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Review de CD: Black Sabbath - 13 [por Tiago Alano]

sábado, 8 de junho de 2013


Esse é o segundo de uma série de reviews que estamos postando do novo álbum do Black Sabbath. Para ler todas as resenhas, clique na tag review 13.

Falar sobre o novo álbum do Black Sabbath é uma tarefa mais difícil do que vocês pensam. A primeira reação óbvia que alguém tem ao escutar "13" é uma grande empolgação, afinal de contas, a espera por um trabalho de estúdio foi longa. Muitos fãs nem eram nascidos quando Ozzy Osbourne ainda integrava a banda nos anos 70. Mas fazer uma resenha do disco é algo que requer uma audição mais cautelosa, a emoção deve ficar de lado por alguns instantes para a razão sobressair-se e a avaliação ser a mais justa possível. 

É inegável o fato de que "13" é um ótimo trabalho, superou muitas expectativas e impressionou até os fãs mais pessimistas. Ainda assim, não acredito que deve ser um álbum elevado ao status de clássico instantâneo, por favor, vamos conter os exageros. É simplesmente o som típico do Black Sabbath, sem mais nem menos. Tony Iommi segue criando riffs simples e magníficos, daquela maneira totalmente única e característica que ele evoluiu em mais de 40 anos de carreira. A presença marcante do baixo de Geezer Butler é um diferencial em "13", possivelmente uma das melhores perfomances já apresentadas em um disco do Sabbath. Vale lembrar que Butler também foi responsável pelas letras das canções, outra função bem desempenhada pelo mestre das 4 cordas. 

E o Ozzy?! Bem... o Ozzy? Ah, é 2013! Já existe o Auto-Tune. Falando sério: não adianta negar, Ozzy é muito mais um showman do que um vocalista mesmo. Mas tudo bem, ele é Ozzy Osbourne, fuckin' Prince Of Darkness, não precisa provar nada para ninguém e não vai ser a minha opinião que vai mudar sua imagem. É óbvio que ele deu muito trabalho para os engenheiros de som do estúdio, basta assistir os vídeos recentes da banda ao vivo. Ainda assim, seu timbre característico faz o Sabbath soar novamente como foi na década de 70, com aquele clima sombrio e embalado por riffs influenciados por Blues.

O álbum abre com "End Of Beginning" e "God Is Dead", as duas faixas que foram apresentadas aos fãs antes do lançamento de "13". É um ótimo começo para os 53 minutos que temos pela frente, ambas trazem o velho som que popularizou o Sabbath, lembrando um pouco os dois primeiros álbuns dos ingleses. A primeira começa com um peso arrastado que conduz a um trecho mais calmo e sombrio, para depois despejar os riffs sensacionais de Iommi com uma levada que alterna entre momentos mais rápidos e outros levemente cadenciados. "God Is Dead" é uma síntese de tudo que o Sabbath sempre foi com Ozzy nos vocais, começa lenta para depois trazer riffs mais pesados ao ouvinte.

Em "Loner" temos alguns momentos mais influenciados por Blues, influência evidente para Iommi desde a formação da banda. Chama muita atenção nessa faixa o momento com guitarras mais limpas, nada impressionante mas muito bem sacado. No geral, "Loner" é um dos melhores momentos de "13" e de fácil assimilação por parte do ouvinte. "Zeitgeist" vem na sequência e aqui cabe um comentário desagradável: por qual motivo eles decidiram gravar uma nova "Planet Caravan"? Até a duração de "Zeitgeist" é quase a mesma do clássico presente em "Paranoid"! Não é música ruim, muito longe disso, é apenas desnecessária. Honestamente, seria muito mais interessante se essa música fizesse parte de "The Devil You Know", considerando que o vocal de Ozzy simplesmente não combinou direito com o instrumental de "Zeitgeist". 

Dando continuidade ao peso arrastado que permeia boa parte do lançamento, temos "Age Of Reason", mais uma vez marcada pelos riffs de Iommi. Destaque especial para os teclados que dão um clima grandioso em certos momentos e o belo solo ao final da música. Já "Live Forever" é quase um single pronto, música que facilmente vai ser lembrada pelos fãs e cantada em massa nos shows da banda.

Em minha singela opinião, "Damaged Soul" é a melhor canção de "13", de longe a melhor composição. Mais uma vez as guitarras com aquela pegada blueseira, Butler destacando-se com ótimas linhas de baixo e uma harmônica cromática (vulgo gaita de boca) mandando ver alguns bends. Absurdamente épica! Fechando o álbum temos "Dear Father", que segue quase a mesma linha das faixas de abertura, alternando entre momentos com um peso mais lento e outros trechos mais harmoniosos. Detalhe: os instantes finais do disco são exatamente iguais ao início do álbum de 1970 que deu origem ao Heavy Metal.

Confesso que fiquei impressionado com o trabalho de produção de Rick Rubin, pois todos os trabalhos que escutei dele nos últimos anos deixaram a desejar em muitos aspectos. Já o baterista Brad Wilk (Rage Against The Machine, ex-Audioslave) poderia ter feito melhor, na minha opinião, ele fez exatamente o que foi requisitado. Acredito que está aquém de sua habilidade, é um baterista experiente que poderia ter contribuído para dar ainda mais personalidade às músicas. Quem sabe Tommy Clufetos consegue dar mais peso nas baquetas quando as faixas de "13" forem executadas ao vivo.

Enfim, o álbum é ótimo, isso é inegável. É Sabbath puro e não consigo imaginar como isso não poderia agradar em cheio aos fãs. Mas ainda acredito ser um exagero colocá-lo em um pedestal e considerá-lo um clássico da banda. Se tocarem apenas duas ou três músicas de "13" no show de outubro em Porto Alegre, já está ótimo. Além do mais, o ano de 2013 tem nos proporcionado uma série de ótimos lançamentos, para mim ao menos, vai ser bem difícil o disco estar entre os melhores.

Nota: 4

Review de CD: Black Sabbath - 13 [por Delmar Borba]

sexta-feira, 7 de junho de 2013


Esse é o primeiro de uma série de reviews que estamos postando do novo álbum do Black Sabbath. Para ler todas as resenhas, clique na tag review 13.

A expectativa foi grande, e a resposta foi a altura! "13" é um disco pra lavar a alma de quem esperava desde 1979 por um disco completo do Black Sabbath com  Ozzy nos vocais, e também serve pra tapar a boca de quem ainda insiste na frase que diz: “os velhos não são mais os mesmos”. Pois eu digo: “QUEM SABE SABE MEU VELHO!!”. Os caras botam todos no seu devido lugar com músicas de puro heavy metal com aquela pegada dos anos 70, porém com um toque das modernidades dos dias atuais, sem perder a identidade. Tony Iommi  continua com aquela pegada mais obscura mostrada com maestria no disco do Heaven And Hell ("The Devil You Know") temperada com a aura Rock’n Roll dos anos 70, que nesse disco (felizmente) ficou mais evidente.

O disco começa com a ótima "The End Of The Beginning", com um riff lento e pesado e a voz de Ozzy acompanhando a mesma linha, bem no estilo da música "Black Sabbath", e vai crescendo gradativamente até descambar  em um riff que só Iommi é capaz de fazer. De acordo com que a música vai passando, os arranjos vão crescendo até que vem um solo que dispensa comentários, pois lá está o mestre supremo das seis cordas. Depois os arranjos caem para uma linha melódica muita calma, com os vocais de Ozzy muito bem encaixados, até que vem mais um solo matador. Na minha opinião, uma das melhores do disco.
Depois vem  "God Is Dead?", que todos já conhecem, pois foi escolhida como o primeiro single do disco e já foi disponibilizada antes para download e no YouTube também. Segue a mesma linha da primeira, destacando primeiramente a voz de Ozzy, muito bem encaixada, para depois chegar mais um riff monstruoso de Tony Iommi. Porém o que sobra de qualidade durante toda a música fica devendo (e muito) no solo, diria que ficou até mesmo decepcionante, bem fraco. Mas não poderia deixar passar em branco o trabalho de Geezer Butler nessa musica, fazia muito tempo que não escutava um disco com um timbre tão claro e potente de baixo. O trabalho de baixo no disco inteiro está fenomenal (como não poderia deixar de ser), mas o que ele faz na linha que serve de base para o “solo” desta música é de arrepiar, lembrando os velhos tempos de “War Pigs”.
O disco segue com "Loner", mais uma que, na minha opinião, se destaca no disco. Essa sem introduções ou dedilhados no inicio, vai direto para o riff principal e segue uma linha mais rock’ n roll, sem muitos arranjos, dando uma parada no meio para depois voltar com tudo! Nessa música é possível avaliar melhor o trabalho do batera que foi escolhido para substituir a lenda Bill Ward, Brad Wilk (do Rage Against The Machine), e o cara foi lá e fez aquele tradicional “feijão com arroz”, só que muito bem feito, ponto para ele.
A próxima é "Zeitgeist", que para mim é a parte mais fraca do disco, não por ser uma música lenta e acústica em meio a avalanche de peso do disco, mas por parecer de mais com a "Planet Caravan", do disco Paranoid. Os arranjos, solos e até mesmo a percussão são tão parecidos, que pra mim pareceu forçado demais.
"Age Of Reason" é a que mais lembra o trabalho solo de Ozzy (da fase do "Ozzmosis"),  só que com Tony Iommi nas guitarras, o que faz uma bela diferença. Ao exemplo de tudo que o guitarrista faz, os arranjos vão crescendo até a música terminar de uma forma grandiosa e você vai tendo cada vez mais dúvidas sobre o que você mais gostou no disco!
Daí vem "Live Forever", que na minha opinião é a melhor do disco. Com uma letra bem interessante e um instrumental empolgante faz a alegria dos fãs da banda. Os solos de guitarra mais uma vez destroem tudo, uma verdadeira aula de heavy metal oferecida por quem realmente entende do assunto! Sem palavras!
"Damaged Soul" é um puro blues, feito pelo Black Sabbath em pleno ano de 2013 (é quase inacreditável que estou dizendo isso...)! Com direito a gaita de boca e tudo, com Iommi fazendo a guitarra praticamente falar nos solos e um baixo com um peso absurdo na base. Brad Wilk mais uma vez fazendo um ótimo trabalho atrás do kit. A música vai ganhando velocidade no final e termina com o ouvinte quase sem fôlego com a pedrada proporcionada pela banda.
E por ultimo temos "Dear Father", mais um grande destaque do disco, com bastante variedade nos arranjos e um grande trabalho de Ozzy nos vocais. Na parte do meio, a musica acelera e nesse momento em específico é onde mais lembra a fase de "Never Say Die", depois cai o ritmo para o riff principal mais uma vez e chega ao fim da música e consequentemente do disco. Com um detalhe no mínimo emocionante, o disco acaba exatamente da mesma forma que começa o disco que deu nome a banda, "Black Sabbath" (1970), com a trovoada, a chuva e o sino ao fundo! Quase fui às lágrimas, arrepiante!

Há de destacar-se o belo trabalho na produção do disco feito por Rick Rubin, deixando os instrumentos com um som perfeito, e o trabalho de Geezer Butler que destaca-se com sua técnica e peso no timbre do baixo atrás da massa sonora das guitarras de Tony Iommi. Também é importante ressaltar que, apesar de Ozzy nunca ter sido um grande vocalista em termos técnicos, como é bom ouvir a voz dele de novo em um álbum do Black Sabbath! A banda está de parabéns pelo trabalho, ficou muito além do esperado! Para mim, que sou fã nº 1 da banda, o disco já é o melhor do ano disparado!

Nota: 4,5

Six Strings Lovers: os guitarristas de Dio

quarta-feira, 15 de maio de 2013


por Lucas Queiroz

Saudações, Metal Brothers and Metal Sisters de todos os pampas, como estão vocês?!!! Esta semana o All That Metal vem com um lance muito legal, uma homenagem póstuma a um dos maiores ícones do Metal mundial. Nos deixava no dia 16 de maio de 2010, há 3 anos atrás, Ronnie James Dio, ou simplesmente Dio!

As matérias e colunas desta semana são pra trazer a memória do pequeno grande homem, dono de uma voz marcante e sucessos memoráveis. Obviamente, por trás de uma grande estrela da música, há seus grandes músicos, e aqui na coluna destacaremos os seus guitarristas (Que mentira!)