Arkona em Porto Alegre: vídeo exclusivo do All That Metal

sábado, 21 de dezembro de 2013


Como é do conhecimento geral, o Arkona realizou uma apresentação no Beco203, em Porto Alegre, no último dia 2 de dezembro. Publicamos um review com uma galeria de fotos que você pode conferir clicando aqui. E, conforme o prometido em nossa fanpage, agora trazemos um vídeo com cenas exclusivas. Temos alguns momentos dos shows, depoimentos dos fãs e registramos até mesmo o momento do wall of death. 

Até o momento, só quem escreveu sobre o show foi a Paola ao escrever seu review, mas também gostaria de compartilhar minhas palavras. Sai realmente surpreso do Beco naquela noite, já era fã da banda e passei a curtir ainda mais depois do show. Inclusive, já estamos preparando nossas listas de melhores do ano e fiz questão de incluir o Arkona entre os melhores shows que pude assistir esse ano. Tudo que passou pela minha cabeça durante o solo de gaita de fole de Vladimir "Wolf" Reshetnikov é o quanto amo esse gênero musical, o único no mundo onde um solo do gênero gera um circle pit na pista. Fechamos com chave de ouro as coberturas de shows do ATM em 2013.

Sem mais delongas, fiquem com o nosso mini-documentário desenvolvido em parceria com a Rádio Putzgrila e a Abstratti Produtora. 

CA$H 4 GIG, é você que financia essa merda!

terça-feira, 3 de dezembro de 2013


Um aviso: este post pode ser ofensivo e não é destinado aos Undergrounds de Facebook, portanto, se tu acreditas que Krisiun é a única banda de qualidade de metal no Rio Grande do Sul, passa boa parte do tempo procurando a banda mais desconhecida de Death Metal do Casaquistão para compartilhar o link do Youtube no seu Facebook e acredita que um colete repleto de patches e algumas fotos com uma coleção de álbuns fazem de você um verdadeiro headbanguer, feche agora este post e volte para a Encyclopaedia Metallum procurar bandas longes do seu país para venerar.

Recentemente o All That Metal lançou uma campanha irônica, a CA$H 4 GIG, uma forma para incentivar vocês, fãs de metal, a pagarem para as suas bandas preferidas locais serem as bandas de abertura de shows internacionais. O por quê?
Talvez nem todos saibam, mas se instaurou na capital (e talvez somente na capital por, mesmo não sendo a única, ser uma das poucas cidades gaúchas a receberem shows internacionais) uma política entre as produtoras locais de selecionar a banda de abertura de acordo com vínculo financeiro emocional da mesma com a banda de fora. Isto porque, o valor cobrado pelas produtoras para que determinado grupo “abra”, na maioria das vezes passa dos mil reais.
Convenhamos que ter uma banda não é barato: instrumentos (sem contar a reposição de cordas, baquetas, palhetas, peles e etc), estúdio de ensaio, locomoção, produção e muitos outros gastos.
O que antes era um motivo de orgulho para a banda e seus fãs, de poderem abrir para um show gringo e ganhar visibilidade em virtude de sua qualidade, hoje se tornou apenas mais um filtro que separa bandas com condições financeiras de pagar pelo seu “reconhecimento” das que lutam para sobreviver no cenário independente. Em resumo, nós somos contra o valor cobrado pelas produtoras de Porto Alegre de bandas independentes para que essas façam o show de abertura de bandas de fora (e até mesmo algumas bandas nacionais mais conhecidas).

Na verdade, o nosso intuito com a CA$H 4 GIG era apenas chamar atenção para o que está acontecendo, até porque ela não foi planejada e nem mesmo é uma campanha de fato. Porém, por mais sarcásticos que tenhamos sido ao falar sobre isso em um post inocente no Facebook, nós fomos supostamente censurados.
O cartaz da Campanha em questão foi compartilhado na nossa página do Facebook e fazia referência ao assunto que seria tratado no programa que vai ao ar pela Rádio Putz Grila. Após ele “sumir”, o Tiago Alano o compartilhou na página pessoal e se mantém lá até hoje.


O programa na íntegra pode ser ouvido clicando aqui.

Tentamos compreender o lado de quem pratica essa cobrança, mas ficou ainda mais complicado quando o Lucas Queiroz procurou determinada produtora e o máximo de resposta que obteve foi uma visualização na caixa de mensagem do Facebook (mas deixamos o espaço aqui aberto caso algum produtor queira se manifestar).

Falo por experiência própria: não é fácil e muito menos barato organizar um festival. Já organizei alguns na minha vida, nunca recebi reclamações de quem compareceu, mas um dos fatores que me fez desistir disso (além dos prejuízos que levei) foi o fato de não ter tempo hábil para conseguir patrocinadores e ajudar as bandas que tocavam no meu evento como eu queria. Fazia a coisa realmente por amor a camiseta preta, porque a única recompensa que obtive nas tentativas de fazer algo para contribuir com a cena no interior do estado foram alguns saldos negativos na conta e os inúmeros amigos que fiz nestes anos.

Compreendemos também que, se elas praticam isso, é porque há músicos que pagam. É claro que grande parte das bandas que fazem isso são de extrema qualidade e não tiramos o mérito disto, mas é necessário reconhecer que essa atitude prejudica (e muito!) as demais bandas, além de colaborar para que casos assim continuem acontecendo. É inviável que pagando valores exorbitantes para tocar uma banda consiga sobreviver de música, até porque hoje, nos tempos de download rápido, é em shows que músicos tiram seu sustento, visto que a venda de mídias é a cada ano menor.

Mas se a “culpa” é das produtoras e dos músicos e se ambos estão satisfeitos assim, por que nós estamos falando sobre isso?
Acreditem, quem trabalha com a imprensa no underground não recebe nada além de algumas entradas gratuitas para shows. Ainda assim, estamos sempre preocupados em anotar tudo, fotografar e dar atenção aos detalhes para então exercermos nosso ofício. Portanto, mesmo que não seja da nossa alçada mudar algo neste contexto, é inevitável que para nós (alguns músicos, outros apenas ouvintes) do All That Metal isso tudo não represente uma cena lamentável e triste. Todas as nossas ações, que vão desde investir em equipamento até procurar parcerias em outros meios de comunicação é com o intuito de ajudar a cena independente e contribuir da nossa forma com as bandas que nós apoiamos. É por isso que, na tentativa de mudar essa situação, estamos aqui apresentando os fatos àqueles que ainda realmente podem mudar isso: o público!

Quer apoiar a cena? Vá em shows, pague pelos ingressos, mostre que realmente tem interesse em ver as bandas que são daqui e principalmente, CONHEÇA as bandas do seu estado! Neste ano, inúmeras bandas gaúchas lançaram trabalhos que não perdem em nada de qualidade para bandas gringas, é o caso do álbum Die in Hands of Believers (banda Hate Handles), Killing the image of your god (Dyingbreed) e A New Beginning (Prophajnt) todos já mencionados em posts passados do All That Metal. "We thrive on what's stronger than most of the world!"

Review de show: Arkona (Beco203, Porto Alegre, 02/12/2013)


Texto: Paola Rebelo
Fotos: Tiago Alano e Paola Rebelo

Na noite de ontem (2/12), Porto Alegre recebeu pela segunda vez um dos maiores expoentes do folk/pagan metal internacional. O grupo russo Arkona se apresentou no Beco 203, em um evento organizado pela Abstratti Produtora. O show havia sido originalmente marcado para a quinta-feira, porém teve de ser adiado devido a complicações da viagem do Chile ao Brasil.

As portas da casa se abriram dez minutos antes das 21h, o horário marcado, porém a banda só subiu ao palco cerca de meia hora depois, após a introdução instrumental "Az'". A teatralidade da banda se mostrou presente em todos elementos do espetáculo que haviam preparado para aquela noite, desde o figurino medievalesco e os instrumentos folclóricos até a exótica interpretação que a vocalista Masha "Scream" Archipova depositava nas canções.

A música escolhida para abrir o espetáculo foi "Arkaim", do último álbum de estúdio do grupo, Slovo (2011). Desde o início do show, todos os membros do Arkona demonstraram grande energia e entusiasmo, e souberam proporcionar os momentos melodiosos, brutais e de interação com a plateia sem jamais sair dos papéis que eles criaram para a temática proposta. Os russos provaram para a capital gaúcha que, muito mais do que boas músicas, o profissionalismo de uma banda caminha lado a lado com o modo como ela se porta perante seus fãs.


O show seguiu com "Ot Serdtsa k Nebu" e "Goi, Rode, Goi!" cujo idioma, assim como a maior parte das músicas tocadas durante a noite, não impediu que o público cantasse junto com Masha os refrões. Durante todo o show, o fato de a banda não saber falar inglês não a impediu de incitar os metaleiros que enchiam o Beco 203 a pularem e cantarem mais alto, em russo, inglês e até mesmo português.

Após as faixas "Zakliatie" e "Pamiat", respectivamente pertencentes aos álbuns Slovo (2011) e Goi, Rode, Goi! (2009), a vocalista anunciou que a próxima se tratava de uma música fria, que nada mais era do que a canção homônima ao nome da banda, cujo significado remete ao último castelo-cidade pagão dos povos eslavos. Uma das coisas que mais chama atenção no Arkona é o fato de todos os seus integrantes serem multi-instrumentistas. Além dos vocais limpos e guturais, Masha ajudou na percussão de algumas músicas, enquanto Sergey "Lasar" assumiu as guitarras e a balalaica e o baixista Ruslan "Kniaz" também tomou o papel de flautista. Vladimir "Artist" Sokolov, por sua vez, se restringiu as suas baquetas.

No entanto, depois da performance das canções "Slav'sja, Rus'!" e "Kolo Navi", quem conseguiu roubar a cena foi ninguém menos do que Vladimir "Volk" Reshetnikov. O responsável pelos instrumentos de sopro étnicos chamou a atenção do público com seu incrível solo de gaita de fole que, sem qualquer auxílio de guitarras ou distorções, pertencia legitimamente a um show de metal. A maior prova disso foi ver o primeiro mosh pit da noite se formar durante o solo de Vladimir.


Um dos momentos que marcaram a noite foi quando a incansável e feroz Masha começou a incentivar os fãs a formarem um wall of death no meio do limitado espaço do local do show. O engraçado é que ele acabou se formando em um dos momentos mais leves do show, em que o peso do metal era abrandado pela essência folclórica dos instrumentos étnicos e a banda pulava uma dança estranha e alegre no palco enquanto assistia seus fãs se jogando uns nos outros em frente ao palco.

O show continuou com "Maslenitsa", "Po Syroi Zemle", "Stenka na Stenku" e, finalmente se encerrou com "Yarilo", um dos maiores sucessos de Arkona, e "Kupala i Kostroma". Sem bis, a banda deixou o palco por volta das 22h30. Apesar de o show ter sido bastante curto, com apenas 14 músicas, os fãs de folk metal do Rio Grande do Sul tiveram uma noite memorável. A remarcação da data do show, o atraso e o tempo que ele durou nada significou para os fãs de Arkona, que deixaram o beco exaustos e satisfeitos.

Confira a galeria de imagens exclusivas do All That Metal/Rádio Putzgrila:

All That Metal na Rádio Putzgrila!

terça-feira, 5 de novembro de 2013


A ideia surgiu, foi crescendo, pessoal da rádio e público tomaram conhecimento, todos curtiram e agora estamos oficializando o que muitas já sabiam:

O All That Metal passa a ser um programa da Rádio Putzgrila!

É isso mesmo, meus caros! De hoje em diante, deixamos de ser mais um blog sobre Metal e seus subgêneros para levantar a bandeira da música pesada em uma das maiores rádio web do país! O programa será veiculado todas as quintas-feiras, das 17 às 19h, e vai trazer muitas novidades, entrevistas e lançamentos, além de manter nossa tradição em apresentar ao público o que temos de melhor na cena nacional.

Como surgiu a ideia?

A Putzgrila sempre foi 100% dedicada ao Rock'n'Roll, construindo um público fiel de ouvintes que acompanham a rádio diariamente, vide seus recém alcançados 11 mil likes na fanpage do Facebook. Tive a honra de juntar-me a essa brilhante equipe em junho passado, a convite de minha grande amiga Carol Bijl, para apresentar o Groovypedia Studio Live (na época ainda chamada New Kidz On Dead Rock) ao lado de Ana Beise. O programa, como muitos sabem, é totalmente voltado para bandas independentes e através dele levei ao público uma série de bandas do nosso underground. 

Com o tempo, acabei percebendo que um programa totalmente voltado para o Heavy Metal e suas vertentes mais pesadas estava faltando na programação da rádio. Depois de dois ensaios para o programa que está prestes a estrear, com um especial anos 80 no Dia Mundial do Rock e um especial do Black Sabbath um dia antes da apresentação em Porto Alegre, decidi que agora é o momento ideal para lançar o programa. E cá estou, oficializando o projeto para todos vocês. 

O que vai ter no programa?

O All That Metal na Rádio Putzgrila será apresentado por mim mesmo com a constante participação de outros colaboradores do blog. Na estreia do dia 7 de novembro vai ser o Lucas Queiroz, da coluna Six Strings Lovers, que vai me acompanhar, e na semana seguinte vamos ter também a Paola Rebelo.

Todo programa vai ter um bloco inicial com novidades e lançamentos recentes, que será posteriormente seguido do nosso bloco nacional que apresentará desde bandas renomadas do cenário tupiniquim até nomes que recém estão começando a aparecer. TODOS tem espaço no All That Metal, não temos restrições: pode ser banda de Death, Power, Black, Viking, Doom... tanto faz! Dentro da medida do possível, tentaremos atender a todos os gostos. 

Periodicamente, também vamos ter programas especiais e entrevistas com bandas que serão anunciadas em breve. Para o primeiro programa vai rolar um bloco especial com trabalhos de destaque lançados em 2013, além de um bloco de aquecimento para o show que Yngwie Malmsteen realizará na capital gaúcha próximo sábado.

Parceiros

Levar o ATM para a Putzgrila é elevar nosso padrão de qualidade para um nível bem maior. Mas o orgulho disso tudo não está na realização pessoal, e sim na honra que é trazer nosso gênero musical favorito para um veículo desse porte. Sempre acreditei que a união entre bandas, imprensa e fãs é que faz a diferença para o crescimento da cena, e é por isso que faço questão de destacar quem está apoiando essa empreitada:


Tem uma banda e quer divulgar seu trabalho? Quer ser também um parceiro do ATM?
Entre em contato: allthatmetal@gmail.com

Lembrando: All That Metal começa quinta-feira sua odisseia na Rádio Putzgrila!
Quando: todas as quintas-feiras
Horário: 17h
Perdi o programa, o que faço? No dia seguinte ele estará disponível para download em nossa fanpage do facebook!

Rosa Tattooada: detalhes do show de 25 anos no Opinião

quinta-feira, 17 de outubro de 2013


Uma das maiores bandas de Rock'n'Roll do país estará celebrando seus 25 anos de carreira no próximo domingo, 20 de outubro, o Rosa Tattooada. Nada mais justo do que fazer a festa com os fãs no Bar Opinião, apresentando um repertório composto de 25 faixas de todas as épocas da banda e presença de convidados especiais. Como se não bastasse, a banda ainda está lançando seu novo disco de estúdio, batizado como "XXV", mais uma referência ao 1/4 de século completado pelo grupo de Jacques Maciel (vocal/guitarra), Valdi Dalla Rosa (baixo/vocal) e Dalis Trugillo (bateria).

O Rosa Tattooada é uma banda que já nasceu predestinada a fazer história no rock nacional, dando início as suas atividades ao abrir shows do grupo Os Cascavelletes, em 1988, outra lenda de nossa cena. Ao longo dos anos, a banda passou por várias mudanças: troca de integrantes, mudança de gravadora, etc. Mas a qualidade de sua música manteve-se e o Rosa Tattooada firmou-se entre os grandes nomes brasileiros com sua longevidade e dedicação ao Rock'n'Roll.

O trabalho mais recente mostra o bom e velho Rosa Tattooada em plena forma, agradando sua legião de fãs devotos. Desde a primeira nota de guitarra de "Rezar Não Vai Te Livrar Do Fim" até o final com a já clássica "Rock And Roll Até Morrer" você escuta um trabalho de qualidade primorosa, a mais pura essência do que o gênero sempre foi. É isso mesmo, o Rosa Tattooada continua sendo uma banda relevante após 25 anos de carreira, coisa que poucos alcançam.

Confira os detalhes do show no Opinião:

Show: Rosa Tattooada - 25 Anos
Abertura: Diablo Fuck Show
Data: 20 de Outubro, domingo
Horário: 20hs
Local: Bar Opinião
Apoio: Estudio Gorila
Promoção: Ipanema FM

Ingressos:
Antecipados - R$ 25

Pontos de venda:
- A Place - Rua Voluntários da Pátria, 294/Loja 150
- Zeppelin - Rua Marechal Floriano, 185/Loja 209
- Heaven & Hell - Rua General Vitorino, 140/Loja 201
- Good Music - Rua Coronel Vicente, 397

Na hora - R$ 35,

Produção: Good Music Produtora
51 - 32 12 16 33

Confira também "XXV" na íntegra, disponibilizado pela banda no You Tube:


Dark City dia 19 de outubro em Pelotas

quarta-feira, 16 de outubro de 2013


Dark City Cyber Edition 4, a maior festa dark da região, é sábado dia 19 às 23h no Wong Bar (Álvaro Chaves esq. Benjamin Constant) em Pelotas. No palco, a banda Euphorbia, de Porto Alegre e os DJ’s Vampy, Tenebrum e Paulo Momento. A banda portoalegrense Spleenful estará fazendo o pré-lançamento do EP “Bittersweet” e a estreia de sua exclusiva marca de absinto, o Spleenful Absinthe, produzido em parceria com a marca Berço de Fada. No bar, promoção de cerveja e o famoso “Alimento” (a bebida oficial da Dark City) em quantidade limitadíssima! Ingressos no local a R$ 10,00 até a 1h. 

CLIQUE AQUI para todas as informações sobre o evento.

Segundo o idealizador do evento, o DJ Paulo Momento: "A Dark City teve suas primeiras edições em 2002, quando a cena gótica era mais forte em Pelotas. Não havia então nenhum evento voltado ao estilo na região, apenas na Capital. A festa foi moldando sua identidade ao longo dos anos, vindo a focar mais no trabalho dos dj's (visto que a cena para bandas sempre foi forte) e incorporando novas tendências e estilos musicais, a exemplo do que vinha ocorrendo mundialmente. Parcerias com outros eventos gaúchos na mesma linha foram surgindo, assim como um intercâmbio de dj's, o que veio a criar uma cena e incentivar o surgimento de uma cena local, com novos dj's e um público cativo. O selo "Cyber Edition" quer dizer que o evento é totalmente voltado ao Dark Electro, EBM e Industrial, visto que as edições "normais" da festa também englobam o Gothic Rock, Gothic Metal, Metal Industrial, Synth Pop, Darkwave, Post Punk e outros estilos, sem nunca fugir da temática Dark/Gótica."

Paulo Momento
Ele ainda completa sobre a importância do evento para a cena local: "Como a cena em Pelotas é pequena, o público da Dark City é praticamente o mesmo dos eventos de Metal e outros eventos Underground em geral. Não temos um público tão específico como em grandes centros se pode ver. Mas isto não fez com que nos moldássemos ao gosto da maioria, pelo contrário, procuramos insistir e investir naquilo que curtimos e acreditamos, e essa sinceridade acabou fazendo com que muitos viessem a gostar, ou pelo menos aceitar os estilos com os quais trabalhamos. Com isso sempre há bandas e dj's de fora da cidade querendo participar da Dark City, e convidando nossos dj's para tocar em outros eventos também. Nas últimas edições, sempre tem vindo excursões de outras cidades. O evento vem ganhando cada vez mais prestígio fora de Pelotas."


Vampy

Tenebrum

Sobre o Euphorbia, Paulo comenta: "O projeto Euphorbia já tocou uma vez na Dark City, na edição comemorativa de dez anos, que foi uma das melhores. Devido à grande aceitação por parte do público e interesse da banda em voltar, estamos trazendo-os mais uma vez para botar a casa abaixo."

A banda Spleenful está prestes a lançar seu EP de estreia, batizado como "Bittersweet", e escolheu o evento como ponto de partida para apresentar sua música ao mundo. O grupo recentemente conseguiu destaque não apenas na mídia nacional, como também em sites internacionais, como no Metal Underground, site americano de 30 mil leitores, onde o nome Spleenful desbancou o Motörhead nos hot topics do site. Além do mais, o grupo ainda recebeu uma série de elogios de Lindsay Schoolcraft, tecladista/backing vocal do Cradle Of Filth.  "A parceria com a banda Spleenful foi providencial! Se engajaram de uma tal maneira que parece que a festa é deles. E na verdade, não deixa de ser. Por uma proximidade de estilos e uma identificação da banda com a proposta da Dark City, foi natural a vontade de lançarem o seu EP, no qual tão avidamente vêm trabalhando, neste evento. De quebra já trazem na bagagem o exclusivo Spleenful Absinthe, marca de absinto da banda, o qual não vejo a hora de experimentar!" - nas palavras de Paulo.

O grupo disponibilizou no último dia 30 de setembro o primeiro single extraído do EP, com a faixa "Absinthe Love Affairs". Nas palavras do vocalista Tiago Alano: "durante o processo de gravação do EP, começamos a pensar que algumas bandas possuem marcas de cerveja, ou vinho, ou mesmo whisky... então por que não criarmos nossa própria marca de absinto?!" - e assim foi feito através de uma parceria criada com Marcio Luiz Gerhardt, produtor de absintos artesanais na cidade de Sapiranga, vendidos sob o nome Berço de Fada. Foi assim que surgiu o Berço de Fada - Spleenful Absinthe. 



O vocalista ainda completa comentando: "não poderíamos achar um lugar um melhor para fazer mostrar nossa música pela primeira vez. Tenho grandes amigos que estarão presentes e para mim é um grande orgulho apresentar as canções que trabalhamos duro para criar, fora o fato de que ainda será no dia do meu aniversário. Melhor impossível! Obviamente, sou totalmente suspeito para falar sobre isso, mas acredito que o Spleenful é uma banda bem diferente, tanto musicalmente quanto na parte lírica. As músicas alternam entre momentos realmente pesados e outros mais sombrios, tem elementos de Gothic, Black, Prog... para dar vida a essa sonoridade macabra surgiram as letras que são baseadas na literatura do século XIX. Ou seja, se vocês fazem questão de dar um rótulo a nossa banda chamem de 'Ultra-Romantic Metal', 'Byronic Metal' ou qualquer coisa que remete a esse período histórico (risos)."

Você pode conferir o lyric video de "Absinthe Love Affairs" logo abaixo. E que venha a Dark City!


Entrevista: ANEUROSE (Wallace Almeida)

segunda-feira, 14 de outubro de 2013


por Caio Botrel

O músico e compositor Wallace Almeida, vocalista da banda Aneurose, nos conta nesta entrevista grandes histórias desde o começo da banda até os dias de hoje quando lançaram o mais novo CD, chamado "From Hell". A banda está trilhando caminhos bem recompensadores e estão ganhando cada vez mais espaço no Brasil e fora do país. Wallace nos conta também algumas histórias engraçadas da banda e dá algumas dicas para os músicos que querem tocar em uma banda profissional.

ALL THAT METAL: Como e quando surgiu o Aneurose?
WALLACE ALMEIDA:
A banda surgiu em meados de 2002, havia me mudado recentemente para Lavras e estava tentando montar uma banda. O Deus do rock ajudou, neste dia encontrei com Sávio, e dois amigos dele. Eram uma banda em busca de um vocalista, fizemos o primeiro ensaio uma semana depois e foi animal!

ATM: A banda existe há 11 anos, neste período, como foi o caminho trilhado pela banda até chegarem no mais novo CD intitulado ''From Hell''?
ALMEIDA:
São onze anos de muito rock, suor, aprendizado e investimento. Tivemos algumas experiências gravando fitas e CD demo. Nosso foco era fazer shows, detonar em cima do palco e até hoje uma das nossas características principais é essa energia. Tivemos uma pausa de 2 ou 3 anos e voltamos em 2011, refizemos todo o repertório, trabalhamos nas músicas antigas e fizemos novas com o propósito de gravar nosso primeiro disco, queríamos algo que soasse “gringo”.

ATM: A produção do novo álbum ficou a cargo de Gustavo Monsanto, como foi a experiência de trabalhar com um músico e produtor renomado?
ALMEIDA:
O Gus é um cara fantástico. Apesar de toda capacidade artística ele é uma pessoa simples, que não tem frescura. A parceria deu certo logo de cara, quando nos reunimos para viabilizar o negócio, daí em diante foi muito trabalho e suor. Passamos a semana de carnaval inteira no Rio de Janeiro gravando com ele e com Marcelo Oliveira, nosso outro produtor que também deu um show de conhecimento, esses caras tem o dom pra coisa.

ATM: Como é feito o processo de composição do Aneurose?
ALMEIDA:
Geralmente algum integrante tem uma ideia leva pro nosso estúdio e lá a gente trabalha todo mundo junto, depois disso faço uma letra e fazemos o encaixe. Nossa preocupação maior é agradar aos nossos ouvidos, precisamos curtir o que tocamos, assim sem dúvida iremos agradar aos fans.

ATM: Esse ano (2013) a Aneurose tocou no palco principal de um dos maiores festivais de Heavy Metal nacional, o ''Roça N' Roll'', como foi essa experiência e o que isto ajudou na carreira da banda?
ALMEIDA:
Cara, o Roça é simplesmente demais! É uma dimensão alternativa. O ar, a água, o goró, tudo lá é especial. Subir naquele palco pra mostrar nosso trabalho foi animalesco! Nos divertimos, a galera girou, bateu cabeça e fez um mosh destruidor! Qualquer banda que toque no Roça passa a ser encarada como destaque na cena pelas pessoas. Com a gente não foi diferente, ganhamos bastante visibilidade.

ATM: Quais são os próximos planos para a banda, e o que os fãs podem esperar do Aneurose?
ALMEIDA:
Estamos lançando esse ano nosso disco e esse é nosso foco. Estamos trabalhando, negociando com algumas gravadoras e analisando o que é melhor. A galera pode confiar! O trabalho vem sendo feito com dedicação, seja os shows, o disco ou cada ensaio. Podem esperar uma Aneurose vibrante! É proibido ficar parado enquanto estamos no palco.

ATM: Para as pessoas que ainda não conhecem o som Aneurose, qual música você recomendaria para começarem a conhecer a banda?
ALMEIDA:
Recomendo o clipe do primeiro single lançado do disco “From Hell” a faixa "Hunting Knife".



ATM: Vocês lançaram um clipe da música ''Hunting Knife'' como se deu a escolha por esta música e como foi gravar o clipe?
ALMEIDA:
Escolhemos essa música por achar que ela tem a cara da inovação na banda. Ele está impregnada de nossas influências, mistura a antiga com a nova Aneurose.

ATM: Você poderia nos contar uma história engraçada de turnê/shows?
ALMEIDA:
Cara, depois de um show que fizemos em BH nós saímos pra tomar umas e nos divertir mais um pouco. Um de nossos guitarristas estava muito louco, teve uma vontade súbita de ficar pelado! Ele queria descer da van nu! Entrar nos bares e tal. Para nossa sorte, haviam algumas namoradas da galera que estavam lá fora, e o cara resolveu respeitar. Mas a situação foi hilária!  Ele estava sem calças dentro do van, pronto pra sair correndo entre as mesas. Nunca ri tanto na vida.

ATM: Qual dica você daria para os músicos que querem ter uma banda e querem ganhar espaço na cena metal?
ALMEIDA:
Leve a sério seu trabalho, dedique-se às suas composições, trabalhe duro, faça shows, grave um disco com qualidade e valorize-se! Quero agradecer a todos os fans e a galera que nos apoia, nossos amigos e nossas famílias! Estamos trabalhando duro com o objetivo de levar o melhor da Aneurose a cada lugar! Seja em um show, ouvindo nosso disco ou num vídeo de YouTube, saibam que dedicamos cada gota do nosso suor a vocês!


Reploid recomenda: Solution .45 - For Aeons Past (2010)


por Adriano Pasini

Ninguém questiona a extrema qualidade e assertividade do Metal sueco. Porém, grandes bandas ainda não são conhecidas por muitos fãs da cena mundial. Dentre elas um ótimo exemplo é o Solution .45, que diversifica sua sonoridade em um Death Metal Melódico com temáticas apocalípticas e existencialistas. O grupo tem como frontman ninguém mais ninguém menos do que Christiam Älvestam, ex-Scar Symmetry, banda que possui uma linha sonora muito semelhante ao Solution .45, assim como frontman da Miseration, que mesmo sendo puramente Death Metal, deixa marcado e evidente os traços do vocalista.

O álbum "For Aeons Past" é o perfeito equilíbrio do que exige-se de uma banda denominada como Death Metal Melódico, seja no peso, melodia e complexidade de suas composições. Músicas com refrãos que vão grudar na sua cabeça por mais uma semana e riffs de guitarras, que em fusão com a pesada atmosfera conceitual do álbum, serão como um filme dentro de sua cabeça. Uma viagem sem igual para quem ainda não conhecia nada diferente de bandas como Children Of Bodom e outras de uma mesma linha mais direta. Para quem já conhece e gosta do trabalho desenvolvido por esses suecos, sabe que é quase um crime escolher as mais recomendadas, uma vez que todo álbum é impecável. Mas segue abaixo as três musicas mais recomendadas para se conhecer a proposta do trabalho.

Músicas recomendadas: 





Sorteio de ingressos para show do Hibria em São Leopoldo

domingo, 13 de outubro de 2013

 

O All That Metal e o Groovypedia Studio Live, em uma parceria com a produtora Makbo e a escola de inglês InFlux, estarão sorteando 3 ingressos para o show do Hibria em São Leopoldo, no dia 26 de outubro. O ingresso já está sendo vendido por um valor bem acessível, mas fica melhor ainda ir na faixa sem pagar nada, não é mesmo? E que tal se você ainda pode levar mais dois amigos com você? Pois essa é a promoshare que estamos começando agora! 

É muito simples participar: 

1) CLIQUE AQUI e compartilhe a imagem de forma pública

2) Pronto! Você já está participando! 

3) Os vencedores serão anunciados no Groovypedia Studio Live, da Rádio Putzgrila, na noite de 19 de outubro. O programa é apresentado ao vivo todo sábado, das 20 às 22h.

4) Bônus: Além dos 3 ingressos, você ainda leva 3 cópias de "A New Beginning", EP da banda Prophajnt.

Em breve, vamos ter também uma entrevista com o Hibria aqui no ATM!

Pra quem ainda quer garantir o seu ingresso, confira o serviço logo abaixo.

INFLUX apresenta:

HIBRIA em São Leopoldo! Show de lançamento do álbum "Silent Revenge", após a 5ª. tour no Japão e show no Rock in Rio!!

Abertura:
A Sorrowful Dream (Porto Alegre)
DyingBreed - Death Metal (São Leopoldo)
No som: DJ Maicon Leite
Cronograma
21h - Abertura da casa
21:10h - A Sorrowful Dream
21:45h - DyingBreed
22:30 - Hibria
00:15 - Dj Maicon Leite
Ingressos (JÁ À VENDA!):

Estudante (Limitados) – R$ 10,00 (À venda somente na INFLUX em São Leopoldo).
1° lote + 1 kg alimento – R$ 15,00
2° lote + 1 kg alimento – R$ 20,00
No local – R$ 30,00

Obs: Na compra do ingresso para estudante é necessário apresentar a carteirinha de estudante com data de validade, ou comprovante de matricula. No dia do show o estudante deve apresentar seu ingresso juntamente com a carteirinha ou comprovante.
Pontos de venda:

São Leopoldo:
InFlux Idiomas
Marquês do Herval, 1182 - Fone: 51 3037 5366
Horário de atendimento:
Segunda das 09:00 às 20:30h.
Terça a Quinta das 09:00 às 22:00h.
Sábado até às 15:00h

Porto Alegre:
Aplace artigos de rock (Voluntários da Pátria,294 - Loja 150)
Porto Alegre Muiltisom Praia de Belas
Porto Alegre Multisom (Barra Shopping Sul)
Porto Alegre Multisom (Shopping Iguatemi POA)
Porto Alegre Multisom Bourbon Shopping Ipiranga
Porto Alegre Multisom Palacio (Filial 12)

Novo Hamburgo:
Multisom Bourbon Shopping
Multisom Novo hamburgo

Caxias do Sul:
Multisom (Centro Julio 1773)
Multisom (Dsitr. Industrial Loja - Shopping Iguatemi - 333/334)
Multisom (São Pelegrino)

Gramado:
Multisom Gramado

Site da Blueticket:
http://www.blueticket.com.br/8439/Influx-Apresenta-Hibria-Sao-Leopoldo-RS

Entrevista: ENARMONIKA (Carla Domingues)

 
Por Paulo Momento

Pra não dizerem que só entrevisto bandas de Pelotas, desta vez a entrevista será com uma banda de Florianópolis/SC. É verdade que comecei a colaborar com o All That Metal sempre buscando dar uma maior visibilidade para a cena da minha cidade, que já foi mais forte num passado não tão distante, e que hoje parece estar crescendo novamente. Não estou dizendo que não puxo a sardinha para o meu lado, até porque mesmo a Enarmonika não sendo de Pelotas, é formada por dois ex-pelotenses, amigos meus de longa data e também colegas de M26: o baterista Gabriel Porto e a vocalista Carla Domingues, que aqui também assume o baixo. Também não estou dizendo que só entrevistarei bandas que conheça pessoalmente, mas é verdade que ainda tem um monte de bandas que tive o prazer de conhecer, ir no ensaio, ver ao vivo, e que ainda pretendo trazer para este espaço. Por falar em ir no ensaio, desta vez, até pelo fato da banda não ser radicada em Pelotas, não pude comparecer em seu ensaio, e por isso não fiz o costumeiro vídeo.
Terminada essa introdução maçante, falemos da banda. A Enarmonika tem algumas particularidades bem interessantes, principalmente o fato de usar violino e cello como instrumentos fixos em sua música. Já que a noite é de confissões, admito que antes de ouvir o som, temia que fizessem um som mais puxado para o Symphonic Metal ou alguma mistura comum de Metal com música clássica. Mas minha surpresa foi agradabilíssima ao ver que fazem um som calcado no Avant-garde e até no Folk Metal, flertando com o erudito e o Dark Cabaret, e que o som possui uma homogeneidade incrível apesar da multiplicidade de influências e de instrumentos.
Sem mais delongas, deixemos o resto para a própria banda falar!


ALL THAT METAL: Como surgiu a idéia de montar uma banda de Metal com violino e cello? Fale um pouco sobre a história da Enarmonika.
Carla: Bem, primeiramente te agradeço e ao All that Metal pelo espaço e pela oportunidade de divulgação, Paulo Momento! Valeu mesmo! Então, desde que mudei para Florianópolis eu tenho tido a oportunidade de trabalhar bastante com a Orquestra Camerata Florianópolis, e um dos concertos de mais sucesso que fiz com eles foi o Rock'n Camerata, um concerto no qual a Orquestra interpreta clássicos do Rock como Led Zeppelin, Rush, Rolling Stones, dentre outros, acompanhada de uma banda de rock. Este espetáculo é apresentado desde 2008 e foi através dele que comecei a ter mais contato com o Daniel Galvão, que além de violoncelista da orquestra, divide os vocais comigo, nestes concertos. Foi nos backstages e viagens do Rock'n Camerata que eu e o Daniel começamos a conversar sobre a possibilidade de montar uma banda. Em seguida a Iva, que também toca na Camerata, se inteirou das nossas ideias, e também demonstrou interesse, e assim marcamos a primeira reunião...

ATM: Quais as dificuldades para ensaiar e tocar ao vivo fazendo uso desses instrumentos em sua música?
Carla Domingues: o problema maior é equalizar tudo de forma igual... Com o violino da Iva não tivemos problemas, porque o instrumento dela é elétrico. Mas com o cello do Daniel está sendo um pouco mais complicado, porque apesar de ele ter um captador que possibilita ligar o cello em linha, ainda não conseguimos atingir um nível de timbre e volume a contento. Outro problema vem sendo a questão do retorno, sobretudo para o Daniel também, e é nisso que estamos nos focando agora, em termos de aparelhagem.

ATM: Como definirias o estilo da banda? E quais as principais influências musicais?
Carla: nós temos fugido bastante de rótulos, até porque ainda estamos experimentando muitas coisas e creio que esse rótulo vai acabar vindo com o tempo. Contudo, somos bastante influenciados por bandas do avant garde metal, como Diablo Swing Orchestra. Sobre influências diretas, posso falar por mim, escuto muito DSO, Apocalyptica, Silent Stream of Godless Elegy, The Gathering, Opeth, Anathema, e algumas coisas mais extremas também, como Vader, Morbid Angel... Depende muito do momento, mas acho que tudo o que escutamos no dia a dia acaba influenciando de alguma forma na hora de compor.

ATM: A banda ainda não tem um material oficial gravado. Estão trabalhando ou planejando trabalhar nisto? Quando teremos o prazer de ouvir uma gravação oficial da Enarmonika?
Carla: Sim, estamos trabalhando em composições próprias. Temos 3 músicas prontas e pretendemos finalizar mais 1 ou 2 para então gravar um possível EP, o que, acredito, deve acontecer até o fim do ano, mais tardar nos primeiros meses de 2014.

ATM: As duas músicas de vocês que pude ouvir, são uma em inglês e outra em alemão. Podemos esperar sempre essa multiplicidade de idiomas em suas letras? Algum plano de compor letras em português?
Carla: Bem, no momento eu tenho sido a responsável pelas letras da banda e a criação delas depende muito do que eu sinto a respeito da música na qual estamos trabalhando. Essa é a minha maneira de compôr. Muito raramente eu acabei escrevendo uma letra inteira antes da música. Sobre a diversidade de idiomas, como eu tenho me dedicado à ópera há alguns anos, tenho tido oportunidade de cantar em diversas línguas, então quando comecei a compôr com a Enarmonika eu pensei: por que limitar as letras a um só idioma? Hoje em dia vivemos num mundo onde as bandas já não se preocupam somente em comunicar sua música com o universal inglês, e eu compartilho esse pensamento. Certamente teremos alguma música em português, mas não sei quando... 

ATM: Por falar em letras, quais os temas abordados nas letras de suas composições?
Carla: Geralmente escrevo sobre os conflitos e dilemas que afligem o ser humano no mundo de hoje, no qual a individualidade é cada vez mais oprimida, mas é também libertadora, em muitos casos. Somos oprimidos pela mídia, pela religião, pela política, pelas raízes familiares provincianas, mas ao mesmo tempo é justamente nesse ponto que podemos encontrar uma face libertadora, tudo depende da maneira como nos posicionamos frente a essas questões. É mais ou menos por aí que busco comunicar meus pensamentos musicalmente.

ATM: A banda recentemente tocou no River Rock 2013, sendo esta a primeira apresentação. Como foi esse show pra vocês? E a receptividade do público?
Carla: Foi incrível, mas ao mesmo tempo uma grande responsabilidade. Foi nosso primeiro show, estávamos no cast de um festival ao lado de bandas bastante renomadas, então tínhamos uma pressão, pois queríamos que tudo ocorresse da melhor maneira possível. E achamos que o saldo foi extremamente positivo, o público foi aumentando consideravelmente durante nossa apresentação e depois recebemos muitas mensagens e e-mails, de pessoas que prestigiaram o show. Foi bem legal...

ATM: A vocalista Carla possui uma sólida carreira como cantora lírica profissional. Ela e o baterista Gabriel também tocam na M26. A banda é nova, mas ao que parece, todos os músicos já são bastante experientes em seus respectivos instrumentos. Apresente brevemente cada membro da Enarmonika e seus projetos e influências.
Carla: Bem, eu me formei em Canto pela UFPel, em 2005, mas nessa época já estava na M26 e também na Vetitum, da qual saí nesse mesmo ano. Depois disso tive uma banda em Floripa, junto com o Gabriel e outro pelotense, o Zozi Xavier, que se chamou Fake Twilight, com a qual fizemos abertura para o show da Agua de Annique, banda da ex The Gathering Anneke van Giersbergen, em SP. No meio erudito tive a oportunidade de cantar no Uruguai, no Teatro Solis, e também no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, além de concertos em diversos outros lugares do Brasil e uma breve passagem pela Itália. O Gabriel, além da M26 e da Fake Twilight, também teve outra banda em Florianópolis, a Misdeed, com a qual teve a oportunidade de abrir o show do Marduk e Vader em Curitiba. A Iva não veio do meio heavy metal, mas a meu ver se encaixou bastante na proposta da banda. Ela é de Santa Maria, se graduou em música lá e tocou em uma banda chamada Poços e Nuvens. Já em Florianópolis, ela atua como violinista na Camerata Florianópolis, sendo solista e spalla também. O Daniel já teve mais experiências no meio rock/ metal. Fez participações na banda Möngrel e ainda toca na Jugulator, mais voltada ao stoner. Está terminando seu curso de música na UDESC e também é violoncelista na Camerata Florianópolis. O Eduardo Pimentel é com certeza o músico mais experiente da banda. Há 20 anos na estrada com a Brasil Papaya, ele tem participado como músico convidado em apresentações de diversos artistas nacionais. Infelizmente, o Dudu está de saída da Enarmonika, por razões pessoais, e estou noticiando isso em primeira mão aqui. Ele ainda nos apoiará nesse momento de transição, até encontrarmos a pessoa certa para a guitarra da Enarmonika.

ATM: Fale sobre a cena underground de Florianópolis e região. Cite outras bandas daí que mereçam destaque, na sua opinião.
Carla: Acredito que a cena underground em Santa Catarina, em geral, é bastante ativa. Seguido acontecem shows em Joinville, Timbó, Laguna, Blumenau, sem falar dos festivais open air, fora o River Rock, em Indaial, e todo mês de dezembro tem acontecido o Zoombie Ritual, Rio Negrinho, que esse ano tem como headline o Benediction, D.R.I, Tim Ripper Owens, Kreator, além de diversas bandas de destaque nacional e da América Latina! Aqui em Florianópolis acredito que a cena já foi mais ativa, mas ainda acontecem shows, mas talvez não com a frequência ideal, digamos assim. Existem ótimas bandas aqui algumas mais consolidadas como Khrophus e Rhestus, e outras emergentes como Antichrist Hooligans, Blakk Markett, Homicide, entre outras, e são elas que tem feito tudo acontecer... Parece-me que existem muitas bandas boas, mas falta um lugar mais central para que o público se acostume novamente e volte a apoiar as bandas autorais locais em detrimento de bandas cover, festas open bar ou reuniões de amigos. Existem bandas, existe público, mas falta um elo maior entre eles.

ATM: Enfim, agradeço pela entrevista e pela atenção dedicada ao All That Metal. Deixe suas últimas palavras aos nossos amigos leitores! Muito obrigado!
Carla: Sem dúvidas sou eu quem agradece o espaço e a divulgação e esperamos estar com nosso material oficial em mãos, em breve, para poder levar nosso som ainda mais longe e quem sabe, tocar por aí! Deixo o endereço do nosso site, www.enarmonika.com e convido a todos a “curtirem” nossa página no facebook! É isso! Grande abraço!


O novo All That Metal

Não há razão alguma pela imagem ilustrativa do post.
Apenas a empolgação de ter visto Ozzy pela segunda vez.

Prezados leitores do ATM,

Após as postagens comemorativas a um ano de atividades do blog, tivemos apenas os reviews dos shows de Sebastian Bach e Black Sabbath/Megadeth, dentre outras postagens. Agora realmente podemos afirmar que começaram de vez as atividades do nosso segundo ano na mídia especializada do Rock/Metal. E como tudo na vida, com o tempo você acaba aprendendo algumas coisas, passa a reconhecer o que funciona e reconhece o que deve ser descartando. Levando tudo isso em conta, cá estou para anunciar as mudanças que vamos ter no blog. 

A primeira delas já deve ter sido notada por quem acessou nossa página nos últimos dias, pois estamos com um layout bem mais clean e prático para a navegação. Algumas mudanças ainda serão necessárias, como a volta dos posts relacionados e o tradicional slide com as matérias de destaque. Mas, no geral, é assim que vocês podem conferir nosso trabalho a partir de agora: sem exageros, sem poluição, tudo o mais simples possível para focar sua atenção na leitura, mantendo a mesma eficiência de sempre para trazer informações a todos que acessam o ATM. 

A segunda mudança a ser anunciada é a mais importante de todas: a mudança na linha editorial do blog. Na verdade, não é nenhuma novidade para nosso público fiel, pois foram vocês que nos levaram até o momento atual. O fato é: pra que ficar mantendo uma página cheia de notícias que você encontra em qualquer outro site? Acreditem, isso toma muito tempo e os resultados não chegam nem perto do principal trabalho que desenvolvemos, ou seja, conteúdo próprio e exclusivo do ATM. Nossos artigos, reviews de shows, entrevistas e colunas sempre foram mais visadas que qualquer outro tipo de postagem, portanto, a partir de agora vamos nos concentrar apenas nesse tipo de conteúdo. Em suma, o que você ler por aqui não vai estar em nenhum outro lugar, salvo exceções como parcerias (em especial com o Groovypedia Studio Live e a Rádio Putzgrila) e divulgação no Whiplash. 

Bandas e assessorias de imprensa que contam com nosso apoio: estamos sempre prontos para apoiar o Metal nacional, que sempre teve um espaço garantido no ATM. Aliás, esse espaço cresceu cada vez mais com o tempo e agora mesmo que queremos dar ainda mais destaque. Basta entrar em contato para divulgação, solicitações de review e interesse em entrevistas. É extremamente gratificante saber que todas as postagens de bandas nacionais por aqui sempre são um enorme sucesso! 

Ao longo dos próximos dias vamos ter muitas novidades, como entrevistas com as bandas nacionais Enarmonika e Aneurose, além dos finlandeses do Magenta Harvest. Vai rolar também uma promoshare de ingressos para o show que o Hibria realizará em São Leopoldo (clique aqui para todas as informações), no dia 26 de outubro, na Sociedade Orfeu, numa parceria ATM, Groovypedia Studio Live, Makbo e InFlux. Como se não bastasse, já está garantida também uma entrevista com a banda. Pois é, em breve vamos ter o Hibria no ATM! Isso tudo é apenas uma amostra, tem mais novidades chegando em breve. 

Antes de finalizar, gostaria de agradecer novamente a todos que tem colaborado com o nosso crescimento ao longo do tempo. Em especial, aos mais de 15 mil leitores que acessaram durante a semana o meu review do Black Sabbath/Megadeth que foi publicado no blog, no Whiplash e site da Rádio Putzgrila. Muito obrigado! É a todos vocês que devo o reconhecimento que me permite viver próximo aos meus ídolos da música. 

Keep on rotting, 
Tiago Alano
Fundador e redator-chefe do ATM

Review de show: Black Sabbath + Megadeth

quinta-feira, 10 de outubro de 2013


Foto: Emerson Langie
Texto: Tiago Alano

A espera foi longa, mas valeu a pena. Depois de quatro décadas fazendo história, o Black Sabbath finalmente aportou em terras gaúchas com sua formação (quase) original. Fãs de todas as gerações reuniram-se na FIERGS para assistir um concerto histórico. A noite ainda contou com os norte-americanos do Megadeth e abertura do Hibria, banda de Porto Alegre que vem tornando-se maior a cada lançamento.

Infelizmente, devo começar o review com um "agradecimento" aos ótimos engenheiros de trânsito que temos em Porto Alegre, bem como a todos os responsáveis pelo caos das vias públicas na capital gaúcha. Graças a eles acabei perdendo o show do Hibria, pois a FIERGS situa-se em um local de difícil acesso (fora outros problemas que trataremos mais adiante). Quando cheguei ao local, a banda estava anunciando sua última música, "Tiger Punch", faixa que já pode-se considerar um clássico do Metal nacional. Ao menos poderei assistir um show completo deles dia 26 de outubro em São Leopoldo, na Sociedade Orpheu.

Quando a maior parte do público finalmente adentrou o local do evento, começa a soar nos PA's uma canção chamada "Prince Of Darkness", enquanto o nome da próxima atração formava-se em um telão: Megadeth. A troupe de Dave Mustaine já chegou mandando ver em uma trinca de clássicos, "Hangar 18", "Wake Up Dead" e "In My Darkest Hour". A produção de palco era realmente impressionante, com um telão alternando entre imagens da banda e outras imagens relacionadas as músicas. O Megadeth deixou bem claro o motivo pela qual ainda é considerada uma das melhores bandas de Metal em um palco.

Sem falar muito com a plateia, Mustaine começa a tocar o riff de "She-Wolf", imediatamente seguida de "Sweating Bullets". Pois é, a banda realmente não estava para brincadeiras e fez muito bem ao escolher um set repleto de clássicos ao abrir o show de uma lenda como o Sabbath. A única faixa que representou o álbum mais recente, "Super Collider", veio logo a seguir, "Kingmaker".

Na sequência, voltamos aos clássicos da banda com "Tornado Of Souls", do clássico disco "Rust In Peace", tocado na íntegra na passagem da banda por Porto Alegre em 2010. Particularmente, era um dos momentos mais esperados por este que vos escreve e é impossível não destacar o guitarrista Chris Broderick. Desde que entrou na banda, em 2008, sempre mostrou que manteria-se fiel aos solos gravados por guitarritas anteriores, e é exatamente isso que percebemos na faixa em questão, onde Broderick reproduz nota por nota do lendário solo gravado por Marty Friedman.

"Symphony Of Destruction" foi uma das que mais empolgou o público, mas fez falta o tradicional coro do "megadeth, megadeth, avante megadeth!". Quem assistiu ao "That One Night", DVD gravado na Argentina, sabe muito bem do que estou falando. Tudo bem que todos estavam lá para a atração principal da noite, mas foi decepcionante ver o Megadeth fazer uma performance primorosa para um público tão morno. O baixista David Ellefson convocou os fãs para baterem palmas para dar início a "Peace Sells", outro clássico absoluto.

A banda deixou o palco por alguns instantes para logo depois retornar tocando "Holy Wars... The Punishment Due", canção já tradicional para encerrar as apresentações. Por fim, rolou "Silent Scorn" e "My Way" (do Sid Vicious) nos PA's enquanto a banda fazia suas despedidas ao público porto alegrense. Uma apresentação mais que digna para abrir um show do Black Sabbath.

Em meio a espera para o início da atração principal da noite, escuta-se uma voz familiar incentivando o público com o coro "oô oôoôoô"... era o próprio Ozzy Osbourne! Poucos instantes depois começam a soar as sirenes que indicavam o início da apresentação com "Wars Pigs". Um começo alucinante com todos cantando os versos com Ozzy, boa amostra da performance histórica que testemunharíamos ao longo da noite. Ao contrário do que afirmavam os boatos do dia anterior, Tony Iommi parecia ótimo e movimentou-se bastante enquanto tocava seus riffs e solos imortais. E do lado direito do madman estava Geezer Butler, não apenas o baixista do Black Sabbath, mas uma das mentes criadoras que mantêm a banda viva.

A sequência foi com "Into The Void", momento que nos levou a certa reflexão. Por que? Como todos sabem, o baterista Bill Ward acabou não participando da turnê de reunião, assim como não gravou o álbum "13". O responsável pelas baquetas nas apresentações da banda é Tommy Clufetos, que também integra a banda solo do frontman e já tocou com Rob Zombie e Alice Cooper. O fato é: Clufetos mandou muito bem! "Into The Void" é a prova máxima de que ele foi a escolha certa e, perdoem-me os fãs de Ward, a verdade é que o baterista original não fez falta. Não adianta colocar ele em um pedestal só por causa de sua importância na história do Sabbath, Ward não tem mais condições físicas de tocar uma música como essa.

O show teve continuidade com "Under The Sun/Every Day Comes And Goes" e "Snowblind", ambas do disco "Vol. 4", de 1972. "Snowblind" é o tipo de música que te faz identificar os verdadeiros fãs de Sabbath que estavam lá, bastava olhar para o lado e ver quem estava gritando "cocaine". A primeira faixa de "13" executada foi "Age Of Reason", com uma recepção levemente mais fria por parte da plateia. A canção do trabalho mais recente foi logo esquecida com o som de chuva, trovões, um sino e o trítono tocado por Iommi em sua guitarra. É isso mesmo, meus caros, a primeira faixa do primeiro disco, "Black Sabbath", ecoava em alto e bom som em terras gaúchas. Não dá para negar que esse foi o ponto alto da noite, literalmente um êxtase coletivo que fez o show parecer muito mais uma missa negra. Épico!

A apresentação teve sequência com mais dois clássicos do primeiro disco, com "Behind The Wall Of Sleep" sendo finalizada com um breve solo de baixo de Butler que nos conduziu a "N.I.B.", outra canção entonada a plenos pulmões pelos presentes. A faixa de abertura de "13" veio logo a seguir, "End Of The Beginning", bem melhor recepcionada do que "Age Of Reason". Anteriormente tivemos a trinca de clássicos do primeiro disco, e logo depois era a vez de "Paranoid" ter três faixas executas. Começando por "Fairies Wear Boots", muito bem acompanhada por uma série de imagens lascivas no telão, seguida por "Rat Salad" em meio a um solo de bateria de Clufetos. Mal terminou o solo e o baterista já levou o pessoal no bumbo junto a Ozzy Osbourne, indicando o início de mais uma das canções aguardadas por quase todos: "Iron Man"! Preciso falar qual foi a reação do público?

A última faixa apresentada do novo disco foi "God Is Dead?", primeiro single de "13" e com recepção imediata dos fãs, que a essa altura já consideram um novo clássico do Sabbath. Próximo ao fim da apresentação, ainda tivemos "Dirty Women", mais uma vez acompanhada por uma série de imagens libidinosas no telão. O lendário riff de "Children Of The Grave" foi executo por Iommi, mais uma vez levando o público ao delírio. Deixaram o palco logo ao final da música, prometendo um retorno se o público enlouquecesse.

O regresso ao palco da FIERGS foi com "Sabbath Bloody Sabbath", mas infelizmente foi tocado apenas o início da música, que acabou sendo emendada com "Paranoid". Fim da apresentação, o quarteto deixa o palco e ficamos com a sensação de que eles deveriam seguir tocando por mais três horas. É óbvio que poderíamos listar dezenas de clássicos que ficaram de fora, mas não tem como reclamar do repertório ou mesmo da performance da banda. Mesmo com a idade avançada, os integrantes do Sabbath ainda fazem um dos melhores shows do mundo.

Por fim, foi citado no início do texto alguns problemas relacionados ao local escolhido para o show. A FIERGS localiza-se em um local muito afastado e com difícil acesso. E isso é apenas um dos problemas, pois alguns outros surgiram devido a produção do evento. Alguns deles incluem o fato de que não foram usados telões nas laterais do palco, ou seja, quem estava na pista normal realmente teve problemas para ver o palco. A saída do local também foi algo tenso, com pessoas ameaçando derrubar a entrada do local. Enfim, apenas confirmamos o fato de que Porto Alegre precisa urgentemente de um novo local para shows desse porte e isso tudo é apenas uma pequena parte do problema. Mas, felizmente, nada conseguiu estragar a noite memorável que todos presenciaram.

SET LISTS

Hibria:
Nonconforming Minds
Silent Revenge
Shoot Me Down
Silence Will Make You Suffer
Blinded By Faith
Tiger Punch

Megadeth:
Hangar 18
Wake Up Dead
In My Darkest Hour
She-Wolf
Sweating Bullets
Kingmaker
Tornado of Souls
Symphony of Destruction
Peace Sells
Holy Wars... The Punishment Due

Black Sabbath:
War Pigs
Into the Void
Under the Sun/Every Day Comes and Goes
Snowblind
Age of Reason
Black Sabbath
Behind the Wall of Sleep
N.I.B.
End of the Beginning
Fairies Wear Boots
Rat Salad/solo de bateria de Tommy Clufetos
Iron Man
God Is Dead?
Dirty Women
Children of the Grave
Sabbath Bloody Sabbath/Paranoid