My Dying Bride, Soror Dolorosa e a descaracterização da cena gótica

segunda-feira, 20 de maio de 2013


Atenção: essa matéria representa única e exclusivamente a opinião do autor. Da mesma forma, ela não é direcionada a nenhum grupo ou pessoa específicos. Existem 8 pessoas trabalhando no All That Metal, cada uma delas com sua própria opinião sobre o assunto. Quero deixar bem claro também que esse artigo não é nenhuma crítica as festas desse gênero que são realizadas em Porto Alegre e região (Gothik Night, Vampire Cabaret e Gotik Treffen). Até porque, sou frequentador de quase todas elas e boa parte de seus idealizadores são amigos próximos a qual tenho muito respeito.

Hoje vamos ter um post diferente no All That Metal. Colocamos dois reviews e um artigo dentro de uma única matéria. Por que isso? Antes de mais nada, vamos apresentar os trabalhos que foram resenhados. O primeiro deles é o novo EP do My Dying Bride, chamado "The Manuscript", banda renomada na cena e mundialmente conhecida por fãs de Gothic e Doom. Temos também um review de "No More Heroes", segundo álbum de estúdio do Soror Dolorosa, uma banda francesa de Gothic Rock/Coldwave. Partindo dessas resenhas, vamos abordar um tema que é pouco debatido hoje em dia, ou seja, a descaracterização da cena gótica como um todo e seu rumo em direção a um movimento híbrido.
Possivelmente você deve estar perguntando-se o qual a relação dos dois lançamentos avaliados com esse assunto. É muito simples: as duas bandas tem uma proposta bem simples e direta, soando autênticas com sua sonoridade que expressa de maneira eficaz os principios da subcultura gótica, com uma musicalidade obscura e abordando temas sombrios em suas letras. Em contrapartida, estamos assistindo a criação de uma amálgama entre o padrão do Gothic e sonoridades mais próximas do Industrial, criando uma grande confusão que passou a associar gêneros como o EBM (Electronic Body Music) a esse movimento. E antes que extremistas relacionados a essa nova subcultura neotribalista comecem a se manifestar, eu sugiro que leiam com atenção cada trecho dessa postagem.


My Dying Bride - The Manuscript

O mais recente lançamento do My Dying Bride, "The Manuscript", consiste em um EP contendo apenas 4 canções. Todas elas foram escritas e gravadas na mesma época que o álbum lançado no ano anterior, "A Map Of All Your Failures". Pode-se dizer que o EP é uma continuação ou complementação do álbum em si, com boa parte de seus 27 minutos de duração remetendo o ouvinte ao registro anteriormente lançado. Faixas com um peso arrastado e uma série de acordes em tom menor nos deixam bem claro que o My Dying Bride jamais abandonará suas raízes no Doom Metal. A faixa título do álbum é uma perfeita sintonia entre as influências de Gothic e Doom que a banda apresenta nos últimos anos, evoluindo gradativamente para momentos mais agressivos. Já "Var Gud Over Er" começa com boas melodias em meio ao vocal gutural de Aaron Stainthorpe, para logo depois conduzir o ouvinte a momentos alternados entre agressividade e melancolia ao longo de seus quase 9 minutos. "A Pale Shroud Of Longing" é a música mais semelhante ao que a banda apresentou em "A Map Of All Your Failures", até difícil entender como ela não foi parar no full-length. Particularmente, acredito ser a melhor do EP, com um belo trecho de violino, violão e o vocal soturno de Aaron. Apenas a faixa que encerra o EP, "Only Tears To Replace With Her", deixa um pouco a desejar, parece perdida como uma sobra de estúdio. Acredito que seria muito mais interessante escutá-la em um álbum completo, considerando que trata-se de um poema narrado por Aaron embalado por riffs de muito peso. No geral, é um ótimo lançamento que vai agradar todos os fãs da banda. Recomendado também para quem ainda não está familiarizado com o som do My Dying Bride, pois oferece um excelente panorama do que a banda vem fazendo em seus álbuns mais recentes. O único ponto negativo fica para a produção que soa exatamente igual ao "A Map Of All Your Failures", quase implorando por uma mixagem que valorize mais alguns trechos instrumentais. 



Nota: 4





Soror Dolorosa - No More Heroes

Capa original
Capa do mesmo álbum em sua "versão faróis acesos"
O Soror Dolorosa é uma banda formada em 2001 na cidade de Toulose, França. É sempre um grande prazer apresentar bandas desconhecidas e diferentes aqui no All That Metal, e o Soror Dolorosa foi um desses grandes achados que tive o prazer de escutar esse ano. "No More Heroes" é o segundo álbum de estúdio da banda que apresenta um Gothic Rock com muita influência do clássico Coldwave, uma variação francesa do pós-punk que foi muito relacionado ao Darkwave. A música em si é bem simples e direta, sem fugir em momento algum da proposta do grupo. Muitos vão perceber a clara influência de The Sisters Of Mercy, Joy Division, Bauhaus e Depeche Mode. Em alguns momentos, como na ótima faixa de abertura "Silver Square", o Soror Dolorosa parte para um abordagem mais pesada (obviamente, pense nas bandas supracitadas como influências como parâmetro de peso).
Ao longo do álbum, a banda consegue desenvolver muito bem a sua música atravessando por momentos mais melancólicos através de melodias tradicionais para o gênero. Não espere por nada inovador ou revolucionário. O Soror Dolorosa tem uma proposta simples e vai direto ao ponto. Tanto que os franceses adotaram o bordão True Gothic Rock em sua página no You Tube. 
O Soror Dolorosa é uma banda que tem tudo para ser lembrado como um grande nome da cena underground em seu gênero, diferenciando-se de outras bandas que tem uma abordagem mais Punk, como o Nemhain e o Lesbian Bed Death. 
Vale ressaltar também que o vocalista Andy Julia é oriundo da cena Black Metal francesa. Inclusive, duas de suas bandas anteriores já figuraram em posts do All That Metal. Uma delas foi o Mütiilation, que foi citado em nossa matéria especial sobre o Les Légions Noires. Outra banda que ele integrou foi o Peste Noire, uma das bandas presentes em um artigo em que apresentamos 11 bandas francesas de gêneros diversos



Nota: 4,5




O elo perdido...
Enfim chegamos ao ponto crucial da matéria onde pretendemos criar toda a analogia entre os álbuns resenhados e o assunto que deve ser proposto para debate. Inicialmente, devemos apontar um fator muito importante: esses dois lançamentos de 2013 expressam de maneira perfeita os princípios das vertentes góticas ligadas ao Rock e Metal. Cada um a sua própria maneira, com o My Dying Bride mesclando sua música ao Doom Metal (diga-se de passagem, um subgênero que sempre complementou o Gothic Metal), e o Soror Dolorosa trazendo uma abordagem mais moderna para o Post-Punk e Coldwave. 
Voltando um pouco no tempo e falando mais um pouco sobre o My Dying Bride, a banda teve uma participação essencial na criação da base do Gothic Metal. Entre o final dos anos 80 e começo dos 90, uma nova onda de bandas apareceu na Inglaterra para renovar o Heavy Metal das ilhas britânicas através de uma musicalidade mais sombria. Bandas como o Paradise Lost, Cradle Of Filth, Anathema e o próprio My Dying Bride, cada com um som totalmente diferente, mas interligados por essa questão em comum que era abordar temas macabros e literatura européia do século XIX. Soma-se isso a outras bandas que emergeram durante o mesmo período, como Type O Negative, Tiamat e várias outras, além do Death Rock do Christian Death e o experimentalismo do Celtic Frost. Tudo isso ajudou a pavimentar o caminho a ser trilhado para o que hoje conhecemos por Gothic Metal.


Existem pessoas que ainda acreditam que o Gothic Metal está muito mais relacionado a subcultura do Heavy Metal do que ao Goticismo em si, o que é um grande erro. É impossível negar que esse subgênero foi o maior responsável dos últimos anos a trazer novos adeptos para o grupo neotribal. Posso afirmar isso com total certeza, uma vez que esse que vos escreve tomou conhecimento desse mundo fantástico através das bandas citadas no parágrafo anterior. Isso logo no começo dos anos 2000, quando houve a ascensão da primeira geração de fãs de Gothic Metal no Brasil e nomes como Cradle Of Filth e Type O Negative ainda estavam muito longe de virar um modismo. Recordo-me até mesmo das duas bandas na primeira edição do zine da Vampirus Brasil, um finado website que foi um dos principais responsáveis por essa expansão, comandado por minha cara amiga Denise MG. 
Mas hoje em dia tudo é muito diferente, a subcultura gótica passou a agregar novos ideais, um misto de contradições e valores invertidos. Em meados da década passada, nomes como HIM e Nightwish tornaram-se mundialmente reconhecidos, e qualquer pessoa ligada a música pesada passou a conhecer o trabalho de ambas. Acontece que seus nomes foram erroneamente relacionados ao goticismo, uma afirmação que pode parecer muito óbvia, mas que já gerou muita confusão. Essas ideias trocadas levaram essas subcultura a uma exposição beirando o mainstream aqui no Brasil, abrindo espaço para a chegada de pessoas totalmente desinformadas. Vejam bem, não estou afirmando que os fãs dessas bandas são os culpados pela decadência que será abordada mais adiante na matéria. Só que isso foi um dos primeiros passos para a descaracterização do goticismo. 

Rivethead
Sabe-se lá o motivo, mas brasileiro adora rotular a si mesmo. Não adianta mentir, em algum momento da sua adolescência você já disse "sou um headbanger", "sou gótico" ou "sou Black Metal". Mas até hoje não escutei ninguém falar com orgulho "eu sou um rivethead", o que soaria até mais autêntico que as opções anteriores. Sendo assim, vou explicar um pouco sobre esse rótulo tão raro hoje em dia. E eu realmente espero que quem sabe do que estou falando, esteja sentindo minha ironia nesse momento. 
Rivethead foi a denominação criada para as pessoas associadas com a cena Industrial no final dos anos 80. Com o evidente crescimento dessa cena, foi natural adotar determinados "códigos de linguagem", assim como qualquer outro gênero musical com potencial para tornar-se um estilo de vida. Mas ao contrário do que muitos pensam hoje em dia, essa cena era totalmente o oposto do então emergente goticismo como o conhecemos agora. A cena industrial era essencialmente machista, seu visual era mais próximo de algo relacionado ao gênero sci-fi do que ao excesso de maquiagem e estética andrógina dos góticos. 
Musicalmente, é importante ressaltar que o Industrial vem de algo muito mais antigo que o Goticismo. Desde os anos 40 e 50 já haviam experimentos com música eletrônicas, foi ao longo das décadas seguintes que surgiram todos os segmentos que conhecemos hoje em dia. Enquanto isso, o goticismo na música popular apareceu somente como uma consequência da cena Punk dos anos 70. Suas influências oriundas da música erudita foram aparecer bem mais tarde. Até mesmo quando trata-se das letras existe uma grande confusão. A cena gótica sempre foi mais feminina, poética, sensível e teatral. O Industrial era uma antítese disso tudo, era agressivo e barulhento. Enquanto o gótico aborda temas introspectivos, o Industrial era para lidar com os problemas externos. 

Razed In Black e o ponto de fusão
Ao longo da década de 90, as duas cenas evoluiram muito distantes uma da outra. Foi apenas no mainstream que começou a surgir uma pequena relação entre ambos, com a popularização de Rammstein e Marilyn Manson. Não nego que sou fã de ambos, mas até hoje não consigo entender qual é a relação deles com a cena gótica. Graças a isso que começou a descaracterição do rótulo gótico, pois ele passou a ser algo muito mais ligado a questão visuais do que a ideologia em si. Não era mais necessário abordar temas sombrios e conflitos internos do ser humano, o goticismo estava partindo para algo mais ofensivo e chocante. E ao exteriorizar esses sentimentos sombrios, a cena mainstream fez os princípios do goticismo entrarem em uma decadência sem fim, para hoje agonizar nas mãos de ravers enrustidos usando maquiagem e pessoas que nunca apreciaram um bom livro de Lord Byron ou Charles Baudelaire. 
O ápice dessa fusão inidônea sucedeu-se com a explosão do hit "Oh My Goth", do Razed In Black, nos clubes alternativos no Hemisfério Norte. Criado por Romell Regulacion em uma ilha do Havaí no ano de 1994, o Razed In Black lançou "Oh My Goth" como um EP, em 2001. Foi assim que Razed In Black tornou-se um dos nomes mais conhecidos do EBM (se não o mais conhecido) e invadiu as denominadas festas góticas. Mas a ironia disso tudo é o fato de que a canção começou a tocar como uma forma de provocação aos Rivetheads que frequentavam esses eventos. Só que o tiro saiu pela culatra e os Cybergoths definiram a estrutura de sua ideologia pífia roubando elementos dos Gravers, uma espécie de frequentador de Raves que adotava o visual gótico. 
Para quem quer conhecer a música em questão, ela está logo abaixo. Mas já aviso, é a pior coisa que já postei na história desse blog. É sério...



Enquanto isso, no Gothic Metal...
Não é novidade para ninguém que o Heavy Metal sempre foi um gênero dotados de dogmas e regras que jamais podem ser quebradas. Caminhando na direção contrária disso, os góticos estavam abrindo suas mentes para acrescentar mais coisas ao vazio que estavam sentindo (o que, como veremos mais adiante, foi seu maior erro). O Gothic Metal conseguiu encontrar o meio termo das tuas vertentes. É inegável o fato de que ele pode ser considerado o subgênero mais abrangente do Metal, basta tomar como exemplo Tristania e Paradise Lost: bandas totalmente diferentes que compartilham do mesmo rótulo. 
Anteriormente, citamos nessa matéria algumas das bandas que criaram os alicerces do Gothic Metal. Mas próximo do final dos anos 90 e começo dos anos 2000, uma nova geração de bandas apareceu. Boa parte delas, como o Theatre Of Tragedy, The Sins Of Thy Beloved, Theatre Des Vampires e o já citado Tristania, trouxeram elementos do Metal extremo para sua música. O próprio Cradle Of Filth, oriundo da cena Black Metal, teve muita relação ao Gothic através de sua temática vampírica nos álbuns "Dusk And Her Embrace" e "Cruelty And The Beast".

Infelizmente, boa parte das bandas dessa geração acabaram ou cairam no esquecimento após a crescente popularização do EBM entre os góticos. Algumas mudaram tanto a sua sonoridade que acabaram sendo deixadas de lado pelos apreciadores do gênero. Enquanto isso, o Gothic Rock quase caiu no esquecimento, tornou-se raro novas bandas aparecerem. Mas as que alcançaram um certo grau de reconhecimento, como o The 69 Eyes, ajudaram até mesmo em uma renovação de nomes do Post Punk que ainda estão em atividade.

O anúncio do fim
A década passada mudou completamente o que as pessoas entendem por gótico. Virou motivo de piada no mainstream e no underground elevou suas preferências mórbidas ao ponto de cometer suicídio. A piada que era para ser "Oh My Goth!" foi levada a sério, DJ's do mundo inteiro fazem festas góticas apenas com EBM e a introspecção foi transformada em rebeldia, raiva e invasões de cemitérios para beber vinho. As guitarras distorcidas em músicas de clima sombrio foram trocadas pela incessante batida eletrônica muitas vezes feita por seres incapazes de tocar um instrumento. A literatura, a arte cemiterial, o teatro e toda a cultura anteriormente prezada foram transformadas em poemas de gosto duvidoso em redes sociais. A morte da ideologia e os princípios é agora o suprasumo da futilidade nessa cena. 
Ninguém mais lembra de Paradise Lost, Katatonia, Tiamat, Lacrimosa e vários outros nomes. Agora é tudo Suicide Commando, Combichrist, Eden Synthetic Corps e vários outros nomes que permeiam as noites de festas góticas. Nada contra esses artitas, por incrível que pareça, eu gosto de muitas coisas que são consideradas EBM. Mesmo! Mas, por favor, não venham me falar que isso é gótico, pois não é. Desde quando gótico virou melodias em tom maior, incrivelmente felizes, com vocal gutural que parece vir de uma banda de Black Metal e temas relacionados a violência?

Por sorte, ainda existem pessoas em sã consciência que fazem música de qualidade nesse subgênero. Ainda bem que temos bandas como My Dying Bride e Soror Dolorosa, gótico de qualidade e fiel aos princípios, em pleno 2013. Vocês podem não acreditar, mas quando converso com amigos que tenho em todos os cantos desse país, a grande maioria fica até surpreso ao saber que existem festas assim, locais denominados góticos com esse tipo de música. Portanto, não me levem a mal, mas eu realmente não quero participar dessa grande piada. 

Conclusão
Eu imagino que muitas pessoas que acabarem lendo esse post não são leitores frequentes do All That Metal, apesar de nosso público ser bem variado. Se você não é nosso leitor regular, fique sabendo que nunca fiz artigos com o intuito de menosprezar qualquer movimento alternativo ou banda (exceto quando detonei o Manowar e seus fãs, mas eles merecem). Tudo que está escrito aqui, é a MINHA opinião e qualquer pessoa pode discordar, debater o assunto comigo ou colocar uma foto minha para jogarem dardos na sua próxima festa "gótica" (coloquei entre as aspas mesmo...).
Cresci escutando Rock'n'Roll de boa qualidade e Heavy Metal, esse é meu background, guitarras pesadas e muito barulho. Mas não tenho nada contra música eletrônica, pelo contrário, sou um grande fã de Grausame Töechter e You Love Her 'Coz She's Dead. De mesma forma, sempre estive intimamente ligado a subcultura gótica, seja como apreciador da música, leitor de clássicos literários e até mesmo como participante ativo de um dos principais projetos de Arte Cemiterial do país (o Sarau Noturno, que por sinal, será reconhecido até mesmo em Lisboa no mês que vem). Se eu fiz esse post é porque eu realmente admiro, respeito e quero o melhor para essa cena. Em outras palavras, eu não quero ver Ravers/Gravers (ou seja lá qual rótulo poderia-se dar a esses seres patéticos) falando por aí que são góticos.
O que existe hoje em dia é uma cena híbrida e isso não é um problema. Gêneros musicais devem sim evoluir, ampliar seus horizontes e renovar-se com o tempo. O problema é que nesse caso abordado em nossa matéria, o gênero em questão distanciou-se dos seus adeptos. Sendo assim, por favor não diga que você faz parte de um movimento da subcultura gótica, isso é muito mais uma ramificação do que parte integrante da cultura neotribal.
Goticismo não é roubar a maquiagem da mãe quando você é um sujeito de quase 30 anos mal assalariado, simplesmente fazendo hora extra no mundo. Goticismo não é invadir cemitério para beber vinho de 3 reais ao lado de uma garota que parece uma prostituta da Avenida Farrapos. Goticismo é autoconhecimento, é instrospecção, conhecimento e, acima de tudo, uma forma de liberdade que não segue padrões. Se vocês não lembrarem disso, podem encomendar o caixão e começar o funeral de uma subcultura inteira.


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