5, além de um solo sensacional. 

Outros momentos de destaque do álbum incluem canções como "My Own Worst Enemy" (ótimas melodias de guitarra), "Dance On Your Grave" (com seus momentos de peso convidando o ouvinte a banguear muito) e "Dirty Power" (refrão que gruda de primeira). Ainda temos "As Long As I Got The Music", possivelmente a canção que melhor define o álbum, daquelas músicas que marcam o resto da carreira de um músico. Certamente, uma música obrigatória em seus shows daqui pra frente. E, obviamente, não faltam boas baladas, como "Dream Forever", que estranhamente não virou single.



A turnê de "Kicking & Screaming" também marcou o retorno de Bach ao continente europeu após muitos anos sem realizar uma turnê por lá. A banda apresentou-se em alguns dos principais festivais de verão para grandes platéias, mais uma vez levando um repertório que misturava canções dos trabalhos solos e clássicos do Skid Row. Alguns shows foram gravados para posterior lançamento em um DVD e álbum ao vivo.

O álbum foi mundialmente aclamado, a banda estava tocando pelo mundo inteiro, ou seja, aparentemente tudo estava correndo bem. Mas alguns conflitos internos passaram a surgir, mais especificamente entre Bach e seu prodígio, Nick Sterling. Os problemas começaram pelo fato de Nick ter alguns problemas com álcool e não cumprir a exigência do vocalista de que nenhum integrante da banda deve beber antes das apresentações. A dependência etílica de Nick ia um pouco além disso: aparentemente ele participou de algum incidente envolvendo bebidas e má conduta no Canadá, o que impedia sua entrada no país. A gota d'água foi sua recusa em assinar um contrato de uso de imagem para uma apresentação em Los Angeles que seria filmada no Nokia Theatre, fazendo com que ele fosse demitido da banda. 

Apesar dos incidentes ao longo da turnê, um DVD/CD ao vivo chamado "ABachalypse Now" foi lançado contendo o registro de duas apresentações: o festival francês Hellfest e o show de Los Angeles sem Nick Sterling. O DVD ainda conta com parte do show no festival belga Graspop Metal Meeting, uma apresentação inusitada abaixo de muita chuva. Para mais detalhes sobre o lançamento, CLIQUE AQUI e confira o review postado no All That Metal. 



Atualmente, Bach está trabalhando em material para um próximo álbum de inéditas. A produção novamente ficou a cargo de Bob Marlette e algumas faixas contam com colaborações de John 5, Duff McKagan e Steve Stevens. Paralelamente a isso, sua banda segue realizando apresentações regulares, agora com o guitarrista Devin Bronson ocupando o posto deixado por Nick.







1 ano de All That Metal

sábado, 14 de setembro de 2013


Imagine que um dia uma pessoa chega até você e fala que dentro de um ano vai ser absolutamente normal conviver em meio aos shows de várias bandas que você escutou sua vida inteira. É dito também que você vai ter a oportunidade de conversar com vários músicos cujo trabalho você sempre acompanhou, alguns deles até mesmo pessoalmente. Seu nome estaria presente até mesmo na lista de convidados de uma de suas bandas favoritas. Não sei quanto a vocês, mas eu não acreditaria no que essa pessoa poderia falar. Não mesmo!
Mas isso tudo não apenas aconteceu, como passou a ser quase um cotidiano vivido por este que vos escreve. Que atire a primeira pedra o fã de Metal que nunca desejou conhecer de perto seus ídolos, trocar ideias com eles e desenvolver um trabalho que ganharia reconhecimento pela web. Nunca poderia imaginar as consequências trazidas pelo simples fato de ter criado este blog. E hoje que o All That Metal completa um ano, decidi compartilhar com vocês algumas das histórias que sucederam-se ao longo desse período. So here we go...


O início

Comecei a escrever sobre música em 2005, quando estava cursando Comunicação Social em minha terra natal, Bagé, no interior do Rio Grande do Sul. Ofereceram uma página de um jornal quinzenal para abordar as bandas locais e assim dei os primeiros passos no ramo. Passei cerca de um ano realizando esse trabalho e mais tarde colaborei com outros sites especializados em Metal. Depois de um certo tempo hibernando, surgiu a ideia de criar meu próprio blog sobre o assunto, mas demorou muito até colocar o projeto em prática. 
Então, uma certa noite em setembro do ano passado, o tédio estava me consumindo e por algum motivo inexplicável acreditei que aquele era o momento certo para dar início ao trabalho que vocês acompanham hoje. Em uma única noite com muito café e cigarros, escrevi todas as matérias postadas no primeiro dia do que viria a ser o All That Metal. Naquela época, me sentia entediado de sempre ver nos sites especializados as mesmas bandas, os mesmos assuntos, era tudo igual por todos os cantos da web. Minha ideia era criar algo para um público diferenciado, com um material diferente e apostando em artigos próprios ao invés de simplesmente postar notícias que podem ser encontradas em qualquer outro site. 
Alguns fatos curiosos que nunca foram explicados por aqui são o nome do blog e a imagem do nosso avatar. O nome veio de uma ideia bem simples: All That Jazz. Além de ser um bom trocadilho, já deixa bem claro que por aqui não existem preconceitos ou limites em relações aos gêneros abordados. Quanto ao avatar presente na página do Facebook e demais imagens de divulgação, cabe uma explicação mais elaborada: meu emprego cotidiano é como fotógrafo de moda. O All That Metal surgiu quase como uma forma de provocar a cena inteira, pois nunca seguimos padrões da mídia especializada. Sendo assim, nada melhor para provocar os dois mundos do qual fazia parte do que uma imagem retirada de um catálogo de moda inspirado no Black Metal. Simples e objetivo, uma marca definitiva do blog. 
Começamos mostrando capas de álbuns clássicos com gatos, relembrando o maior blog de humor headbanger que já existiu e falando sobre bandas que mudaram com o tempo. O primeiro 'hit' do ATM foi uma matéria sobre as maiores pérolas da Rede Globo relacionadas ao Metal. A prova definitiva de que realmente chegamos para falar de Metal de uma forma diferente surgiu alguns dias depois: um dia inteiro especialmente dedicado a Devin Townsend no lançamento do álbum "Epicloud" e o primeiro review da história do blog que não era sobre uma banda de Metal, uma resenha de "Fight Like A Girl", da Emilie Autumn. Foi assim que começou a definir-se o público do ATM, leitores que não são o típico fã de Metal padrão que escutou as mesmas bandas a vida inteira. 
Alguns dias depois o blog começou a emplacar mesmo. No dia 20 de setembro, data mais especial do ano para qualquer gaúcho, lançamos a coluna Southern Extremism, totalmente dedicada a mostrar o que temos de melhor no Rio Grande do Sul. A primeira banda entrevistada foi a Postmortem e logo depois tivemos a participação de Armada SA e Frost Despair. Na mesma época, apareceu a primeira das muitas entrevistas internacionais que tivemos, com Gloria Cavalera. Outros destaques do período inicial do blog incluem diversos artigos que tiveram ótima aceitação dos leitores (Iron Maiden em Donington, Hottest Chicks In Metal, fãs de Manowar e o artigo mais acessado da história do ATM: A hora e a vez das groupies falarem) e alguns furos exclusivos de reportagem, como anunciar a turnê do Cavalera Conspiracy antes de todo mundo (clique aqui e depois aqui).


Reconhecimento

As coisas passaram a mudar em dezembro do ano passado com o primeiro review de show do ATM, uma cobertura completa do show do Moonspell. Na época, não costumávamos fazer credenciamentos para cobertura de shows e tudo aconteceu de forma inesperada. Primeiro, houve um concurso para o Meet & Greet com a banda... fui um dos vencedores! Logo depois, foi realizada uma promoção para almoçar com a banda... mais uma vez, fui o vencedor! O resultado é o que vocês podem conferir no review do show, uma experiência incomparável de passar um dia inteiro ao lado de uma das minhas bandas favoritas. Um dia que vou lembrar para o resto da minha vida. E que foi compartilhado com todos vocês aqui no ATM. Prometo que ainda vou criar um blog chamado ATM Backstage apenas para as histórias inusitadas que acabam não sendo publicadas por aqui, e vai ter muita coisa desse dia que não está no review.
Pela primeira vez na curta história do blog surgiu o reconhecimento pelo trabalho que estava sendo desenvolvido. Mais entrevistas internacionais surgiram, sendo duas delas realmente especiais para mim. A primeira foi com James McIlroy, guitarrista do Cradle Of Filth, banda da qual sempre fui um fã devoto. Logo depois tive a oportunidade de conversar com Michael Amott, nada mais nada menos que o guitarrista e fundador do Arch Enemy, além de já ter tocado no Carcass, duas bandas fundamentais para a minha formação musical. A entrevista com Michael foi DE LONGE a melhor que já tive a oportunidade de fazer pelo ATM. Sério, não tem como comparar com nenhuma outra. O guitarrista é um exemplo de simpatia e humildade para a cena inteira. Tem gente que imagina que um músico como ele poderia ser um dos mais egocêntricos no meio da música extrema, mas ele é totalmente o oposto disso. Um acontecimento que marcou não apenas a história do blog, mas também a minha visão sobre ele e a música em geral.
Mais artigos marcaram este ótimo período vivido pelo blog, sendo que muitos deles ainda recebem vários acessos até hoje. Apresentamos o texto mais completo já escrito em português sobre o Les Légions Noires, a obscura cena francesa de Black Metal. Criamos a melhor trilha sonora para você curtir o fim do mundo. Selecionamos as versões mais pesadas de canções de Game Of Thrones e Elder Scrolls. Falamos sobre os melhores álbuns de 2012 e apontamos os mais esperados de 2013.
Mas algumas mudanças aconteceram logo a seguir...


Reformulação

Em janeiro fui obrigado a me afastar do blog por questões pessoais que realmente me impediram de dar continuidade ao trabalho que estava sendo desenvolvido. Durante o período em que estive fora, quem ficou comandando tudo foi um antigo colaborador que estava comigo desde outubro do ano passado. Infelizmente, tivemos algumas diferenças de opinião sobre determinados assuntos fúteis e cada um seguiu seu rumo, ele criando seu próprio site e eu seguindo em frente com o ATM. Apesar do pedido, optei por não deletar seu trabalho no blog pelos leitores que poderiam ter interesse em ler o material (vide entrevistas com The Agonist, Rotting Christ, Epica e Paul Allender do Cradle Of Filth).
Ao invés de simplesmente retomar as atividades do ATM como se nada tivesse acontecido, uma estratégia mais elaborada era necessária após quase 3 meses sem postagens regulares. Formei uma equipe, estipulei metas e prazos, mudamos o foco para abordar mais a cena nacional. Definimos um objetivo: queremos fazer cobertura de shows, oferecer um relato dentro dos padrões midiáticos de um veículo de qualidade e apresentar fotos que transportem o leitor para dentro do show. Uma palavra é capaz de definir tudo isso que estávamos buscando: profissionalismo. 
O retorno foi em grande estilo, com uma entrevista de Pinche Peach, do Brujeria. Em abril do ano passado tive a sorte de viajar no mesmo avião da banda durante a turnê sul americana, passei a viagem inteira conversando com ele e seguimos mantendo contato. Ainda tive a oportunidade de ver El Brujo sem máscara e a honra de conhecer um de meus bateristas favoritos, Nick Barker (ex-Cradle Of Filth e Dimmu Borgir). Só faltou o Jeff Walker nessa turnê! A entrevista com Pinche Peach foi postada pontualmente às 16:20 (entendedores entenderão).  Curiosidade: a entrevista foi realizada ao longo de vários dias com muita tranquilidade. Em um desses dias em que estávamos conversando, ele teve que interromper a entrevista para dar atenção aos filhos. Conseguem imaginar isso?
Na mesma época em que retomamos as atividades do blog, surgiu a ideia de fazer uma matéria especial em homenagem aos 3 anos da morte de Peter Steele, vocalista/baixista do Type O Negative. Estava tudo certo: garantimos uma entrevista com ex-baterista do Type O, Johnny Kelly, e mais a participação especial de outros músicos renomados que eram amigos de Peter. Mas Johnny só enrolou para enviar as respostas, estava sempre ocupado, a data passou e a homenagem não aconteceu. Tudo bem, perdoamos Johnny pelo simples fato de ter integrado uma banda que fez história no Metal. Ao menos ele ficou sabendo que tenho o logo da banda tatuado.
Matérias de destaque do retorno do ATM incluem: "We Like The Bad Girls" da Red Front; review de "Closed Eyes", da banda Astaria; o único review faixa-a-faixa de "Infestissumam", do Ghost (BC); figuras históricas que formariam grandes bandas de Metal; o único texto em português com a história completa do misterioso Devil Doll; um artigo sobre bandas francesas.
Depois do review do show de Paul Di'Anno em Porto Alegre, alcançamos o objetivo citado acima. Passamos a fazer coberturas de shows credenciados e os 3 principais shows de maio foram relatados em detalhes no ATM: Andre Matos, Morbid Angel e Grave Digger
As mulheres do nosso gênero musical favorito também passaram a ganhar cada vez mais espaço. Primeiro tivemos uma entrevista com Mizuho Lin, vocalista da Semblant, banda que nunca fiz questão de esconder que é uma das minhas favoritas na cena nacional. Logo depois tive a honra de realizar a primeira entrevista de Lindsay Schoolcraft como tecladista do Cradle Of Filth, com direito a agradecimento especial dela citando meu nome em seu perfil pessoal. Lindsay revolucionou o ATM: fizemos a nossa primeira matéria totalmente em inglês a pedido dela mesma! Isso abriu as portas para postarmos entrevistas em inglês e buscarmos bandas desconhecidas no país sem medo de pensar se isso poderia ou não gerar acessos. Assim chegamos a outra vocalista do metal extremo, Marika Hyldmar, do Illnath, que fez sua segunda entrevista na banda através do ATM.
Quanto ao time formado que citei acima, no vídeo ao final do post vou entrar em detalhes. Mas algumas coisas merecem ser mencionadas aqui:
  • Lucas Queiroz, velho amigo de muitos porres na Cidade Baixa, campeão das polêmicas com a coluna Six Strings Lovers.
  • Certa vez uma leitora do blog apareceu me adicionando no Facebook  e convidei ela para juntar-se a nós depois que falou que cursava jornalismo. Pouco tempo depois ela sugeriu a realização da Semana Ronnie James Dio no ATM, que resultou na nossa primeira matéria emplacada nos destaques do Whiplash. O nome dela é Paola Rebelo e não tornou-se apenas minha parceira número um nas coberturas de shows, mas também uma grande amiga!
  • Uma das pessoas que eu mais tenho orgulho de dizer que integra nossa equipe: Ana Rauber! Sempre contribuindo com ótimas ideias e entrevistas com bandas como Dyingbreed, Prophajnt, Human Plague e Hate Handles.
  • Paulo Momento, um dos caras que mantêm o underground vivo no interior do estado, sempre trazendo grandes matérias, como entrevistas (Trail Of Sins, Bloodytrap, Bullseye, Drunkenstein) e coberturas de eventos que rolam em Pelotas (Dark City, Bokada Metal Fest de junho e agosto). Para mostrar que a cena gaúcha está MUITO além do que rola na capital, fazendo do Paulo um sujeito essencial em nosso grupo. 
  • O mineiro da nossa equipe, Caio Botrel, que emplacou o mais recente 'hit' do ATM, a entrevista com Paul Schroeber!
  • O primeiro sujeito que topou colaborar no ATM, Delmar Borba, sempre lembrando os maiores clássicos do gênero
  • Last, but not least... o barman da casa, especialista nos drinks de absinto, Adriano Pasini! Só para lembrar: ele esteve por aqui primeiro como entrevistado com a banda Armada SA. Para a surpresa geral, de TODAS as bandas nacionais que já postamos no blog só existe UMA mais acessada que a Armada SA, que é o Angra. O Adriano ainda ganhou umas dicas de canto da Melissa Cross, junto do Odommok (Frost Despair) e da Mizuho Lin.

Expansão

Acho que só passei a tomar conhecimento do quanto o blog estava sendo reconhecido a partir do momento em que passei a receber convites para realizar outras atividades relacionadas a música. A primeira oportunidade que surgiu foi através do meu grande amigo Deivid Daudt, DJ da Vampire Cabaret. Comentei com ele que adoraria ser DJ de uma festa que toque músicas numa linha gótica só para tocar uns sons mais pesados, algo que estava faltando em Porto Alegre. Na mesma hora ele me convidou para ser DJ da Vampire Cabaret e o ATM entrou como colaborador da festa. Isso foi muito divertido! Justamente pelo fato de que eu estava lá pelo prazer de tocar músicas que eu gosto para as pessoas, sem nenhum compromisso de levar isso muito a sério como muitos DJ's locais. Nesse quesito, meu foco sempre foi trabalhar em cima das minhas próprias músicas com a minha banda. Mas foi ótimo e espero fazer isso de novo. 
O outro convite que recebi foi ainda mais especial e requer que eu explique de forma mais detalhada. Há alguns anos conheci a Carol Bijl, uma publicitária com a qual sempre curti trocar várias ideias e ficamos muito tempo tentando trabalhar juntos em algum projeto. Ela passou a produzir um programa da Rádio Putzgrila totalmente voltado para bandas independentes, o New Kidz On Dead Rock. Fui convidado para participar do programa para falar do blog e o trabalho que estávamos desenvolvendo com bandas underground, decidi levar a Paola e o Queiroz comigo. Comparecemos no programa que foi veiculado ao vivo no dia 1º de junho. 
O que parecia ser apenas um convite para participar do programa acabou virando uma proposta para permanecer como apresentador fixo. Honestamente, eu não sabia o que esperar, mas aceitei por ser um desafio totalmente novo e uma boa oportunidade de expandir o trabalho que eu faço com o ATM. Quem realmente comanda o programa é a Ana Beise, mais uma dessas pessoas incrivelmente legais que conheci graças ao ATM. E sinto te informar Ana: hoje em dia o New Kidz (que passou a chamar-se Groovypedia Studio Live) não é apenas teu filho, passou a ser meu também! 
Apresentar o programa é tão importante quanto escrever para o blog. Só é diferente: o blog é aquele momento de reflexão e opiniões exclusivamente minhas, enquanto o New Kidz/Groovypedia são duas horas de interação e troca de ideias. É a extensão que eu achei para o ATM. Além do mais, é uma honra integrar o grupo da Putzgrila! Em julho ainda rolou um especial do ATM no Dia Internacional do Rock totalmente dedicado aos anos 80. Ensaio para um futuro programa do blog? Quem sabe...

Atualidade

Como disse anteriormente, o New Kidz/Groovypedia é o momento de interação em tempo real do trabalho que desenvolvi no ATM. E de tudo que já rolou no programa, nada pode-se comparar ao dia em que recebemos o Jacques Maciel, do Rosa Tattooada,  no estúdio. Não vou mentir, se eu falar que era fã da banda antes disso vou estar mentindo. Mas é inegável que é uma grande honra entrevistar um músico com a experiência dele. Honra maior ainda é ter seu trabalho reconhecido pelo Jacques. 
No final das contas, o encontro rendeu muito assunto para o blog: primeiro fizemos um review do show acústico no Malvadeza Pub e depois postei um trecho da entrevista com Jacques relatando a primeira passagem do Sepultura por Porto Alegre. Ainda ganhei um DVD da banda com uma dedicatória do Jacques, devidamente adicionado à minha coleção de itens autografados, fotos e demais artefatos adquiridos durante esse ano com o ATM. Muito obrigado, Jacques! Pode sempre contar com meu apoio!
Tivemos vários reviews de shows nos últimos tempos. A Paola e o Caio estiveram no show do Avantasia em São Paulo e fizeram uma "resenha escrita a quatro mãos". Rolou também um review da passagem do Winery Dogs por Porto Alegre. E para ninguém pensar que só queremos fazer resenhas de shows internacionais, fizemos uma cobertura com fotos exclusivas do último show da Prophajnt antes da pausa que a banda deu (eles retornam ano que vem!).
Anteriormente, citei que durante a transição da nova fase do blog passamos a manter um foco maior em bandas do underground nacional. Para a surpresa geral, isso aumentou de forma muito significativa o número de acessos. Isso é algo muito satisfatório, saber que alcançamos nosso objetivo em criar um público diferenciado, algo bem distante daquele tradicional fã que só escuta as mesmas bandas sempre. Bons exemplos disso é a boa recepção de entrevistas que postamos de bandas como Save Our Souls e Hecatombe, além das postagens do Drops Metal Media, com novidades das bandas assessoradas por esses grandes parceiros do ATM. 
Do meu ponto de vista, tivemos três grandes momentos nos últimos tempos:
  • Show do Angra em Porto Alegre: começamos com uma série de matérias especiais cujo ponto alto foi uma entrevista exclusiva com Rafael Bittencourt, cortesia do nosso parceiro Homero Pivotto, assessor de imprensa da Abstratti. O show foi fenomenal, com direito ao Rafael posando diretamente para mim em uma das fotos (CLIQUE AQUI para ler o review e ver a galeria de fotos). Pra completar, o Felipe Andreoli ainda usou uma foto minha como avatar de seu perfil no Facebook. Épico!
  • Fizemos a cobertura do Possessed da forma ideal. O review foi totalmente focado nas apresentações do Possessed e da Postmortem e optamos por deixar os problemas ocorridos durante o evento para um outro post. Não acho que faço um trabalho melhor do que qualquer outra pessoa ou veículo, muito menos considero ter concorrentes. Pelo contrário, quanto mais apoio houver entre veículos do gênero, melhor será para todos que atuam na área do jornalismo especializado em Rock e Metal. Mas acabei lendo cada relato absurdo sobre o show, alguns repletos de erros sobre os acontecimentos daquela noite. É uma pena que tudo isso aconteceu e ainda resultou no fim de mais uma produtora local. Enfim, se alguém ainda tem dúvidas sobre tudo que rolou na noite de 8 de agosto no Beco, basta ler as duas matérias e tirar suas próprias conclusões. 
  • E, por fim, o que deu início a todo este post: CLIQUE AQUI e descubra como fui no show do Soulfly alcançando o maior reconhecimento que o ATM já teve. 
Por fim, gostaria apenas de destacar um convite que recebi como uma grande honra recentemente. Já enviei várias matérias do ATM para o Whiplash e quem atua na área do jornalismo sobre Rock/Metal sabe que o site é colaborativo, não é difícil ter matérias postadas por lá e basta enviar um determinado número para ganhar sua página com todas as matérias. Mas no meu caso eu recebi a proposta de ter a página de minhas matérias do próprio João Paulo Andrade, fundador e proprietário do site. Achei bacana ter meu trabalho reconhecido pelo dono do maior site do gênero. Ou seja, vocês podem conferir todas as matérias que já enviei para lá em minha própria página no site

Futuro

Tem muitos projetos que debatemos entre os colaboradores e que nem sempre são colocados em prática. Algumas coisas por falta de tempo e outras por exigirem investimentos que estão além do nosso alcance. A principal delas é apresentar o blog em um site de domínio próprio com um layout novo e mais agradável. Já era para ter acontecido há muito tempo, mas por um motivo ou outro ainda não rolou. É uma das prioridades para o futuro.
Tratando-se de investimentos e dinheiro, acho importante ressaltar que jamais ganhamos um centavo sequer com o ATM. Não foi por falta de oportunidades, já me ofereceram propostas envolvendo grana para escrever determinadas matérias, mas acabei recusando. É que uma vez que você aceite ser pago por uma matéria, não significa que você estará fazendo aquilo por vontade própria, mas sim pelo comprometimento e/ou necessidade. Logicamente, gostaria muito que o blog pudesse manter-se por si próprio e gerar uma renda para todos os envolvidos. Um dia, quem sabe, isso aconteça, mas jamais vai ser nosso foco. Fazemos isso tudo porque amamos esse gênero musical e queremos contribuir com a cena underground.
O ATM sempre apoiou e sempre apoiará bandas independentes, essa é a maior certeza que vocês podem ter em relação ao que produziremos no futuro. Algumas coisas vão mudar ao longo do segundo ano de atividades, isso é uma certeza. Mas as bandas que gostariam de divulgar seu trabalho em nossa página e, especialmente, aquelas que já tem uma parceria mútua com o blog, podem ter certeza que sempre podem ter seu espaço garantido em nossas postagens.
Para finalizar, gostaria de eu mesmo deixar algumas palavras com vocês...
(por favor não liguem para as olheiras e o cabelo desarrumada, virei a noite preparando os posts de hoje...)

Entrevista: DISTRAUGHT [vídeo]


Poucas bandas nacionais dispensam apresentações ao citarmos apenas o nome do grupo. A DISTRAUGHT é uma delas, com mais de 20 anos em atividade que tornaram a banda uma das mais importantes do cenário nacional. Seu trabalho mais recente, "The Human Negligence Is Repugnant", foi lançado em maio do ano passado e apresenta um Thrash Metal de altíssima qualidade, certamente o melhor registro criado pelo quinteto porto alegrense. 

Para marcar o aniversário de um ano do All That Metal, nada mais justo do que fazer uma matéria especial com a banda. Apresentamos hoje uma entrevista totalmente diferente do que nossos leitores estão acostumados a ver no blog: registramos em vídeo a conversa com a banda e você pode conferir tudo na íntegra! Praticamente um talk show do ATM, gravado na sede da Rádio Putzgrila com algumas cervejas sobre a mesa. 

A conversa durou cerca de meia hora e abordamos vários temas ao longo desse tempo. Conversamos sobre o novo álbum, o cenário nacional, a participação de André Meyer no novo álbum do Hibria e vários outros assuntos envolvendo a história da banda. Alguns dos integrantes chegaram atrasados devido a contratempos no trânsito desorganizado de Porto Alegre, mas nada que atrapalhe o resultado final da entrevista. 

Sem mais delongas, fiquem com o vídeo da entrevista:

Max Cavalera: um rápido bate-papo com o All That Metal


O Soulfly acabou de passar pelo Brasil e o All That Metal fez a cobertura do show realizado em Porto Alegre no dia 28 de agosto. Mesmo após a turnê, Max Cavalera não descansa e segue dando continuidade a vários projetos. O novo álbum do Soulfly será lançado no mês que vem, "Savages", e sua biografia acabou de ser lançada, batizada com o nome de "My Bloody Roots". Além disso, ele já planeja o próximo álbum do Cavalera Conspiracy, prepara-se para retornar ao Brasil no fim do ano com o Metal Allstars e pretende gravar com a banda formada com Greg Puciato, do Dillinger Escape Plan.
Durante a breve pausa após a turnê sul americana, tivemos uma oportunidade de bater um papo bem rápido com essa lenda do Metal direto de sua residência. Logo abaixo você confere nossa conversa com Max, uma matéria especial do aniversário de um ano do All That Metal. 

Sobre reencontrar os fãs brasileiros na turnê com o Soulfly:
"Foi incrível! Foi possivelmente uma das minhas turnês brasileiras favoritas!"

"Savages" vai dar continuidade a tendência do Soulfly de soar mais pesada a cada álbum?
"'Savages' é novo, cheio de energia, com uma mistura do extremo e do clássico Soulfly."

"Soulfly IX" é uma faixa bônus do álbum. Algum motivo especial para isso? [N.E.: todos os álbuns da banda contém uma faixa com o nome da banda.]
"Isso dá a chance do público ter a faixa instrumental, se elas gostam de uma faixa instrumental."

Sobre "My Bloody Roots": quão difícil foi escrever sobre a saída do Sepultura?
"Foi difícil mas necessário. É o momento de todos escutarem a verdade."

Como ficou sabendo dos protestos no Brasil:
"Eu fiquei sabendo pela internet e falei minha opinião!"

O projeto com Greg Puciato ainda vai rolar?
"Sim, na verdade, eu estou indo para o estúdio em Los Angeles amanhã para gravar." [a conversa aconteceu no começo de setembro]

Se ele lembra a noite em que tocou Sex Pistols em Porto Alegre, relatado por Jacques Maciel [do Rosa Tattooada]. CLIQUE AQUI se não conhece essa história que publicamos.
"Possivelmente eu estava bêbado, mas parece ter sido divertido!"

Todo mundo sabe que Max é fã do Possessed. Ele assistiu algum show da turnê em que a banda está tocando o "Seven Churches" na íntegra?
"Não, mas eu encontrei o Jeff uma vez fora do ônibus do Soulfly e ele foi muito legal."

Será que rolaria uma turnê comemorativa de "Point Blank" [álbum do Nailbomb] ou "Roots" no futuro?
"Em todos os shows eu toco uma mistura de canções da minha carreira."

Mensagem aos fãs brasileiros:
"Foi ótimo ver todo mundo nos shows! Mal posso esperar para voltar!"

...e enquanto esperamos seu retorno, fiquem com "Bloodshed"!


Yngwie Malmsteen: detalhes sobre o show em Porto Alegre


O guitarrista sueco Yngwie Malmsteen retornará a Porto Alegre para enfeitiçar o público com sua técnica, precisão e feeling no instrumento de seis cordas.          
O show será dia 9 de novembro, no Opinião (José do Patrocínio, 834), às 20h. Antes, os gaúchos da banda Venus Attack mostrarão peso e sofisticação musical fazendo a apresentação de abertura.
 
YNGWIE MALMSTEEN
Yngwie Malmsteen é um dos guitarristas mais virtuosos e competentes do planeta, unindo agilidade e técnica. Nascido em Estocolmo, na Suécia, começou cedo na música fazendo aulas de piano e trompete. Com aproximadamente cinco anos, ganhou seu primeiro violão. Em seguida, ao ver um programa de TV sobre a morte do mestre das seis cordas, Jimi Hendrix, o jovem Malmsteen resolveu ativar o presente que estava parado. A intimidade com o instrumento o levou a criar uma química incrível também com a guitarra. Ainda jovem, na primeira metade dos anos 80, foi chamado para tocar em álbuns das bandas norte-americanas Steeler e Alcatrazz. Em 1984, lançou seu primeiro disco solo, Rising Force, com o qual alcançou reconhecimento mundial. Com o trabalho de estreia, Malmsteen revelou ao mundo o seu estilo veloz e influenciado pela música clássica.
Desde então, o músico já colocou no mercado cerca de 20 álbuns de estúdio, todos aclamados pelo apuro técnico. Em seus registros, fez questão de trabalhar com renomados vocalistas, como Jeff Scott Soto, Mark Boals, Joe Lynn Turner e Tim "Ripper" Owens. Malmsteen também participou por muitos anos do projeto G3, com Steve Vai e Joe Satriani. Seu mais recente disco é Spellbound, que saiu em dezembro de 2012. A banda que acompanha Malmsteen na atual turnê é Ralph Ciavolino (baixo), Patrick Johanson (bateria) e Nick Marino (teclados).
 
VENUS ATTACK
Formada em 2009, a banda conta com um time de excelentes músicos. Entre eles, o renomado guitarrista gaúcho Jairo Borba e o vocalista Michael Polchowicz (ex-Hangar), que tem uma carreira consolidada como cantor lírico. Completam o time Daniel Mueller (baixo) e Renato Larsen (bateria). A ideia da Venus Attack é fazer algo original, sincero e moderno, mas que ao mesmo tempo não fuja de suas origens. O resultado é um som pesado, com referências de hard rock, rock clássico e até mesmo pop. O primeiro álbum, autointitulado, saiu neste ano. Antes disso, em 2010, o conjunto havia lançado o single ‘S.O.S’. O primeiro disco oficial revela uma diversidade interessando, trazendo peso e agressividade mesclados com baladas e refrões cativantes.
YNGWIE MALMSTEEN (SUÉCIA)
Banda convidada:
VENUS ATTACK (Porto Alegre)
Onde:
Opinião (José do Patrocínio, 834)
Quando:
9 de novembro, sábado. Abertura da casa às 18h30min.
Ingressos:
Primeiro lote: R$ 95,00 (ESGOTADO)
Segundo lote: R$ 115,00
Terceiro lote: R$ 140,00
Quarto lote: R$ 160,00
Pontos de venda:
Lojas 
Lojas Multisom (Shopping Iguatemi, Praia de Belas, Barrashoppingsul, Moinhos, Total, Bourbon Ipiranga, Bourbon Wallig, Andradas 1.001, Shopping Canoas, Bourbon Novo Hamburgo e Bourbon São Leopoldo)
A Place (Centro Shopping - Rua Voluntários da Pátria, 294, loja 150. Fone: (51) 3213-8150)
Zeppelin (Galeria Luza - Rua Marechal Floriano, 185, loja 209. Fone: fone: (51) 3224.0668)
Informações
(51) 3062-3245
Site oficial do artista: yngwiemalmsteen.com