O Queensryche foi, provavelmente,
a banda mais polêmica do ano de 2012. Após brigas e discussões intermináveis,
acompanhadas ocasionalmente de ameaças com uma faca, o vocalista Geoff Tate foi
oficialmente afastado da banda. Desde então, até se resolverem as disputas pelo
nome da banda, existem dois Queensryche circulando por aí: o de Scott
Rockenfield, Michael Wilton e Eddie Jackson e o de Geoff Tate. No final de
abril, foi lançado Frequency Unknown, o primeiro álbum do Queensryche de Tate.
Impressões iniciais?
Apressado, decepcionante, mal
produzido. As músicas, de maneira geral, são bastante heterogêneas: algumas
apostam em riffs mais pesados enquanto outras se mantêm mais melodiosas, tudo
em um estilo mais hard rock, diferente do Queensryche progressivo de anos atrás.
Os vocais de Tate, como sempre, foram um ponto positivo, assim como os solos
compostos por diversos músicos em cada faixa, inclusive um interessante solo de
teremim do produtor Jason Slater em “Dare”, a segunda música do álbum.
O tempo que Tate não utilizou
para conceber as músicas de forma mais elaborada, no entanto, ele usou para
juntar uma equipe de peso, tanto em sua banda fixa quanto nos músicos
convidados. O Queensryche de Geoff conta com a participação de Kelly Gray,
Robert e Rudy Sarzo, Simon Wright e Randy Gane. Além deles, nomes grandes
também são vistos em certas faixas do álbum, como Ty Tabor (King's X), K. K.
Downing (Judas Priest), Brad Gillis (Night Ranger, Ozzy Osbourne), Chris Poland
(Megadeth) e Paul Bostaph (Slayer, Exodus), entre outros.
A triste realidade é que nenhum
desses mestres do rock e do metal pôde salvar o Frequency Unknown. O álbum
possui mixagens terrivelmente simplórias (da produção de Jason Slater), e no
momento em que isso se torna visível para os não entendedores de música,
percebe-se uma omissão grave. Trata-se de um trabalho feito às pressas e
forçado, como se Tate tivesse se sentado em seu estúdio em um dia e pensado
“não sairei daqui até ter terminado de compor todas as músicas do meu novo CD”,
sem se importar em fazer um trabalho com maior capricho. A impressão que se tem
é que, para ele, tudo o que importou foi lançar um álbum antes do “outro”
Queensryche.
Entretanto, a grande falha do
álbum foi a ideia de Tate de regravar músicas antigas do Queensryche, na falta
de músicas novas suficientes. “I Don’t Believe in Love”, um dos maiores
sucessos do antigo Queensryche, ganhou uma sonoridade mais poluída, enquanto
“Empire”, “Jet City Woman” e “Silent Lucidity” se mantiveram mais fiéis às
gravações originais, o que só serviu para ofender desnecessariamente os fãs que
investiram seu dinheiro nesse álbum.
Ao menos o lançamento do
Frequency Unknown, por pior que sejam as músicas, teve certa utilidade. A
Cleopatra Records lançou um concurso cultural em que o autor do melhor vídeo
com o tema "O quanto você odeia o Frequency Unknown" ganharia uma
viagem com ingresso VIP para ver o show do Queensryche de Tate em Seattle. Além
disso, o vocalista pareceu reconhecer seu erro, e anunciou que enviaria cópias
gratuitas a todos os fãs que criticaram a mixagem do Frequency Unknown.
Tracklist:
1 – Cold
2 – Dare
3 – Give It to You
4 – Slave
5 – In the Hands of God
6 – Running Backwards
7 – Life Without You
8 – Everything
9 – Fallen
10 – The Weight of the World
11 – I Don’t Believe in Love
12 – Empire
13 – Jet City
14 – Silent Ludicity
Nota: 2
Não podia deixar de vir dar um oi e comenta no seu post aqui! Bem legal, espero que agora sim eu aprenda algo de metal (além de nightwish e Angra).
ResponderExcluirBjão e boa sorte!