IN THE SILENCE é uma banda californiana que executa um metal progressivo. Conheci esse álbum através do download em um site russo (crianças, esse tipo de coisa não se faz, certo?) e sinceramente fiquei feliz por fazer. Imaginem uma banda que mistura em perfeita sintonia OPETH e KATATONIA, e possui alguns elementos do GOJIRA em sua bateria (por ser precisa) e então, boom! Você descobre do que o IN THE SILENCE é feito. É pretensioso dizer, sim! Mas, não deixa de ser verdade.
A faixa que abre o disco Ever Closer te acerta em cheio. Ela é composta por uma interessante mistura de riffs e um visível e poderoso trabalho de baixo se encaixa perfeitamente nas linhas de vocais que intercalam entre um tom calmo e às vezes um tom mais sombrio.
Ever Closer
A segunda faixa 17 Shades permite ao ouvinte entender melhor o som da banda. O instrumental transborda técnicas em passagens pesadas e acústicas, porém sempre fluindo não deixando a desejar ou se tornando chato. O destaque dessa música é o excelente solo de guitarra executado que ressalta ainda mais as técnicas dos caras.
A terceira faixa intitulada Serenity demonstrada um lado mais calmo da banda, misturando elementos acústicos com um som mais sombrio, fazendo com que o ouvinte sinta este lado e que a banda também sabe trabalhar nesta vertente.
O maior destaque da bolacha é a quarta faixa, Beneath These Falling Leaves, por um simples fator: existe uma mistura entre dois mundos, à passagem soturna e o encontro com o peso. Com o iniciar desta faixa, a banda aposta em uma abertura soturna e acústica com uma vocalização sombria que lembra em alguns aspectos da faixa anterior. Os pontos altos da música estão aos 1:30 que um violino muito bem executado entra em cena e aos 5 minutos quando a introdução ao peso é iniciada com um solo emblemático que, em vezes pode lembrar o senhor Slash. Durante e após o solo, você terá uma mudança drástica na sonoridade para o lado metal em si da banda, especialmente pela presença de baixo e bateria.
O álbum continua com a sonoridade típica do progressivo, lembrando às vezes algumas passagens mais que flerta com um doom. E claramente essas características podem ser notadas nas faixas seguidas, Close to Me (instrumental), Endless Sea e All the Pieces. O que o ouvinte pode perceber nessas faixas é um repetéco de vários elementos encontrados nas primeiras faixas da bolacha, não que seja de todo o ruim, mas em alguns momentos nos deixa a sensação de que: “já ouvi isso antes, e não foi nessa música!”.
Porém, a última música da bolacha Your Reward, a mais longa demonstra um final perfeito para um grande álbum de estréia e que demonstra um experimentalismo maior. A faixa em grande parte é instrumental exibindo constantemente uma mudança de tempo no instrumental e possuindo riffs memoráveis.
Your Reward
Quanto às letras, elas lembram em muito a banda Katatonia. O lirismo imposto no álbum dos californianos demonstram exatamente o que é preciso demonstrar, um lado mais triste e soturno. E além da belíssima capa e seu encarte. (nota do editor: após ficar viciado no play, eu criei vergonha na cara e de fato, comprei o álbum).
Em suma, é uma ótima pedida para quem curte esse tipo de som, ou tem afinidades com as bandas citadas.
IN THE SILENCE – A Fair Dream Gone Mad (2012)
Lançamento Independente
Lançamento Independente
1. Ever Closer
2. 17 Shades
3. Serenity
4. Beneath these Falling Leaves
5. Close to Me
6. Endless Sea
7. All the Pieces
8. Your Reward
2. 17 Shades
3. Serenity
4. Beneath these Falling Leaves
5. Close to Me
6. Endless Sea
7. All the Pieces
8. Your Reward
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