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1 ano de All That Metal

sábado, 14 de setembro de 2013


Imagine que um dia uma pessoa chega até você e fala que dentro de um ano vai ser absolutamente normal conviver em meio aos shows de várias bandas que você escutou sua vida inteira. É dito também que você vai ter a oportunidade de conversar com vários músicos cujo trabalho você sempre acompanhou, alguns deles até mesmo pessoalmente. Seu nome estaria presente até mesmo na lista de convidados de uma de suas bandas favoritas. Não sei quanto a vocês, mas eu não acreditaria no que essa pessoa poderia falar. Não mesmo!
Mas isso tudo não apenas aconteceu, como passou a ser quase um cotidiano vivido por este que vos escreve. Que atire a primeira pedra o fã de Metal que nunca desejou conhecer de perto seus ídolos, trocar ideias com eles e desenvolver um trabalho que ganharia reconhecimento pela web. Nunca poderia imaginar as consequências trazidas pelo simples fato de ter criado este blog. E hoje que o All That Metal completa um ano, decidi compartilhar com vocês algumas das histórias que sucederam-se ao longo desse período. So here we go...


O início

Comecei a escrever sobre música em 2005, quando estava cursando Comunicação Social em minha terra natal, Bagé, no interior do Rio Grande do Sul. Ofereceram uma página de um jornal quinzenal para abordar as bandas locais e assim dei os primeiros passos no ramo. Passei cerca de um ano realizando esse trabalho e mais tarde colaborei com outros sites especializados em Metal. Depois de um certo tempo hibernando, surgiu a ideia de criar meu próprio blog sobre o assunto, mas demorou muito até colocar o projeto em prática. 
Então, uma certa noite em setembro do ano passado, o tédio estava me consumindo e por algum motivo inexplicável acreditei que aquele era o momento certo para dar início ao trabalho que vocês acompanham hoje. Em uma única noite com muito café e cigarros, escrevi todas as matérias postadas no primeiro dia do que viria a ser o All That Metal. Naquela época, me sentia entediado de sempre ver nos sites especializados as mesmas bandas, os mesmos assuntos, era tudo igual por todos os cantos da web. Minha ideia era criar algo para um público diferenciado, com um material diferente e apostando em artigos próprios ao invés de simplesmente postar notícias que podem ser encontradas em qualquer outro site. 
Alguns fatos curiosos que nunca foram explicados por aqui são o nome do blog e a imagem do nosso avatar. O nome veio de uma ideia bem simples: All That Jazz. Além de ser um bom trocadilho, já deixa bem claro que por aqui não existem preconceitos ou limites em relações aos gêneros abordados. Quanto ao avatar presente na página do Facebook e demais imagens de divulgação, cabe uma explicação mais elaborada: meu emprego cotidiano é como fotógrafo de moda. O All That Metal surgiu quase como uma forma de provocar a cena inteira, pois nunca seguimos padrões da mídia especializada. Sendo assim, nada melhor para provocar os dois mundos do qual fazia parte do que uma imagem retirada de um catálogo de moda inspirado no Black Metal. Simples e objetivo, uma marca definitiva do blog. 
Começamos mostrando capas de álbuns clássicos com gatos, relembrando o maior blog de humor headbanger que já existiu e falando sobre bandas que mudaram com o tempo. O primeiro 'hit' do ATM foi uma matéria sobre as maiores pérolas da Rede Globo relacionadas ao Metal. A prova definitiva de que realmente chegamos para falar de Metal de uma forma diferente surgiu alguns dias depois: um dia inteiro especialmente dedicado a Devin Townsend no lançamento do álbum "Epicloud" e o primeiro review da história do blog que não era sobre uma banda de Metal, uma resenha de "Fight Like A Girl", da Emilie Autumn. Foi assim que começou a definir-se o público do ATM, leitores que não são o típico fã de Metal padrão que escutou as mesmas bandas a vida inteira. 
Alguns dias depois o blog começou a emplacar mesmo. No dia 20 de setembro, data mais especial do ano para qualquer gaúcho, lançamos a coluna Southern Extremism, totalmente dedicada a mostrar o que temos de melhor no Rio Grande do Sul. A primeira banda entrevistada foi a Postmortem e logo depois tivemos a participação de Armada SA e Frost Despair. Na mesma época, apareceu a primeira das muitas entrevistas internacionais que tivemos, com Gloria Cavalera. Outros destaques do período inicial do blog incluem diversos artigos que tiveram ótima aceitação dos leitores (Iron Maiden em Donington, Hottest Chicks In Metal, fãs de Manowar e o artigo mais acessado da história do ATM: A hora e a vez das groupies falarem) e alguns furos exclusivos de reportagem, como anunciar a turnê do Cavalera Conspiracy antes de todo mundo (clique aqui e depois aqui).


Reconhecimento

As coisas passaram a mudar em dezembro do ano passado com o primeiro review de show do ATM, uma cobertura completa do show do Moonspell. Na época, não costumávamos fazer credenciamentos para cobertura de shows e tudo aconteceu de forma inesperada. Primeiro, houve um concurso para o Meet & Greet com a banda... fui um dos vencedores! Logo depois, foi realizada uma promoção para almoçar com a banda... mais uma vez, fui o vencedor! O resultado é o que vocês podem conferir no review do show, uma experiência incomparável de passar um dia inteiro ao lado de uma das minhas bandas favoritas. Um dia que vou lembrar para o resto da minha vida. E que foi compartilhado com todos vocês aqui no ATM. Prometo que ainda vou criar um blog chamado ATM Backstage apenas para as histórias inusitadas que acabam não sendo publicadas por aqui, e vai ter muita coisa desse dia que não está no review.
Pela primeira vez na curta história do blog surgiu o reconhecimento pelo trabalho que estava sendo desenvolvido. Mais entrevistas internacionais surgiram, sendo duas delas realmente especiais para mim. A primeira foi com James McIlroy, guitarrista do Cradle Of Filth, banda da qual sempre fui um fã devoto. Logo depois tive a oportunidade de conversar com Michael Amott, nada mais nada menos que o guitarrista e fundador do Arch Enemy, além de já ter tocado no Carcass, duas bandas fundamentais para a minha formação musical. A entrevista com Michael foi DE LONGE a melhor que já tive a oportunidade de fazer pelo ATM. Sério, não tem como comparar com nenhuma outra. O guitarrista é um exemplo de simpatia e humildade para a cena inteira. Tem gente que imagina que um músico como ele poderia ser um dos mais egocêntricos no meio da música extrema, mas ele é totalmente o oposto disso. Um acontecimento que marcou não apenas a história do blog, mas também a minha visão sobre ele e a música em geral.
Mais artigos marcaram este ótimo período vivido pelo blog, sendo que muitos deles ainda recebem vários acessos até hoje. Apresentamos o texto mais completo já escrito em português sobre o Les Légions Noires, a obscura cena francesa de Black Metal. Criamos a melhor trilha sonora para você curtir o fim do mundo. Selecionamos as versões mais pesadas de canções de Game Of Thrones e Elder Scrolls. Falamos sobre os melhores álbuns de 2012 e apontamos os mais esperados de 2013.
Mas algumas mudanças aconteceram logo a seguir...


Reformulação

Em janeiro fui obrigado a me afastar do blog por questões pessoais que realmente me impediram de dar continuidade ao trabalho que estava sendo desenvolvido. Durante o período em que estive fora, quem ficou comandando tudo foi um antigo colaborador que estava comigo desde outubro do ano passado. Infelizmente, tivemos algumas diferenças de opinião sobre determinados assuntos fúteis e cada um seguiu seu rumo, ele criando seu próprio site e eu seguindo em frente com o ATM. Apesar do pedido, optei por não deletar seu trabalho no blog pelos leitores que poderiam ter interesse em ler o material (vide entrevistas com The Agonist, Rotting Christ, Epica e Paul Allender do Cradle Of Filth).
Ao invés de simplesmente retomar as atividades do ATM como se nada tivesse acontecido, uma estratégia mais elaborada era necessária após quase 3 meses sem postagens regulares. Formei uma equipe, estipulei metas e prazos, mudamos o foco para abordar mais a cena nacional. Definimos um objetivo: queremos fazer cobertura de shows, oferecer um relato dentro dos padrões midiáticos de um veículo de qualidade e apresentar fotos que transportem o leitor para dentro do show. Uma palavra é capaz de definir tudo isso que estávamos buscando: profissionalismo. 
O retorno foi em grande estilo, com uma entrevista de Pinche Peach, do Brujeria. Em abril do ano passado tive a sorte de viajar no mesmo avião da banda durante a turnê sul americana, passei a viagem inteira conversando com ele e seguimos mantendo contato. Ainda tive a oportunidade de ver El Brujo sem máscara e a honra de conhecer um de meus bateristas favoritos, Nick Barker (ex-Cradle Of Filth e Dimmu Borgir). Só faltou o Jeff Walker nessa turnê! A entrevista com Pinche Peach foi postada pontualmente às 16:20 (entendedores entenderão).  Curiosidade: a entrevista foi realizada ao longo de vários dias com muita tranquilidade. Em um desses dias em que estávamos conversando, ele teve que interromper a entrevista para dar atenção aos filhos. Conseguem imaginar isso?
Na mesma época em que retomamos as atividades do blog, surgiu a ideia de fazer uma matéria especial em homenagem aos 3 anos da morte de Peter Steele, vocalista/baixista do Type O Negative. Estava tudo certo: garantimos uma entrevista com ex-baterista do Type O, Johnny Kelly, e mais a participação especial de outros músicos renomados que eram amigos de Peter. Mas Johnny só enrolou para enviar as respostas, estava sempre ocupado, a data passou e a homenagem não aconteceu. Tudo bem, perdoamos Johnny pelo simples fato de ter integrado uma banda que fez história no Metal. Ao menos ele ficou sabendo que tenho o logo da banda tatuado.
Matérias de destaque do retorno do ATM incluem: "We Like The Bad Girls" da Red Front; review de "Closed Eyes", da banda Astaria; o único review faixa-a-faixa de "Infestissumam", do Ghost (BC); figuras históricas que formariam grandes bandas de Metal; o único texto em português com a história completa do misterioso Devil Doll; um artigo sobre bandas francesas.
Depois do review do show de Paul Di'Anno em Porto Alegre, alcançamos o objetivo citado acima. Passamos a fazer coberturas de shows credenciados e os 3 principais shows de maio foram relatados em detalhes no ATM: Andre Matos, Morbid Angel e Grave Digger
As mulheres do nosso gênero musical favorito também passaram a ganhar cada vez mais espaço. Primeiro tivemos uma entrevista com Mizuho Lin, vocalista da Semblant, banda que nunca fiz questão de esconder que é uma das minhas favoritas na cena nacional. Logo depois tive a honra de realizar a primeira entrevista de Lindsay Schoolcraft como tecladista do Cradle Of Filth, com direito a agradecimento especial dela citando meu nome em seu perfil pessoal. Lindsay revolucionou o ATM: fizemos a nossa primeira matéria totalmente em inglês a pedido dela mesma! Isso abriu as portas para postarmos entrevistas em inglês e buscarmos bandas desconhecidas no país sem medo de pensar se isso poderia ou não gerar acessos. Assim chegamos a outra vocalista do metal extremo, Marika Hyldmar, do Illnath, que fez sua segunda entrevista na banda através do ATM.
Quanto ao time formado que citei acima, no vídeo ao final do post vou entrar em detalhes. Mas algumas coisas merecem ser mencionadas aqui:
  • Lucas Queiroz, velho amigo de muitos porres na Cidade Baixa, campeão das polêmicas com a coluna Six Strings Lovers.
  • Certa vez uma leitora do blog apareceu me adicionando no Facebook  e convidei ela para juntar-se a nós depois que falou que cursava jornalismo. Pouco tempo depois ela sugeriu a realização da Semana Ronnie James Dio no ATM, que resultou na nossa primeira matéria emplacada nos destaques do Whiplash. O nome dela é Paola Rebelo e não tornou-se apenas minha parceira número um nas coberturas de shows, mas também uma grande amiga!
  • Uma das pessoas que eu mais tenho orgulho de dizer que integra nossa equipe: Ana Rauber! Sempre contribuindo com ótimas ideias e entrevistas com bandas como Dyingbreed, Prophajnt, Human Plague e Hate Handles.
  • Paulo Momento, um dos caras que mantêm o underground vivo no interior do estado, sempre trazendo grandes matérias, como entrevistas (Trail Of Sins, Bloodytrap, Bullseye, Drunkenstein) e coberturas de eventos que rolam em Pelotas (Dark City, Bokada Metal Fest de junho e agosto). Para mostrar que a cena gaúcha está MUITO além do que rola na capital, fazendo do Paulo um sujeito essencial em nosso grupo. 
  • O mineiro da nossa equipe, Caio Botrel, que emplacou o mais recente 'hit' do ATM, a entrevista com Paul Schroeber!
  • O primeiro sujeito que topou colaborar no ATM, Delmar Borba, sempre lembrando os maiores clássicos do gênero
  • Last, but not least... o barman da casa, especialista nos drinks de absinto, Adriano Pasini! Só para lembrar: ele esteve por aqui primeiro como entrevistado com a banda Armada SA. Para a surpresa geral, de TODAS as bandas nacionais que já postamos no blog só existe UMA mais acessada que a Armada SA, que é o Angra. O Adriano ainda ganhou umas dicas de canto da Melissa Cross, junto do Odommok (Frost Despair) e da Mizuho Lin.

Expansão

Acho que só passei a tomar conhecimento do quanto o blog estava sendo reconhecido a partir do momento em que passei a receber convites para realizar outras atividades relacionadas a música. A primeira oportunidade que surgiu foi através do meu grande amigo Deivid Daudt, DJ da Vampire Cabaret. Comentei com ele que adoraria ser DJ de uma festa que toque músicas numa linha gótica só para tocar uns sons mais pesados, algo que estava faltando em Porto Alegre. Na mesma hora ele me convidou para ser DJ da Vampire Cabaret e o ATM entrou como colaborador da festa. Isso foi muito divertido! Justamente pelo fato de que eu estava lá pelo prazer de tocar músicas que eu gosto para as pessoas, sem nenhum compromisso de levar isso muito a sério como muitos DJ's locais. Nesse quesito, meu foco sempre foi trabalhar em cima das minhas próprias músicas com a minha banda. Mas foi ótimo e espero fazer isso de novo. 
O outro convite que recebi foi ainda mais especial e requer que eu explique de forma mais detalhada. Há alguns anos conheci a Carol Bijl, uma publicitária com a qual sempre curti trocar várias ideias e ficamos muito tempo tentando trabalhar juntos em algum projeto. Ela passou a produzir um programa da Rádio Putzgrila totalmente voltado para bandas independentes, o New Kidz On Dead Rock. Fui convidado para participar do programa para falar do blog e o trabalho que estávamos desenvolvendo com bandas underground, decidi levar a Paola e o Queiroz comigo. Comparecemos no programa que foi veiculado ao vivo no dia 1º de junho. 
O que parecia ser apenas um convite para participar do programa acabou virando uma proposta para permanecer como apresentador fixo. Honestamente, eu não sabia o que esperar, mas aceitei por ser um desafio totalmente novo e uma boa oportunidade de expandir o trabalho que eu faço com o ATM. Quem realmente comanda o programa é a Ana Beise, mais uma dessas pessoas incrivelmente legais que conheci graças ao ATM. E sinto te informar Ana: hoje em dia o New Kidz (que passou a chamar-se Groovypedia Studio Live) não é apenas teu filho, passou a ser meu também! 
Apresentar o programa é tão importante quanto escrever para o blog. Só é diferente: o blog é aquele momento de reflexão e opiniões exclusivamente minhas, enquanto o New Kidz/Groovypedia são duas horas de interação e troca de ideias. É a extensão que eu achei para o ATM. Além do mais, é uma honra integrar o grupo da Putzgrila! Em julho ainda rolou um especial do ATM no Dia Internacional do Rock totalmente dedicado aos anos 80. Ensaio para um futuro programa do blog? Quem sabe...

Atualidade

Como disse anteriormente, o New Kidz/Groovypedia é o momento de interação em tempo real do trabalho que desenvolvi no ATM. E de tudo que já rolou no programa, nada pode-se comparar ao dia em que recebemos o Jacques Maciel, do Rosa Tattooada,  no estúdio. Não vou mentir, se eu falar que era fã da banda antes disso vou estar mentindo. Mas é inegável que é uma grande honra entrevistar um músico com a experiência dele. Honra maior ainda é ter seu trabalho reconhecido pelo Jacques. 
No final das contas, o encontro rendeu muito assunto para o blog: primeiro fizemos um review do show acústico no Malvadeza Pub e depois postei um trecho da entrevista com Jacques relatando a primeira passagem do Sepultura por Porto Alegre. Ainda ganhei um DVD da banda com uma dedicatória do Jacques, devidamente adicionado à minha coleção de itens autografados, fotos e demais artefatos adquiridos durante esse ano com o ATM. Muito obrigado, Jacques! Pode sempre contar com meu apoio!
Tivemos vários reviews de shows nos últimos tempos. A Paola e o Caio estiveram no show do Avantasia em São Paulo e fizeram uma "resenha escrita a quatro mãos". Rolou também um review da passagem do Winery Dogs por Porto Alegre. E para ninguém pensar que só queremos fazer resenhas de shows internacionais, fizemos uma cobertura com fotos exclusivas do último show da Prophajnt antes da pausa que a banda deu (eles retornam ano que vem!).
Anteriormente, citei que durante a transição da nova fase do blog passamos a manter um foco maior em bandas do underground nacional. Para a surpresa geral, isso aumentou de forma muito significativa o número de acessos. Isso é algo muito satisfatório, saber que alcançamos nosso objetivo em criar um público diferenciado, algo bem distante daquele tradicional fã que só escuta as mesmas bandas sempre. Bons exemplos disso é a boa recepção de entrevistas que postamos de bandas como Save Our Souls e Hecatombe, além das postagens do Drops Metal Media, com novidades das bandas assessoradas por esses grandes parceiros do ATM. 
Do meu ponto de vista, tivemos três grandes momentos nos últimos tempos:
  • Show do Angra em Porto Alegre: começamos com uma série de matérias especiais cujo ponto alto foi uma entrevista exclusiva com Rafael Bittencourt, cortesia do nosso parceiro Homero Pivotto, assessor de imprensa da Abstratti. O show foi fenomenal, com direito ao Rafael posando diretamente para mim em uma das fotos (CLIQUE AQUI para ler o review e ver a galeria de fotos). Pra completar, o Felipe Andreoli ainda usou uma foto minha como avatar de seu perfil no Facebook. Épico!
  • Fizemos a cobertura do Possessed da forma ideal. O review foi totalmente focado nas apresentações do Possessed e da Postmortem e optamos por deixar os problemas ocorridos durante o evento para um outro post. Não acho que faço um trabalho melhor do que qualquer outra pessoa ou veículo, muito menos considero ter concorrentes. Pelo contrário, quanto mais apoio houver entre veículos do gênero, melhor será para todos que atuam na área do jornalismo especializado em Rock e Metal. Mas acabei lendo cada relato absurdo sobre o show, alguns repletos de erros sobre os acontecimentos daquela noite. É uma pena que tudo isso aconteceu e ainda resultou no fim de mais uma produtora local. Enfim, se alguém ainda tem dúvidas sobre tudo que rolou na noite de 8 de agosto no Beco, basta ler as duas matérias e tirar suas próprias conclusões. 
  • E, por fim, o que deu início a todo este post: CLIQUE AQUI e descubra como fui no show do Soulfly alcançando o maior reconhecimento que o ATM já teve. 
Por fim, gostaria apenas de destacar um convite que recebi como uma grande honra recentemente. Já enviei várias matérias do ATM para o Whiplash e quem atua na área do jornalismo sobre Rock/Metal sabe que o site é colaborativo, não é difícil ter matérias postadas por lá e basta enviar um determinado número para ganhar sua página com todas as matérias. Mas no meu caso eu recebi a proposta de ter a página de minhas matérias do próprio João Paulo Andrade, fundador e proprietário do site. Achei bacana ter meu trabalho reconhecido pelo dono do maior site do gênero. Ou seja, vocês podem conferir todas as matérias que já enviei para lá em minha própria página no site

Futuro

Tem muitos projetos que debatemos entre os colaboradores e que nem sempre são colocados em prática. Algumas coisas por falta de tempo e outras por exigirem investimentos que estão além do nosso alcance. A principal delas é apresentar o blog em um site de domínio próprio com um layout novo e mais agradável. Já era para ter acontecido há muito tempo, mas por um motivo ou outro ainda não rolou. É uma das prioridades para o futuro.
Tratando-se de investimentos e dinheiro, acho importante ressaltar que jamais ganhamos um centavo sequer com o ATM. Não foi por falta de oportunidades, já me ofereceram propostas envolvendo grana para escrever determinadas matérias, mas acabei recusando. É que uma vez que você aceite ser pago por uma matéria, não significa que você estará fazendo aquilo por vontade própria, mas sim pelo comprometimento e/ou necessidade. Logicamente, gostaria muito que o blog pudesse manter-se por si próprio e gerar uma renda para todos os envolvidos. Um dia, quem sabe, isso aconteça, mas jamais vai ser nosso foco. Fazemos isso tudo porque amamos esse gênero musical e queremos contribuir com a cena underground.
O ATM sempre apoiou e sempre apoiará bandas independentes, essa é a maior certeza que vocês podem ter em relação ao que produziremos no futuro. Algumas coisas vão mudar ao longo do segundo ano de atividades, isso é uma certeza. Mas as bandas que gostariam de divulgar seu trabalho em nossa página e, especialmente, aquelas que já tem uma parceria mútua com o blog, podem ter certeza que sempre podem ter seu espaço garantido em nossas postagens.
Para finalizar, gostaria de eu mesmo deixar algumas palavras com vocês...
(por favor não liguem para as olheiras e o cabelo desarrumada, virei a noite preparando os posts de hoje...)

Entrevista: Mlny Parsonz (ROYAL THUNDER)

segunda-feira, 2 de setembro de 2013


O Royal Thunder é uma banda formada em Atlanta no ano de 2004 apostando em uma proposta bem diferenciada com influências de Prog Rock e muita psicodelia. O grupo lançou seu primeiro EP autointitulado em 2010, rendendo um contrato com a gravadora Relapse Records. No ano passado lançaram seu primeiro full length, "CVI", projetando o nome para além das fronteiras estadunidenses e recebendo ótima repercussão por parte do público e da crítica. Tamanho reconhecimento fez a banda ganhar destaque em grandes veículos como Rolling Stones, Decibel e até mesmo uma indicação como Melhor Banda Underground na premiação da revista inglesa Metal Hammer. 

Em 2013, o grupo formado por Mlny Parsonz (baixo e vocal), Josh Weaver (guitarra) e Evan Diprima (bateria) decidiu regravar  três canções em formato acústico para um EP gratuito. É sobre o desafio de converter sua música para outro formato, o crescente reconhecimento da banda e vários outros assuntos que Mlny conversou com o All That Metal em uma entrevista muito divertida. Confira a conversa logo abaixo ao som do que o Royal Thunder faz de melhor! 



ALL THAT METAL: E aí pessoal, como vocês estão?
MLNY PARSONZ: Estamos ótimos! Obrigado por perguntar!

ATM: Royal Thunder continua crescendo dia após dia desde a excelente recepção de "CVI" em todo o mundo. Então, antes de mais nada, eu gostaria de saber de você: como você descreve a música que criaram nesse álbum?
MLNY: Nós gostamos de pensar nele como um progressive rock inspirado em nossas experiências de vida. Nós sempre deixamos a música chegar até nós e através de nós de uma maneira bem natural. É uma expressão que vem de nossas almas. 

ATM: Vocês foram indicados para a categoria Melhor Banda Underground no Metal Hammer Golden Gods Awards. O que isso representa para a banda?
MLNY: Estamos gratos por qualquer feedback positivo e nos sentimos honrados por ao menos ser considerados para algo como isso! Eu digo, nós só queremos tocar música e compartilhar com qualquer um que tenha interesse em escutar. Para cada um que tem interesse no que estamos fazendo, é uma grande honra e um privilégio concedido!

ATM: Vocês possivelmente notaram que após o Ghost tornar-se um grande sucesso, muitas bandas com influências dos anos 70 estão em destaque agora. Esse momento especial, somado ao seu grande talento trouxeram a banda até aqui. Considerando isso, você acredita que o Royal Thunder está no lugar certo no momento certo?
MLNY: Nós não estamos prestando atenção no que anda acontecendo, na verdade (risos). Mais poder para qualquer um que tem a oportunidade de ser bem sucedido e viver seus sonhos! Eu estou feliz por qualquer um que trabalha duro e atinge resultados positivos. Honestamente. Eu não sei se estamos em algum tipo de lugar? Ou qualquer tipo de época para essa questão. Estamos apenas aqui, sendo nós mesmos.

ATM: A maior parte de "CVI" tem uma vibe psicodélica com muitas influências de prog dos anos 70. Mas no meio disso tudo, você pode escutar "No Good", que é uma música grudenta bem diferente de todo o resto. Vocês sentiram que precisavam de uma canção como essa ou apenas surgiu naturalmente?
MLNY: Toda a música que fazemos é genuína, então sim, foi natural. Apenas deixamos rolar. 



ATM: Vocês recentemente gravaram algumas versões acústicas de canções de "CVI". Josh disse que foi um grande desafio para a banda, então conte-me mais sobre o processo de regravar essas faixas. Além do mais, quão importante foi a parceria com o produtor Joey Jones?
MLNY: Nós fomos para o estúdio sentindo-se bem intimidados, na verdade. Não tínhamos ideia de como representar um lado acústico dessas músicas!  Estávamos bem nervosos. Nós chegamos e apenas começamos a gravar. Foi tudo chegando pedaço por pedaço. Se não estivéssemos trabalhando com Joey Jones do Aria Studios, não teríamos alcançado os mesmos resultados. Joey está com a gente desde o início como um amigo e produtor/engenheiro de som. Ele é realmente o quarto integrante do Royal Thunder. Nós temos uma relação de trabalho única que tem uma incrível energia criativa. Sempre trabalhamos bem com o incrível e talentoso Joey Jones. Somos realmente gratos por ter ele como parceiro em tudo isso. 

ATM: Certamente, um dos elementos mais impressionantes no Royal Thunder é o seu vocal totalmente único! Então eu gostaria de saber como você desenvolveu esse tipo de técnica e suas principais influências, Mlny?
MLNY: Não posso te agradecer o suficiente. Muito gentil da sua parte. Honestamente, eu tenho passado algumas dificuldades com a minha voz ao longo dos anos e eu nunca fui muito segura de mim mesma como vocalista. Eu continuo batalhando e eu tenho que trabalhar duro para ser capaz de fazer o que eu faço. Eu não tenho ideia do que estou fazendo (risos). Verdade. Eu só tento dar o meu máximo e deixo minha alma expressar-se por si própria. Minha influência é na verdade... conectar-se a algo de outro mundo e interagir com isso, enquanto eu canto. Eu quero me conectar e com sorte levar todos que estão escutando, comigo, conosco. Eu não quero ser ninguém além de mim mesma como vocalista. Quero sempre manter essa mentalidade e permanecer verdadeira para mim mesma. Novamente, obrigada pelas palavras gentis. 

ATM: Preciso te falar isso: cada vez que escuto ao "CVI" com fones de ouvidos é uma grande jornada através das camadas das músicas. Esse tipo de som evoluiu durante o processo de mixagem ou era algo planejado desde o começo?
MLNY: Nada disso foi planejado. Isso foi tudo Joey e suas ideias criativas. Ele tem um ouvido para tons e música... realmente, ele é um gênio e ele fica empolgado com isso. Ele está sempre tentando algo novo e aparecendo com pequenos truques aqui e ali. 

ATM: Você já disse que as letras vem de imagens criadas pelas canções. E definitivamente podemos ver isso nas letras. Então qual foi a visão mais estranha que você já teve de alguma canção?
MLNY: Eu tenho muitas visões diferentes para as canções. Quando eu comecei a tocar as músicas e eu finalmente tive elas instrumentalmente prontas então eu comecei a me abrir para as canções e deixa-las falar por mim. Isso foi quando as visões começaram a fluir. Memórias, comunicações abstratas do reino dos espíritos, o que quer que chegue para mim, estou aberta e tento escutar. Até onde eu consigo ver? Isso é muito pessoal. Eu posso apenas esperar que alguém escutando pode ao menos sentir onde eu estou, sabe?

ATM: Ainda considerando o efeito visual de suas músicas, é realmente fácil de imaginar algumas delas na trilha sonora de um filme. Qual filme poderia encaixar-se perfeitamente como uma canção do Royal Thunder?
MLNY: Hmmmmm. 

ATM: Passo a passo, o Royal Thunder está sendo reconhecido no mundo inteiro. Eu gostaria que vocês falassem para os nossos leitores brasileiros: por que eles devem escutar o Royal Thunder (além do fato óbvio de que a banda é sensacional, em minha opinião)?
MLNY: Não poderíamos ser mais agradecidos por ser capazes de compartilhar nossa música com todo mundo. Nós amamos o que fazemos e nós lutamos para sermos nós mesmos e não seguir alguém ou algo. Vamos sempre permanecer humildes e agradecidos. Dito isso, nós adoramos encontrar nossos fãs e estamos sempre prontas para ter um drink e uma conversa. Quando chegarmos no Brasil, vamos fazer isso! Obrigado a todos que nos apoiam e acreditam em nós! We just wanna rock!


ATM: Que bandas você tem escutado ultimamente? Não importa que gênero é...
MLNY: The National, The Cult, Type O Negative, ASG, Caltrop...

ATM: Obrigado pela sua atenção! Acredite, um dia esta banda vai ser gigante, vocês chegarão no Brasil e eu vou perseguir você para lembrá-la dessa entrevista (risos). Por favor, deixe uma mensagem para seus fãs no mundo inteiro. 
MLNY: Novamente, você é muito gentil! Obrigado. Quanto aos fãs, sem seu apoio nós não conseguiríamos e seríamos capazes de compartilhar isso da maneira que estamos sendo capazes de fazer. Vocês não fazem ideia do que sua energia positiva e apoio
fazem para nós como músicos. Quando vocês vão aos shows e compartilham esse amor com as bandas que vocês amam, vocês fazem tudo valer a pena naquele único momento. Não posso esperar para ver todas vocês pessoas lindas do Brasil um dia! 


30 álbuns lançados em 2003

quarta-feira, 5 de junho de 2013


O site Metal Sucks fez uma lista muito interessante com o intuito de fazer seus leitores sentirem-se velhos. A página listou 30 álbuns que foram lançados no ano de 2003, ou seja, trabalhos que completam 10 anos desde seu lançamento. Tem bandas de todos os subgêneros do Rock/Metal pela lista, como Iron Maiden, Cradle Of Filth, Children Of Bodom, Arch Enemy, Strapping Young Lad, The Darkness, HIM e até mesmo o Velvet Revolver quando a banda não tinha nem um nome. 
De minha parte, posso afirmar que o Metal Sucks alcançou seu objetivo, realmente me senti muito velho só de pensar que li entrevistas com quase todas essas bandas na Rock Brigade, todas falando sobre os lançamentos desses registros. Confira a lista abaixo e diga se você também sentiu isso.