Atenção: essa matéria representa única e exclusivamente a opinião do autor. Da mesma forma, ela não é direcionada a nenhum grupo ou pessoa específicos. Existem 8 pessoas trabalhando no All That Metal, cada uma delas com sua própria opinião sobre o assunto. Quero deixar bem claro também que esse artigo não é nenhuma crítica as festas desse gênero que são realizadas em Porto Alegre e região (Gothik Night, Vampire Cabaret e Gotik Treffen). Até porque, sou frequentador de quase todas elas e boa parte de seus idealizadores são amigos próximos a qual tenho muito respeito.
Hoje vamos ter um post diferente no All That Metal. Colocamos dois reviews e um artigo dentro de uma única matéria. Por que isso? Antes de mais nada, vamos apresentar os trabalhos que foram resenhados. O primeiro deles é o novo EP do My Dying Bride, chamado "The Manuscript", banda renomada na cena e mundialmente conhecida por fãs de Gothic e Doom. Temos também um review de "No More Heroes", segundo álbum de estúdio do Soror Dolorosa, uma banda francesa de Gothic Rock/Coldwave. Partindo dessas resenhas, vamos abordar um tema que é pouco debatido hoje em dia, ou seja, a descaracterização da cena gótica como um todo e seu rumo em direção a um movimento híbrido.
Possivelmente você deve estar perguntando-se o qual a relação dos dois lançamentos avaliados com esse assunto. É muito simples: as duas bandas tem uma proposta bem simples e direta, soando autênticas com sua sonoridade que expressa de maneira eficaz os principios da subcultura gótica, com uma musicalidade obscura e abordando temas sombrios em suas letras. Em contrapartida, estamos assistindo a criação de uma amálgama entre o padrão do Gothic e sonoridades mais próximas do Industrial, criando uma grande confusão que passou a associar gêneros como o EBM (Electronic Body Music) a esse movimento. E antes que extremistas relacionados a essa nova subcultura neotribalista comecem a se manifestar, eu sugiro que leiam com atenção cada trecho dessa postagem.