Entrevista: Lindsay Schoolcraft (Cradle Of Filth)

segunda-feira, 20 de maio de 2013

 

No início de 2013, o Cradle Of Filth anunciou que estava com um integrante novo em sua formação. Lindsay Schoolcraft foi chamada para assumir os teclados e vocais femininos na banda. Até então seu nome era pouco conhecido, mas seu talento conquistou muito rápido os fãs da banda. Tanto que, muita gente já considera ela a melhor vocalista a integrar a banda desde a saída de Sarah Jezebel Deva.
Em novembro do ano passado, James McIlroy foi entrevistado aqui no All That Metal e eu até levei uma mensagem sua para o pessoal do Moonspell. Já em março desse ano, foi a vez de Paul Allender dar as caras por aqui. Dessa vez, decidimos ir atrás de Lindsay para ela contar suas primeiras experiências na estrada como integrante do Cradle Of Filth. Lindsay é uma pessoa muito simpática e atenciosa, sendo muito agradável conversar com ela. Pela primeira vez ela conta em detalhes como entrou na banda, conta histórias engraçadas da turnê e relembra o show no Brasil. Confira!

UPDATE: atendendo um pedido feito pela própria Lindsay, disponibilizamos uma versão em inglês da mesma matéria.



  
ALL THAT METAL: Olá Lindsay, como você está? Antes de mais nada, você pode me contar como recebeu o convite para tocar com o Cradle Of Filth?
LINDSAY SCHOOLCRAFT: Olá! Obrigado por me receber aqui. Estou ótima, obrigado. Eu tive muita sorte em me juntar ao Cradle Of Filth. Alguns dias parecem até muito surreais para mim e outros são apenas uma realidade épica. Eu recebi a mensagem no dia 18 de dezembro de 2012, e estava prestes a comparecer em uma reunião de família. Melissa Ferlaak [ex-Vision Of Atlantis, atualmente no Plague Of Stars] me enviou uma mensagem pelo Facebook perguntando se poderia repassar minhas informações para Paul Allender, pois o Cradle Of Filth estava procurando por uma nova tecladista e backing vocal. Melissa e eu nos conhecemos através de um grupo online chamado Eve's Apple, que é uma excelente comunidade que eu estou envolvida que junta várias cantoras no Rock e Metal. Nós também tivemos a oportunidade de nos apresentarmos juntas no festival Metal Female Voices, na Bélgica, mais cedo naquele ano [2012]. Então, eu comecei a me movimentar porque eu não conseguia acreditar que uma oportunidade dessas estava batendo na minha porta. Eu disse a ela que poderia enviar sim e agradeci por me recomendar! Bem, o Natal passou e todos estavam ocupados, mas essa oportunidade não saia da minha mente. Foi entre o Natal e Ano Novo que eu enviei uma audição em vídeo para o Paul. Antes de eu saber, eu estava voando para Minneapolis [Estados Unidos] para visitar Melissa e encontrar Paul pela primeira vez. Nos encontramos e foi melhor do que o esperado por mim e foi isso. Eu geralmente odeio pegar voos, mas esse foi o vôo mais feliz que  já peguei para casa.

ATM: Alguma música em especial que você estava muito empolgada para tocar?
SCHOOLCRAFT: Eu sempre fui fã das faixas "Nymphetamine" e "Lilith Immaculate", meu álbum favorito do Cradle Of Filth é o "Darkly Darkly Venus Aversa". Minha canção favorita de todas é "Honey And Sulfur", então fiquei feliz que tivemos uma chance de tocar ela ao vivo algumas vezes. Eu acho que a primeira vez que eu toquei ela ao vivo foi em nosso show no Brasil! E "Born In A Burial Gown" é uma favorita pessoal que eu sempre gostei de tocar ao vivo. Essa realmente cresceu em mim.

ATM: Sua primeira vez no palco com a banda foi na turnê pela América Latina. Quão nervosa você estava?
SCHOOLCRAFT: Eu estava muito empolgada, mas também muito, MUITO nervosa. A plateia na Cidade do México me recebeu tão bem e ficou gritando meu nome após "Nymphetamine", então isso realmente me fez sentir bem vinda e eu fiquei entusiasmada logo depois disso. É sempre assustador ser a pessoa nova e considerando que essa era minha primeira apresentação profissional emuma banda que tem anos de reconhecimento, integrar eles foi realmente demais e eu senti a pressão, mas eu também estava honrada e extática com isso. O pessoal da banda também são caras muito legais e me fizeram sentir confortável e bem vinda. Eu acredito que isso foi uma grande fator que contribuiu para eu me manter. Houveram muitas emoções de uma vez só. As vezes eu até me pergunto como consegui atravessar essa primeira apresentação! Acho que apenas precisava subir lá e não pensar muito a respeito. Acho que gostei do piloto automático.



ATM: Eu notei que você foi bem recebida pelos fãs. O quanto isso foi importante para você?
SCHOOLCRAFT: Isso foi ótimo para mim. Eu quero que a banda fique contente comigo, mas isso é igualmente importante para os fãs. Cradle Of Filth tem alguns fãs fantásticos que são tão dedicados, apoiadores e são ótimas pessoas para conversar e andar junto. Eu sou tão abençoada por eles me receberem, me abraçarem e me apoiarem. É tão importante e eu estou agradecida por isso.

ATM: Não podemos evitar essa pergunta: como foi a apresentação em São Paulo?
SCHOOLCRAFT: Realmente muito energético! Nos divertimos tanto e era o nossa última apresentação na América do Sul, então realmente demos o melhor de nós. Isso foi quando eu realmente estava me sentindo como parte da banda e confortável no palco. Foi uma explosão para todos. Eu jamais vou esquecer da platéia naquela noite. Lembro-me também da banda ter um set muito apertado e nós realmente sentimos isso.

ATM: Eu imagino que você deve ter várias histórias engraçadas sobre o que acontece quando se está em turnê com esses caras. Você pode compartilhar alguns desses momentos conosco?
SCHOOLCRAFT: Existem muitas memórias incríveis cheias de riso. Teve essa noite de viagem que mudou tudo para mim. Nós tínhamos esse técnico de guitarra chamado Asti, que nós também chamávamos de "cantor profissional de pub". Ele é um músico muito talentoso e muito apaixonado pelo que faz, mas também muito apaixonado pelo seu humor. A banda inteira e o "Crewdle Of Filth [nome que a banda sempre deu para sua equipe de roadies] foram para o ônibus que nos levaria para outro terminal onde pegaríamos um vôo e era em algum lugar na América do Sul. Então havia duas garotas jovens sentadas entre nós e elas ficaram apontando para o James e rindo. Eu imagino que elas devem ter pensado que ele parecia bem legal com seu longo cabelo loiro e pensaram que ele era bonitinho pois elas nunca viram aquilo antes. Então, do nada, o Dani pediu para o Asti cantar uma música para elas. Sem pensar duas vezes ele começou a cantar. Eu acho que era uma música do Frank Sinatra, mas foi brilhante e ele não errou uma nota sequer. Todos começaram a rir e eu imediatamente cai sobre nosso tour manager Martin Lamb e comecei a rir muito alto. Eu acho que minha risada incontrolável junto da performance improvisada de Asti foi o momento mais engraçado e memorável para mim.

ATM: Obrigado pela sua atenção, Lindsay! Por favor, deixe uma mensagem para seus fãs brasileiros.
SCHOOLCRAFT: Obrigado por me receberem. E aos fãs brasileiros: você são incríveis, uma platéia maravilhosa! Foi tão legal conhecer todos vocês e nós tivemos uma ótima sessão de autógrafos aquela noite. Nós amamos o seu país e esperamos voltar assim que possível! Se não, eu vou visitá-los em  minhas férias.

Você também pode encontrar Lindsay no Facebook e Twitter. Fique com um vídeo dela cantando "Nymphetamine" com a banda no show de Medellin, Colômbia:

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