Não é novidade para ninguém que os suecos da Katatonia já deixaram para trás seus dias de Death/Doom Metal. A banda evoluiu seu som para algo mais acessível, mas ainda assim com peso e melancolia. Seu mais novo trabalho, "Dead End Kings", vem para ajudar a reforçar a linha que a banda optou por seguir. É também o primeiro álbum da banda com o guitarrista Per Eriksson, mais conhecido pelo seu trabalho ao lado de Mikael Åkerfeldt (Opeth) no Bloodbath.
Algo que sempre me chamou atenção no Katatonia é que, ao contrário de muitas bandas que buscam um som mais lento e melancólico, eles sabem muito bem como construir as estruturas de suas músicas. O que quero dizer, é que boa parte dessas bandas acabam caindo na mesmisse e com o tempo tornam-se incrivelmente chatas e repetitivas. Não é o caso com o Katatonia, que sempre produzem canções que prendem o ouvinte do início ao fim do full-length.
Outros destaques são faixas como "Hypnone" (que tem um solo de guitarra belíssimo, apesar de simples), a pesada "Buildings" (que chega a lembrar algumas coisas do álbum "Viva Emptiness") e, especialmente, "Lethean". Essa última é, com certeza, a melhor canção do álbum e tem tudo para tornar-se um clássico da banda no futuro.
Talvez "Dead End Kings" não agrade o ouvinte logo na primeira audição, especialmente se você não está acostumado com o que o Katatonia vem fazendo nos últimos anos. Mas certamente o álbum tem grande potencial de crescer a cada nova audição. Um dos melhores álbuns lançados esse ano, mesmo considerando o quanto 2012 está rendendo bons lançamentos.
Nota: 4
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