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Review de CD: Volbeat – Outlaw Gentlemen & Shady Ladies

segunda-feira, 13 de maio de 2013




Poucas bandas no cenário atual do rock podem se dizer tão heterogêneas quanto Volbeat. O quarteto predominantemente dinamarquês possui como base para criação de suas músicas o heavy metal em sua forma clássica, porém em suas faixas é possível notar uma nítida influência de rockabilly, rock clássico ao melhor estilo Johnny Cash, hard rock, groove, country, punk e vários outros estilos. Desde 2001, o grupo formado pelo guitarrista e vocalista Michael Poulsen conquista elogios das críticas e alguns discos de ouro e platina.

Outlaw Gentlemen & Shady Ladies é o quinto álbum lançado pelo Volbeat. Seu nome é uma referência aos foras da lei do bom e velho cenário western americano.  Esse clima pistoleiro é fortemente mostrado na faixa de abertura " Let's Shake Some Dust", um breve solo de violão, porém bastante marcante e característico. Além disso, o velho oeste é remarcado em "Doc Holliday", que apesar de ser uma música com riffs um pouco mais carregados, conta com a presença de um banjo em certos momentos que completam a aridez atribuída à temática do álbum.

O álbum totaliza 14 canções dos mais variados gêneros, contudo muito bem trabalhadas. Outlaw Gentlemen & Shady Ladies se trata de uma compilação ousada e criativa de músicas completamente distintas umas das outras, formando um CD agradável de ser ouvido pela leveza de suas variações. Esse também é o álbum de estreia de Rob Caggiano (ex-Anthrax) na banda, e o impacto de seu estilo pode ser notado principalmente em uma das músicas que ele ajudou a compor, " The Sinner is You".

No seu novo trabalho, Volbeat contou com a participação especial da cantora canadense Sarah Blackwood na faixa "Lonesome Rider" e com King Diamond, que não só cantou "Room 24" como também auxiliou na composição da música, que acabou por se tornar um dos destaques do álbum. Outras excelentes faixas que possuem um toque mais pesado que podem ser encontradas em Outlaw Gentlemen & Shady Ladies são "Black Bart" e " The Hangman's Body Count", além de uma ótima balada que ganhou o título de "Our Loved Ones".

O ponto negativo no álbum foi que, tanta variação de gênero, ocasionaria inevitavelmente em algumas músicas nem tão boas quanto outras. Foram os casos de "Cape of Our Hero", "Pearl Hart" e a estranhíssima "Lola Montez", que poderia perfeitamente ter sido escrita por alguma surf-rock-band estilo The Outfield. Essas variantes ajudam a trazer novos fãs para a banda, que é bastante famosa na Europa, porém o público mais voltado para o metal acaba torcendo o nariz para metade das músicas do álbum.

Tracklist:

1 - Let's Shake Some Dust

2 - Pearl Hart

3 - The Nameless One

4 - Dead But Rising

5 - Cape of Our Hero

6 - Room 24 (feat. King Diamond)

7 - The Hangman's Body Count

8 - My Body

9 - Lola Montez

10 - Black Bart

11 - Lonesome Rider (feat. Sarah Blackwood)

12 - The Sinner Is You

13 - Doc Holliday

14 - Our Loved Ones

Nota: 4

 
 

Review de CD: The CNK - Révisionnisme

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Esse review é para preparar vocês todos para uma matéria que estará chegando em breve. Há alguns tempos atrás, postei uma matéria sobre a cena francesa chamada Les Légions Noires e muita gente ficou surpresa com o fato de que existem excelentes bandas nesse país europeu. Sendo assim, em alguns dias estará por aqui uma matéria especial sobre as principais bandas da França que vieram depois dessa misteriosa cena Black Metal. E uma dessas bandas é justamente a que tem seu novo álbum resenhado hoje no All That Metal, a banda The CNK.
Para quem não conhece, a banda teve origem na década de 90 sob o nome de Count Nosferatu. Na época, sua proposta era tocar um Raw Black Metal direto e sem firulas. Mas o vocalista RMS Hreidmarr deixou o projeto de lado para dedicar-se ao Anorexia Nervosa (particularmente, minha banda francesa favorita). Alguns anos antes do suposto fim do Anorexia Nervosa, a banda retomou suas atividades, mas mudou totalmente o seu som, partindo para algo mais próximo do Industrial, mas ainda assim com influências mais indiretas de Black Metal. Após Hreidmarr deixar o Anorexia Nervosa, a banda seguiu adiante e passou por mais mudanças em sua sonoridade que passou a acrescentar influências sinfônicas em seu trabalho, gerando uma banda com sonoridade única. O próprio nome da banda mudou em cada um dos seus dois álbuns de estúdio, definindo-se agora no novo trabalho como The CNK. Mas, enfim, a história da banda é assunto para o próximo post que citei anteriormente, pois agora vamos falar de seu trabalho mais recente. 
O álbum "Révisionnisme" foi lançado em outubro de 2012, é o terceiro álbum de estúdio da banda. Mas não trata-se de um álbum como outro qualquer, pois ele é inteiramente composto de covers de outros artistas. Só que esse não pode ser comparado a qualquer outro álbum de covers que você encontra por aí, esse realmente é bem diferenciado, pois a banda fez questão de colocar sua personalidade em cada uma das músicas, dando uma roupagem que certas vezes torna as músicas quase irreconhecíveis. 

Metal Classics: Mercyful Fate - Don't Break The Oath

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012


por Delmar Borba


Bom, hoje vamos falar de um dos discos mais históricos e influentes da história do metal: “Don’t Break The Oath”, do grande Mercyful Fate.
A banda foi formada das cinzas do Brats com os guitarristas Michael Denner e Hank Shermann, do Black Rose, de onde veio o fabuloso vocalista King Diamond, e do Danger Zone, de onde veio o baixista Timi Hansen e o baterista Kim Ruzz, que até então era carteiro. Formada na Dinamarca em 1981, a banda logo no ano seguinte já lançou seu primeiro EP auto-intitulado e em 1983 seu primeiro Album, “Melissa”, que causou furor e uma certa estranheza na cena, pelo estilo vocal do diabólico King Diamond, cheio de falsetes e notas extremamente altas, algo que aos ouvidos desavisados causa certa estranheza realmente, mas que contribui imensamente para as harmonias das guitarras e para o clima fantasmagórico que ronda a banda e suas letras.