por Vampy Eichmann e Paulo Momento
A
banda pelotense de horror punk Drunkenstein, na ativa desde 2007,
recebeu nossa equipe para um descontraído bate-papo durante seu
ensaio num fim de tarde de domingo. Entre garrafas de vinho e
caipirinhas, pudemos curtir o ensaio, conhecer os novos sons, e
conversamos não apenas sobre a banda, mas sobre a cena local como um
todo, fazendo um apanhado do que se faz e do que já se fez em
Pelotas e região, em termos de Underground. O papo foi noite
adentro. Muitas bebidas, ao verdadeiro estilo Drunkenstein! Confira o
que rolou.
Drunkenstein vai apresentar-se no sábado, dia 1º de junho, na Dark City em Pelotas-RS.
Para ficar por dentro do que vai rolar no evento, CLIQUE AQUI!
ALL THAT METAL: Para começar, fale um pouco sobre a origem da banda Drunkenstein, sua formação, como surgiu, quando surgiu e qual o estilo praticado pela banda.
DRUNKENSTEIN: Tudo começou em conversas via internet, em 2007, entre Robson Branco (vocal), Gustavo Knopp (baixo/vocal), Luisa Branco (bateria/vocal) e Artur Arndt (guitarra), que de inicio iriamos escolher algumas músicas do Misfits, para tocar no festival organizado por nós, no extinto bar Dom Pedro II, em Pelotas-RS, o Creep Night 1.
Havíamos pensado em uns 5 nomes diferentes para a banda...porém, em um belo dia, lembrando do filme Frankenstein (de Boris Karloff), e associando o filme a uma característica comum a todos na banda, a bebida, Gustavo formou o nome Drunkenstein.
De 2007 até hoje, a formação mudou no ano de 2009, quando Luisa decidiu se afastar da Drunkenstein para se dedicar ao novo line up de sua outra banda, Vetitum. Quem ocupou o lugar foi Douglas Veiga, baterista da Postmortem, até 2010, quando Luisa voltou.
ATM: Fale sobre a proposta inicial de tocar covers do Misfits, e como se deu a transição para a fase atual, na qual a banda apresenta em sua maioria músicas próprias.
DRUNKENSTEIN: Conforme combinado, começaríamos tocando músicas do Misfits. Porém, desde os primeiros ensaios já se iniciaram as composições próprias.
A ideia nunca foi tocar apenas covers, pois queríamos compor coisas novas no estilo, e não apenas ser conhecidos como “a banda cover de Misfits”.
É pela existência da banda, pelo amor a música. E não seria totalmente satisfatório tocar apenas Misfits, apesar de ser difícil de tirar os covers dos set lists dos shows.
ATM: Percebo que algumas músicas da banda são em português. Quais são as vantagens, desvantagens e desafios de fazer música em nossa língua-pátria? Pretendem seguir compondo sempre em português ou isto não é uma regra?
DRUNKENSTEIN: Não é uma regra. A vantagem das composições em inglês seria a facilidade da divulgação no exterior, em contrapartida, o público nacional não poderia ficar esquecido, e que com composições em português, entenderiam melhor a letra, o tema geral da música.
Compor músicas em português, normalmente é um desafio, até pelas influências serem estrangeiras na maioria das vezes. Mas com a Drunkenstein combina, e é até fácil de escrever, tendo também como base filmes, jogos, quadrinhos, situações que remetem ao horror.
DRUNKENSTEIN: Tudo começou em conversas via internet, em 2007, entre Robson Branco (vocal), Gustavo Knopp (baixo/vocal), Luisa Branco (bateria/vocal) e Artur Arndt (guitarra), que de inicio iriamos escolher algumas músicas do Misfits, para tocar no festival organizado por nós, no extinto bar Dom Pedro II, em Pelotas-RS, o Creep Night 1.
Havíamos pensado em uns 5 nomes diferentes para a banda...porém, em um belo dia, lembrando do filme Frankenstein (de Boris Karloff), e associando o filme a uma característica comum a todos na banda, a bebida, Gustavo formou o nome Drunkenstein.
De 2007 até hoje, a formação mudou no ano de 2009, quando Luisa decidiu se afastar da Drunkenstein para se dedicar ao novo line up de sua outra banda, Vetitum. Quem ocupou o lugar foi Douglas Veiga, baterista da Postmortem, até 2010, quando Luisa voltou.
ATM: Fale sobre a proposta inicial de tocar covers do Misfits, e como se deu a transição para a fase atual, na qual a banda apresenta em sua maioria músicas próprias.
DRUNKENSTEIN: Conforme combinado, começaríamos tocando músicas do Misfits. Porém, desde os primeiros ensaios já se iniciaram as composições próprias.
A ideia nunca foi tocar apenas covers, pois queríamos compor coisas novas no estilo, e não apenas ser conhecidos como “a banda cover de Misfits”.
É pela existência da banda, pelo amor a música. E não seria totalmente satisfatório tocar apenas Misfits, apesar de ser difícil de tirar os covers dos set lists dos shows.
ATM: Percebo que algumas músicas da banda são em português. Quais são as vantagens, desvantagens e desafios de fazer música em nossa língua-pátria? Pretendem seguir compondo sempre em português ou isto não é uma regra?
DRUNKENSTEIN: Não é uma regra. A vantagem das composições em inglês seria a facilidade da divulgação no exterior, em contrapartida, o público nacional não poderia ficar esquecido, e que com composições em português, entenderiam melhor a letra, o tema geral da música.
Compor músicas em português, normalmente é um desafio, até pelas influências serem estrangeiras na maioria das vezes. Mas com a Drunkenstein combina, e é até fácil de escrever, tendo também como base filmes, jogos, quadrinhos, situações que remetem ao horror.
DRUNKENSTEIN: Os festivais em Rio Grande, Funeral Voix, foram os mais marcantes, pois o público de lá gosta muito de horror punk, amam Misfits, cantaram junto, subiram no palco... Enfim, interagiram mais. Na cidade teve o GrindHouse, que foi um festival bem bacana de tocar também. Além do Creep Night, que foi o primeiro show da banda, em 2007.
E o fato mais marcante de todos, foi em um show, no aniversário da banda DDT, no antigo Hora Extra, quando entre uma música e outra, o celular do Gustavo toca e ele atende no palco mesmo. Eram alguns amigos dele, perguntando onde ele estava. E a resposta foi: “Vocês estão na frente? Entrem ai que eu tô tocando!” (risos)
ATM: Quais são as principais dificuldades vividas por uma banda underground, a seu ver?
DRUNKENSTEIN: No caso específico da Drunkenstein, seria falta de tempo para ensaiar por trabalhar, estudar...e também a falta de bandas na cena horror punk para tocar junto, em festivais voltados para este estilo.
No underground em geral, a maior dificuldade de todas as bandas, é a falta de apoio. Tem que tocar por amor a música mesmo, sem esperar recompensa financeira.
ATM: Já pensaram em dar uma “amenizada” no estilo a fim de conseguir um maior espaço? O que acham de bandas que fazem esse tipo de concessão?
DRUNKENSTEIN: A Drunkenstein tem a proposta de fazer música por diversão, para tocar junto, e não para sair vendendo. Não é a ideia e nunca foi, viver da música. Cada banda tem um propósito, e as que fazem este tipo de concessão deixam de ser banda e viram um “produto”. Se um músico quer viver da própria música, tem um caminho mais árduo a percorrer, e é difícil. Ir lá, cumprir um papel, ganhar o dinheiro... Tem todo um mercado pra isso, mas a Drunkestein não tem esse objetivo. E na verdade, talvez o horror punk não tenha como se tornar um estilo mainstream, mas algumas bandas conseguem incorporar elementos horror punk nas músicas, como por exemplo, a banda My Chemical Romance, que o baixista usa luvas de caveira, que o Misfits popularizou.
ATM: Possuem algum material gravado ou vídeo?
DRUNKENSTEIN: Apensas vídeos de show, que estão no youtube.
Fomos covidados para participar de uma coletânea, a “Isto é Horror Punk Brasil”, como no projeto gringo “This is Horror Punk”, e esse projeto tem o intuito de reunir as bandas desse estilo, que é composto pelas bandas que melhor representam no território nacional. Participam bandas como Zumbis do Espaço, Pesadelo Brasileiro, Necrotério, Os Medonhos...Agora a ideia é gravar um material bom, para participar dessa coletânea, juntamente com estas grandes bandas.
ATM: Quais são os objetivos da Drunkenstein para o futuro?
DRUNKENSTEIN: O maior objetivo agora é dar continuidade às composições, que em sua maioria são em português e em breve lançar um material gravado.
ATM: Quais são as bandas que mais influenciam o trabalho da Drunkenstein? Qual banda vocês gostariam de poder um dia dividir o palco?
DRUNKENSTEIN: As principais influências são The Other, Misfits, Blitzkid, The Crimsons Ghosts, Calabrese, e no Brasil, Zumbis do Espaço, Necrotério, Pesadelo Brasileiro...
As bandas que um dia gostaríamos poder dividir o palco seria The Other e Misfits. Inclusive existe contato via internet com a banda The Other, que quando surgiu a dificuldade com as músicas covers, eles foram muito prestativos em mandar as letras. É uma banda que incentiva muito a cena do horror punk, e que demonstra interesse em fazer uma turnê na América Latina. E os vídeos que serão feitos na Dark City, dia 1° de Junho, serão enviados para eles como uma pequena divulgação.
ATM: Fale um pouco sobre o visual da banda...
DRUNKENSTEIN: O tradicional das bandas horror punk, é tocar maquiado, mas às vezes não dá tempo, por serem maquiagens demoradas de fazer. Existe inspiração nas maquiagens de outras bandas horror punk, do Zombie Walk, fotos, vídeos, mas sempre tentando deixar mais a cara da banda. E na Dark City, certamente estaremos maquiados.
ATM: Vocês já tiveram que renunciar a algo, para seguir em frente com a banda?
DRUNKENSTEIN: Existe a renúncia de tempo livre, para sair, visitar a família, cuidar da casa, em função dos ensaios.
ATM: Faça um apanhado geral sobre a cena underground em sua cidade e região, como era no passado e como é hoje. Quais as principais bandas de Pelotas?
DRUNKENSTEIN: Antigamente, tinha o festival Hell Underground, que acontecia na Praia do Laranjal, tinha o Noise Rock, e nestes festivais vinham muitas bandas de fora. Havia também mais locais para estes eventos, com o bar Woodstock. Nesta época, o underground era mais forte, as bandas tocavam por amor a camisa mesmo, e neste sentido mudou bastante. E as principais bandas que ainda estão em atividade hoje em dia são: Psico Say Canniggia, Freak Brothers, Vetitum, Postmortem, M26, She Hoos Go; K.A.M.E e Mithos (que surgiram a pouco tempo), Nottus, Feto, Old n° 7, Barizon, Bregadeth, Rise e Iron Machine (que são mais voltadas para covers), Trail of Sins, Suburban Stereotype, Step Down...
Dos eventos mais regulares em Pelotas e região, tem a Dark City, que acontece há mais de 10 anos; Sounds from the Grave, que é do pessoal da Postmortem; Circle Pit, que é a Simone (She Hoos Go) que organiza; Hard Core Pride; atualmente tem os eventos do Bokada Produções, em média um por mês; Nightmares, com o pessoal da Nottus (mais esporadicamente); e os eventos da Instinto Produções, voltada para a cena Hard Rock.
ATM: Como estão os espaços para shows e a frequência de eventos underground em sua região?
DRUNKENSTEIN: Atualmente, tem praticamente um local para eventos underground, o Wong Bar. Perdemos o Galpão do Rock, que era um local onde ocorriam vários festivais, e o Ricardo (proprietário do Wong bar) está dando um grande apoio para a cena local.
ATM: Quais são as expectativas da banda para o show na festa Dark City Goth Horror, dia 01 de Junho em Pelotas? O que o público pode esperar para esse show?
DRUNKENSTEIN: Estamos muito felizes pelo convite, e estamos nos preparando para fazer um show legal, divertido e a altura do evento. Vamos tocar mais um cover de The Other, algumas do Misfits, que são difíceis de tirar do set list, e várias músicas próprias, inclusive uma nova que vamos apresentar nesse show.
ATM: Por fim, deixe uma mensagem para os fãs e também para quem ainda não conhece o trabalho da Drunkenstein.
Obrigado pela entrevista!
DRUNKENSTEIN: Aos fãs da banda, aos que sempre comparecem aos shows, e aos que acompanham o trabalho da Drunkenstein desde o inicio, muito obrigado, continuem nos acompanhando... esperamos nunca decepciona-los e...Escutem mais horror punk, façam mais bandas no estilo para tocar com a gente. Em breve vai ter uma demo da banda.
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