Texto por Tiago Alano
Fotos por Martha Buzin
O fim de semana passado foi uma verdadeira benção aos fãs de Metal do Rio Grande do Sul. Após o show memorável do Deicide em São Leopoldo no dia 24, chegou a vez de conferir o Revamp em uma fria noite de domingo no Bull Pub. A banda capitaneada pela vocalista Floor Jansen aportou em terras gaúchas com o evento sob a produção da Cronos Entertainment, sendo esse o primeiro show realizado pela produtora em Porto Alegre.
Desnecessário falar, mas todas as atenções estavam voltadas a Floor. A casa podia não estar cheia, mas quem estava lá eram os verdadeiros fãs da banda, não apenas observadores casuais da carreira renomada da vocalista holandesa. A própria sonoridade do ReVamp difere-se muito dos outros trabalhos que elevaram a voz de Floor a uma das mais conhecidas da cena mundial. Afinação baixa, variações rítmicas, influências de Prog e até mesmo Djent. Isso é o Revamp, algo muito além do que escutamos no After Forever e na mais recente empreitada de Floor como frontwoman, o gigante Nightwish.
Devido aos atrasos na agenda da banda, houve uma inversão na ordem das apresentações, com o Revamp tocando antes da banda convidada para fazer a abertura, os cariocas do Revengin. Divulgando seu mais recente álbum, o excelente "Wild Card", o Revamp deu início aos trabalhos com as duas faixas que abrem o disco: "The Anatomy Of A Nervous Breakdown: On The Sideline" e "The Anatomy Of A Nervous Breakdown: The Limbic System". Duas canções com muito poder e peso, perfeitas para começar a apresentação e realmente eficazes para levantar o público logo de cara.
Ao contrário do que foi relatado na noite anterior em Curitiba, Floor Jansen esbanjava simpatia. Brincou com o público, deu risada e mostrava-se realmente contente em estar no palco. Ouso dizer que fazia muito tempo que não via uma banda com tanta vontade de tocar. O guitarrista Arjan Rijnen dá um show à parte, um músico com grande presença de palco e técnica, por várias vezes ficava na volta do baterista Matthias Landes segurando seus pratos e dando muitas gargalhadas. O tempo inteiro é possível notar que os integrantes do Revamp gostam muito do que fazem, não são músicos que fazem uma mera apresentação fria e padronizada.
Fotos por Martha Buzin
O fim de semana passado foi uma verdadeira benção aos fãs de Metal do Rio Grande do Sul. Após o show memorável do Deicide em São Leopoldo no dia 24, chegou a vez de conferir o Revamp em uma fria noite de domingo no Bull Pub. A banda capitaneada pela vocalista Floor Jansen aportou em terras gaúchas com o evento sob a produção da Cronos Entertainment, sendo esse o primeiro show realizado pela produtora em Porto Alegre.
Desnecessário falar, mas todas as atenções estavam voltadas a Floor. A casa podia não estar cheia, mas quem estava lá eram os verdadeiros fãs da banda, não apenas observadores casuais da carreira renomada da vocalista holandesa. A própria sonoridade do ReVamp difere-se muito dos outros trabalhos que elevaram a voz de Floor a uma das mais conhecidas da cena mundial. Afinação baixa, variações rítmicas, influências de Prog e até mesmo Djent. Isso é o Revamp, algo muito além do que escutamos no After Forever e na mais recente empreitada de Floor como frontwoman, o gigante Nightwish.
Devido aos atrasos na agenda da banda, houve uma inversão na ordem das apresentações, com o Revamp tocando antes da banda convidada para fazer a abertura, os cariocas do Revengin. Divulgando seu mais recente álbum, o excelente "Wild Card", o Revamp deu início aos trabalhos com as duas faixas que abrem o disco: "The Anatomy Of A Nervous Breakdown: On The Sideline" e "The Anatomy Of A Nervous Breakdown: The Limbic System". Duas canções com muito poder e peso, perfeitas para começar a apresentação e realmente eficazes para levantar o público logo de cara.
Ao contrário do que foi relatado na noite anterior em Curitiba, Floor Jansen esbanjava simpatia. Brincou com o público, deu risada e mostrava-se realmente contente em estar no palco. Ouso dizer que fazia muito tempo que não via uma banda com tanta vontade de tocar. O guitarrista Arjan Rijnen dá um show à parte, um músico com grande presença de palco e técnica, por várias vezes ficava na volta do baterista Matthias Landes segurando seus pratos e dando muitas gargalhadas. O tempo inteiro é possível notar que os integrantes do Revamp gostam muito do que fazem, não são músicos que fazem uma mera apresentação fria e padronizada.
A banda apresentou um set que cobriu muito bem seus dois álbuns de estúdio, contando com as principais faixas de ambos. "Wild Card" foi muito bem representado com a faixa-título e outras excelentes canções, como "Precibus" e a magnífica "Distorted Lullabies". Em "Kill Me With Silence", do primeiro disco autointitulado, temos uma boa amostra do que é o som da banda, com muitas mudanças do clima da música, ressaltando também a versatilidade da voz de Floor. Ainda do primeiro álbum a banda apresentou a belíssima "Sweet Curse", uma balada de extremo bom gosto que emocionou os fãs.
"Here's My Hell" trouxe outro dos momentos mais empolgantes da noite, particularmente uma de minhas favoritas da banda, seguida pela pesada "Head Up High". Mas o ápice ainda estava por vir: Floor anuncia que a próxima era uma canção gravada com um certo canadense chamado Devin Townsend, "The Anatomy Of A Nervous Breakdown'- Neurasthenia". Quem acompanha o programa do All That Metal na Rádio Putzgrila sabe que para nós acima do Deus Metal está somente Devin Townsend, então imaginem a empolgação que tomou conta deste que vos escreve. Mas a banda ficaria ainda mais empolgada com uma surpresa: um grupo de fãs estava com papéis nos quais estava escrito "Let your demons dance", todos erguidos no trecho da música que contém esse verso. Impagável o rosto dos músicos ao verem tal cena! Floor agradeceu muito aos fãs ao final da música e tirou uma foto que foi parar em seu Instagram.
O fim da primeira parte do show foi com "Wolf And Dog", outra faixa do disco mais recente, contendo riffs que remetem muito ao Meshuggah. A banda ainda retornou ao palco para o bis, que teve direito a uma música muito especial: "Energize Me", um dos maiores hits do After Forever. As paredes do Bull Pub tremeram! Fecharam com "In Sickness 'Till Death Do Us Part - Disgraced" após um set list longo que pareceu ter sido executado em menos de meia hora de tão agradável que foi. Como a própria Floor falou, sinal de que aproveitamos bem, nos divertimos e não percebemos o tempo passar. Se dependesse de mim, poderiam repetir todo o set de novo.
Como foi dito no início do texto, a banda carioca Revengin ficou com a difícil tarefa de tocar após o Revamp. Infelizmente, o público ficou bem reduzido, pois muitos precisaram ir embora por motivos diversos (deslocamento, viagem, trabalho de segunda-feira), outros estavam envolvidos com o Meet & Greet com o Revamp e os demais talvez não tenham respeito pelas bandas nacionais. A banda tocou algumas músicas do seu primeiro álbum, "Cymatics", canções bem construídas e que fogem dos clichês que assolam o Symphonic Metal hoje em dia. Impossível não destacar o baterista Hugo Bhering, literalmente um monstro das baquetas! Espero conferir novamente a banda em uma oportunidade melhor, pois problemas técnicos também prejudicaram a performance do grupo carioca.
O saldo final foi realmente positivo, uma pena a casa não estar lotada, mas isso deu um ar mais intimista e a banda fez um dos melhores shows que a capital gaúcha assistiu nos últimos meses. Quem perdeu deve lamentar muito por isso. Mesmo com os contratempos, o pessoal da Cronos Entertainment está de parabéns pelo profissionalismo e por manter uma comunicação aberta com o público local. Esperamos que retornem com novas atrações em breve!