Especial Angra Pt. 6: Back to life... again... and again!

Clique aqui para ler a primeira parte do Especial Angra (matéria sobre Fabio Lione).
Clique aqui para ler a segunda parte do Especial Angra (sobre o álbum "Angels Cry").
Clique aqui para ler a terceira parte do Especial Angra (sobre o álbum "Holy Land").

Clique aqui para ler a quarta parte do Especial Angra (sobre o álbum "Temple Of Shadows")

Clique aqui para ler a quinta parte do Especial Angra (sobre o álbum "Fireworks" e o fim da formação clássica). Clique aqui para conferir a entrevista exclusiva com Rafael Bittencourt para o ATM. Clique aqui para todos os detalhes sobre o show que a banda realizará em Porto Alegre, evento da Abstratti Produtora e Urânio Produtora.

Faltando apenas dois dias para a vindoura apresentação do Angra em Porto Alegre, chegamos ao episódio final do Especial Angra no All That Metal. Quem ainda não garantiu o seu ingresso pode adquirir o terceiro lote pelo valor de R$ 85,00.  E para aqueles que já tem o seu ingresso na mão, fique por dentro que ainda restam alguns poucos minutos para o fim da promoshare na página do ATM, valendo um meet & greet com a banda (a promo encerra às 18h do dia 30/07/13).

Na última parte do especial, vamos abordar a capacidade da banda de enfrentar adversidades e ressurgir das cinzas quando todos esperam que não há mais retorno...

Em março de 2001, o Angra divulga a demo "Acid Rain", primeiro registro com o novo vocalista da banda, Edu Falaschi. O vocalista já era um velho conhecido por todos que acompanhavam a cena nacional, especialmente por ter sido frontman da banda Symbols. Na época em que a demo foi gravada, a banda ainda não tinha um baixista e um baterista, fazendo com que os dois instrumentos fossem gravados por Kiko Loureiro. 

As vagas para a cozinha da banda acabaram ficando para o baixista Felipe Andreoli e o baterista Aquiles Priester. Ambos haviam acabado de gravar um disco com Paul Di'Anno, "Nomad", um dos melhores trabalhos da carreira solo do ex-vocalista do Maiden. Com a nova formação completa, a banda entrou em estúdio para as gravações do álbum que representaria um renascimento da banda em todos os sentidos: "Rebirth", de 2001. 

"Rebirth" trazia o bom e velho Angra de volta, fazendo uma boa mistura de tudo que a banda já havia feito em sua carreira ao longo de 10 anos. Lá nós encontramos as influências eruditas, os ritmos brasileiros, momentos mais voltados para o Heavy tradicional, outros com uma levada mais prog... enfim, tudo que o Angra representava até aquele momento estava inserido em um momento ou outro de "Rebirth".

A prova de fogo máxima para a aceitação da nova formação seria a longa turnê que estava por vir. No geral, os novos integrantes foram muito bem recepcionados pelos fãs do mundo inteiro. Além disso, "Rebirth" teve uma boa aceitação comercial também, vendendo cerca de 100 mil cópias pelo mundo, um bom número para uma banda dos padrões do Angra. A banda também ganhou um disco de ouro no Brasil, que foi entregue no show do dia 15 de dezembro, em São Paulo, que foi registrado e posteriormente lançado em CD e DVD ("Rebirth World Tour: Live In São Paulo", de 2003). Alguns dias antes da apresentação na capital paulista, a banda também esteve em Porto Alegre, levando mais pessoas para o Bar Opinião do que o Judas Priest em uma apresentação alguns meses antes, no tempo em que Ripper Owens era o frontman da banda. 

A turnê de "Rebirth" contou com cerca de 100 shows ao longo de um ano. A banda fez sua primeira passagem por Taiwan durante a turnê pela Ásia, que ainda contou com shows no Japão durante a época da Copa do Mundo de 2002. O Angra ainda passou pela Europa durante o verão e integrou o casting do Wacken Open Air, maior festival de Heavy Metal do mundo. Em meio a todos esses shows, foi lançado o mini-álbum "Hunters And Prey", contando com algumas faixas inéditas, regravações, versões acústicas e covers de Led Zeppelin e Genesis. A última apresentação da Rebirth World Tour foi em São Paulo, em um show especial que contou com a participação do vocalista Detonator (Bruno Sutter).

Após a excelente recepção que a banda teve com "Rebirth", era hora de tentar algo mais ousado com a nova formação. "Temple Of Shadows" foi lançado em 2004 e elevou a banda a um novo patamar, alcançando a marca de 200 mil cópias vendidas em todo o mundo. Mas, infelizmente, foi na turnê do álbum que os problemas começaram a ficar evidentes. A série de shows contínuos por 6 continentes afetou muito a voz de Falaschi, que passaria a enfrentar sérios problemas ao longo dos anos seguintes. 

Em 2006, "Aurora Consurgens" marcaria o fim de outra era no Angra, que voltaria a enfrentar problemas com o empresário Antonio Pirani, além de brigas internas entre alguns integrantes. Após a turnê do disco, a banda deu uma parada em suas atividades para tentar resolver esses conflitos. Felipe e Aquiles acompanhariam Falaschi por algum tempo no Almah, enquanto Rafael e Kiko ficaram mais focados em suas respectivas carreiras solo. Após muita especulação, finalmente foi anunciado que Aquiles estava deixando o grupo após várias declarações polêmicas sobre as divergências dentro da banda.

O Angra retornou apenas em 2009, realizando uma turnê por várias capitais brasileiras ao lado do Sepultura, ambas bandas empresariadas por Monika Cavalera. Ricardo Confessori retornou ao Angra no lugar de Aquiles, uma mudança que até hoje divide opiniões entre os fãs, considerando o nível técnico entre os dois bateristas. Independente das polêmicas a cerca do retorno de Confessori e da visível queda na qualidade das perfomances de Falaschi, o Angra estava de volta e isso era o mais importante. 

A nova formação gravou apenas um álbum de estúdio, "Aqua", lançado em agosto de 2010. Assim como seu antecessor, o álbum não agradou tanto aos fãs e críticos. Mais uma vez os problemas internos também tornavam-se evidentes dentro da banda. Como foi dito anteriormente, Falaschi estava enfrentando problemas com suas cordas vocais devido aos anos forçando sua voz em longas turnês. O vocalista até afirmou que depois da apresentação no Rock In Rio (em setembro de 2011), pensaria muito se ainda gostaria de seguir ou não no Angra, mas não afirmou exatamente quais eram os problemas internos da banda. 

Em 25 de setembro de 2011, o Angra apresentou-se no Palco Sunset durante o Rock In Rio, contando com a participação especial da vocalista Tarja Turunen (ex-Nightwish). Falaschi foi muito criticado por sua performance que deixou muito a desejar. Os problemas do vocalista tornaram-se mais do que evidentes para todos os fãs. Basta escutar o trabalho dele no Almah com o que sempre foi exigido de sua voz no Angra, é uma grande diferença que quase arruinou sua carreira. A saída oficial de Falaschi foi anunciada em 24 de maio de 2012, em uma nota publicada por ele mesmo.

Enfim, chegamos ao ponto da história em que encontramos o momento atualmente vivido pelo Angra. Mais uma vez, todos pensaram que a banda deveria encerrar atividades ou tentar uma reunião da formação clássica. Mas o Angra regressou surpreendendo a todos novamente, com o show realizado no 70000 Tons Of Metal com Fabio Lione. O que o futuro reserva para um dos maiores grupos da história da música brasileira? Isso não sabemos, mas possivelmente vai ser contado um dia aqui no ATM. Quem sabe até mesmo em uma nova séria de especiais num futuro não muito distante em que a banda retornará a capital gaúcha? Por enquanto, o mais certo é que restam apenas dois dias para a banda subir no palco do Opinião. Nós vamos estar lá. E você?