O All That Metal entrevistou o guitarrista James McIlroy, conhecido pelo seu trabalho com o Cradle Of Filth, além de tocar também nas bandas Chaosanct, The Order Of Apollyon e NFD. James entrou para o COF para realizar a turnê do álbum "Damnation And A Day", em 2003. Na época, o guitarrista Gian Pyres havia acabado de deixar a banda e James ingressou para realizar a turnê, mas no final das contas, acabou tornando-se membro fixo da banda. Logo depois, ele gravou o álbum "Nymphetamine", deixando a banda após a turnê de divulgação da banda (em 2005), mas retornou a troupe de Dani Filth em 2009, onde permanece até hoje como guitarrista ao lado de Paul Allender.
Mas engana-se quem pensa que ele toca apenas no COF. James possui outros trabalhos bem interessantes, como a sua banda de Death/Black Metal que foi formado em seu período fora do COF, o Chaosanct. Além disso, ele ainda integra outra banda de Death Metal chamada The Order Of Apollyon. Fugindo um pouco de bandas que tem um trabalho mais pesado, James também passou a integrar a banda NFD (Noise For Destruction), uma banda de Gothic Rock/Metal cujo baixista é Tony Pettitt, um dos fundadores da lendária banda inglesa Fields Of The Nephilim.
Na entrevista, James fala um pouco sobre cada um desses trabalhos e faz um apanhado geral de sua carreira como guitarrista. Ao saber que no mesmo dia da entrevista eu iria encontrar o pessoal do Moonspell, ele ainda mandou uma mensagem para seus amigos que acabaram de passar pelo Brasil. O que exatamente foi vocês vão descobrir amanhã quando eu publicar a cobertura completa da banda por Estância Velha. E fica aí uma novidade para os fãs de Cradle Of Filth: fiquei sabendo de fontes seguras que a banda deve voltar ao nosso país no ano que vem. É esperar pra ver.
ALL THAT METAL: Olá James! Antes de mais nada eu gostaria de perguntar para você sobre o começo de sua carreira. Como você se juntou ao Cradle Of Filth, em 2003?
JAMES MCILROY: Acredite ou não, eu na verdade fiz uma audição no final do verão de 2002 e nunca esperar conseguir [a vaga]. Eu apenas pensei que deveria fazer por diversão, e então me ofereceram a turnê européia do "Damnation And A Day", e meio que se desenvolveu a partir disso, na verdade!
ATM: Depois de viajar pelo mundo inteiro promovento "Damnation And A Day", você foi para o estúdio com a banda para gravar "Nymphetamine". Comercialmente falando, é também o álbum mais bem sucedido do Cradle Of Filth até hoje. Qual foi a sua contribuição nesse álbum e como foi o processo de composição?
JAMES: O processo de composição foi bem um processo da banda [em grupo] e foi muito legal. Para mim era um processo totalmente novo. Existem alguns pequenos trechos por todo o álbum que eu contribui, mas apontar o que iria prejudicar o aspecto da banda, no entanto, se você ouvir alguns trechos você saberá dizer.
ATM: Logo após sair do Cradle Of Filth, em 2005, você formou o Chaosanct. Como surgiu essa idéia de formar a banda?
JAMES: Quando eu sai do COF em 2005 após a turnê européia e em meio as sessões do que viria a ser o "Thornography", eu basicamente fiquei a deriva durante um tempo até eu pegar uma [guitarra de] sete cordas novamente. Estava escrevendo com alguns outros caras em um projeto que estávamos chamando de Prey, mas isso não foi a lugar algum. Eu meio que passei a abordar isso enquanto estava escrever o que quer que eu desejasse e sem realmente me importar em onde isso iria encaixar-se. A idéia para banda foi basicamente baseada em ter algo onde nós não começassemos a categorizar nós mesmos, apenas que nós gostaríamos de fazer música que nós gostamos, com riffs, e ter a coisa que unifica isso tudo foi a química da banda, que era o que eu queria. Eu achei alguns caras e comecei a escrever mais e mais, e então quando finalmente tivemos a formação completa para o EP "I Of Goliath", nós acabamos criando algo juntos como uma banda que soava como nós mesmos, e o mais divertido é ser possível apenas escrever o que quiséssemos, não existem regras pesadas ou pressa. Nós apenas escrevemos riffs que fazem nossos próprios sonhos de Metal tornarem-se realidade!
ATM: Vocês lançaram o EP "I Of Goliath" em 2008. Vocês tem planos de lançar novo material? Eu ouvi falar que vocês estão trabalhando no álbum de estréia, certo?
JAMES: Nós produzimos um segundo EP em 2009, chamado "The Ascendance Of Impurity", também, mas infelizmente ele nunca foi lançado. Até mesmo o lançamento do "I Of Goliath" foi severamente limitado em números de EP's que fizemos (todos a mão!) e era para ser algo como uma demo acima de tudo. No momento nós estamos trabalhando no álbum de estréia, nós gravamos as guitarras, bateria e estamos trabalhando para juntar isso tudo antes de deixar Dave [David R Kuchta, vocalista da banda] soltar seus vocais. Nós também estamos em contato com algumas pessoas para adicionar alguns extras, alguns caras que estão por aí e estão ótimos músicos, então vai ser legal ter esses caras adicionando outra textura para as músicas e interlúdios. Vai ser interessante, e nós veremos o que acontecerá a partir disso!
ATM: Ainda em 2008, você juntou-se ao The Order Of Apollyon. Particularmente, é meu projeto paralelo favorito em que você está. Mas eu assisti alguns vídeos recentes e você não estava lá, você continua tocando com essa banda?
JAMES: Sim, continuo tocando com eles, nós estamos trabalhando em um segundo álbum! Os últimos vídeos ao vivo foram com um guitarrista substituto já que eu tinha outros compromissos na época.
ATM: Você estava substituindo [o guitarrista] Charles Hedger em algumas datas, em 2009, e acabou voltando para o Cradle Of Filth. Como isso aconteceu?
JAMES: Eu realmente não tenho ideia, para ser sincero, eu me encontrei com eles ao final da turnê européia em 2008, tive uma conversa pelos velhos tempos e então um mês depois ou mais, eles me ligam perguntando se eu topava fazer uma pequena turnê européia. Eu entrei para a turnê européia, fiz um festival na Finlândia, e de repente fui convidado para voltar e escrever o que acabou tornando-se o "Darkly Darkly Venus Aversa", após eles tocarem no Bloodstock [Open Air, festival inglês]. Para ser sincerto, eu sempre que não tinha acabado de uma maneira que eu gostei em 2005, então a turnê foi de certa forma uma segunda chance para acabar com isso, por assim dizer, e eu fiquei muito feliz. Quando a oferta de escrever e gravar o "Darkly Darkly Venus Aversa" apareceu, foi um bônus e foi muito divertido!
ATM: Existe alguma colaboração sua no novo álbum do COF, "The Manticore And Other Horrors"?
JAMES: Não, nesse álbum não, eu tinha outros compromissos infelizmente. Mas é um ótimo álbum, eu adorei todo o aspecto punk e sujo dele!
ATM: Você vem tocando com todas essas bandas de metal extremo. Mas você está fazendo parte do NFD também, que tem uma abordagem totalmente diferente. Como foi essa experiência? E vocês já estão trabalhando no novo álbum que deve sair no ano que vem?
JAMES: Eu achei que seria divertido e um pouco desafiador fazer algo diferente, completamente diferente. Eu gostei da música, e imaginei que seria uma maneira de conhecer algo novo, estudar um tipo diferente de música. Eu meio que penso que tocar sempre a mesma coisa significa que as linhas entre as bandas tornam-se turvas, o que não é bom. É por isso que eu tento tocar em bandas que são estilisticamente diferentes, então você sabe quando escreve um riff que soaria legal nessa banda, ou naquela banda, ao invés de ser forçado a escolher em qual banda você deve usá-lo.
ATM: Por enquanto é isso, James! Obrigado pela atenção e obrigado também pelo ótimo show em Porto Alegre, em 2010 (eu estava bem na sua frente, na verdade). Deixe uma mensagem para os seus fãs no Brasil.
JAMES: Hey! Mantenham o metal em seus corações, e 'keep rocking'! E quem sabe em breve eu voltarei ao Brasil novamente!
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